Após o desaire inesperado da última jornada, o derby da invicta era o desafio que se seguia no sentido de perceber de que forma iria reagir a equipa do FC Porto.

A derrota surgiu, quiçá, no pior momento. Não só não aproveitamos a momento debilitado do nosso rival, como lhes demos força e crença de que ainda era possível. De tal forma que, pela análise ao que se ia dizendo por metade do país desportivo, parecia mesmo que já não era o FC Porto quem liderava (e lidera) este campeonato.
Ontem, no Dragão, o FC Porto recebeu o rival Boavista, ainda desfalcado mas mais competente e um pouco mais esclarecido resultando num exibição "quanto baste", mas ainda longe do nível apresentado até há poucas jornadas atrás.
Ainda sem Danilo, Telles e Marega, o FC Porto beneficiou da alavanca que é marcar cedo. Ainda alguns adeptos entravam no estádio e já Felipe andava às piruetas no relvado a festejar o primeiro. Abrir o marcador cedo facilita e muito a tarefa de qualquer equipa, quando se vem de uma derrota, mais importante se torna para afastar qualquer tipo de pressão e soltar os jogadores.

Após a vitória por 2-0, segue-se, agora, uma importantíssima paragem para as seleções que, certamente, vai cair muito bem ao plantel e treinador, para que possa recuperar os seus jogadores e preparar da melhor forma a reta final que aí vem. Era muito importante não perder a vantagem de 5 pontos numa fase em que o plantel estava mais debilitada. Não foi possível, resta fazer para que não se repita.
DESTAQUES:
IN
HERRERA - De volta ao 11 e em bom plano. Foi o jogador que mais remates fez, três, todos eles à baliza, e um dos
quais resultante em golo. Foi feliz no único drible que arriscou e
contabilizou 38 passes certos – mais do que qualquer outro jogador.
SÉRGIO OLIVEIRA - Criou uma ocasião flagrante, que resultou no primeiro golo da partida, e
foi o jogador que mais bolas colocou na área contrária (13). Sofreu
três faltas, duas delas em zona de perigo, e cometeu cinco. Foi ainda
líder em perdas de posse (19).
OLIVER - Entrou no momento em que o FC Porto estava a ter maiores dificuldades em impor o seu jogo e, curiosamente, foi quando a equipa melhorou e voltou a crescer. Trouxe critério e tranquilidade, espero que esteja para breve a mudança de opinião de Sérgio Conceição face ao jovem espanhol.
OUT
LESÕES - O grande entrave neste momento, as lesões. Se estas até fizeram emergir um Sérgio que até então nunca se tinha visto e que (quase) fez esquecer Danilo, a ausência de alguns jogadores tem retirado poder de fogo a este FC Porto. Podemos falar de dependência? Talvez, mas todas as equipas sentem falta dos jogadores que melhor servem os seus propósitos. Neste momento são 3 em falta e mais alguns à procura da melhor forma após tempos longe do relvado.