domingo, 15 de abril de 2018

O B R I G A D O !

Fomos Porto, não tivemos medo, mostramos que queríamos vencer, apresentamo-nos em campo como tal, arriscamos e não nos contentamos com um possível empate. Voltamos a vulgarizar a luz e saímos de lá novamente no primeiro lugar, o nosso posto.

Não entramos bem, algo nervosos, com dificuldade em ter bola. Em vários momentos da partida, o meio-campo do FC Porto parecia quase não existir, não estava a conseguir segurar o jogo, ganhava muito poucos ressaltos e a equipa da casa ia-se aproximando da baliza defendida por Iker Casillas ainda que sem verdadeiras ocasiões de perigo. O primeiro remate dos azuis e brancos registou-se aos 25' por Tiquinho Soares. Nesta fase da partida, o jogo portista assentava no aproveitamento dos espaços e da velocidade de Marega que ia esticando o jogo e fazendo-se valer de uma frescura física que fizeram esquecer que regressava de lesão. 

No decorrer do segundo tempo, o FC Porto foi equilibrando a partida. Atacou mais, conteve com maior eficácia as investidas encarnadas, mas as melhores oportunidades continuaram a ser para a equipa da casa.

O intervalo chegava com maior ascendente para o benfica: mais posse de bola (59%), mais remates (7 contra 4) mais bolas colocadas na área adversária (18 - 8) e uma ocasião de golo flagrante para cada lado.

A segunda parte iniciou-se e, com isso, uma história de jogo completamente diferente daquela que se assistiu no primeiro tempo. Um FC Porto que anulou por completo o seu adversário, o obrigou a recuar e a tentar conquistar o pontinho. Os portistas remeteram os anfitriões a apenas dois remates nos segundos 45 min. A superioridade portista fez-se logo sentir nos minutos inicias com 61% de posse de bola, 81% de acerto  no passe e uma ocasião flagrante de golo por Marega.

O FC Porto carregava mais e mais, com o benfica cada vez mais enfiado na sua área. A pressão era avassaladora, mas faltava converte-la em golo. O tempo ia passando e começava a exigir-se mexidas na equipa, com Sérgio Oliveira e Otávio amarelados e a cair de rendimento e Soares completamente fora do jogo, Conceição mexeu bem e lançou Óliver, Corona e Aboubakar. Ainda que algo tardiamente, as substituições ajudaram a intensificar o assalto à baliza encarnada nos últimos minutos de jogo.

Até que aos 90' a explosão. Herrera encheu o pé e fuzilou a baliza de Varela trazendo justiça ao jogo onde apenas uma equipa quis ganhar desde o primeiro minuto. 

Merecemos esta vitória, fizemos por isso e voltamos para o lugar do qual nunca deveríamos ter saído. Uma vitória contra um sistema sombrio, contra uma equipa que frente a um grande não é capaz de vencer um jogo e que já devia estar arredado do título desde o vergonhoso jogo da primeira volta no Dragão. Fez-se justiça e colocámo-los no devido lugar.

Agora, vamos com tudo, focados no nosso objetivo sem vacilar uma única vez. Merecemos muito isto!

DESTAQUES

IN

HERRERA - Autor do golo da vitória e que pode representar a conquista de um campeonato. Embora não tenha sido um jogo exuberante do mexicano, não lhe faltou intensidade, muitos metros corridos e importantes ações defensivas: dez duelos ganhos em 19 e 10 recuperações de posse.

RICARDO PEREIRA - O defesa português, tal como nos bem habituando, apresentou-se em grande nível. Realizou 7 desarmes, 5 alívios e 7 recuperações de posse, somou 91 acções com bola, criou duas ocasiões flagrantes em quatro passes para finalização, teve sucesso em cinco de seus tentativas de drible e ganhou 14 de 22 duelos individuais.

OUT

SOARES - Passou praticamente ao lado da partida. Não se encontrou e foi inconsequente a manobra ofensiva portista. Devia ter saído mais cedo para dar lugar a Abou. Curiosamente, parecia o brasileiro quem regressava de lesão e não o seu companheiro Marega.

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