domingo, 5 de fevereiro de 2017

Da Crença ao Coração. Ganhámos!

Ganhámos!

É assim que faz sentido começar, porque a vitória é o que mais importa e pela forma como foi conquistada: suada, sofrida mas, no final, saborosa.

O FC Porto venceu, ontem, o seu primeiro clássico com NES no comando depois da derrota em Alvalade e do empate com o Benfica. Diria que a sorte que nos faltou contra os encarnados tivemos no jogo de ontem acabando por vir a conquistar os três pontos.

Muitas vezes a demonstrar falta de coragem na hora de lançar o seu 11, ontem NES não foi em meias medidas e arriscou com uma equipa muita balanceada para o ataque e com a estreia algo surpreendente de Tiquinho Soares, que viria a ser um dos heróis da partida.

A marcar cedo no encontro por intermédio do estreando Soares, o FC Porto conquistou a segurança que uma vantagem oferece. Contudo, o decorrer da primeira parte foi demonstrando um jogo muito disputado no meio-campo, muito físico e de perda e recuperação,

À passagem da meia-hora até eram os visitantes que iam dominando, com o FC Porto mais preocupado em defender, e os 61% de posse de bola e 133 passes do Sporting contra os 87 dos azuis e brancos assim o iam demonstrando. Contudo, nada que impedisse os Portistas de fazer novo golo e novamente por intermédio do avançado proveniente de Guimarães. Com uma estreia de sonho, Soares aproveitou o grande passe de Danilo que o deixou em belíssima posição, sem tremer
ultrapassou Rui Patrício e fez o segundo da conta pessoal.

O FC Porto ia assim a vencer para os balneários em condições de vir a fazer um segundo tempo tranquilo e aspirar a fazer mais algum golo. Porém não foi o que viria a acontecer, bem pelo contrário. O FC Porto fez uma segunda-parte fraca, não conseguiu pegar no jogo e sofreu até ao final.

Tal como disse ontem, numa breve análise no final do encontro, não havia mais velas para acender. Colocámo-nos numa posição desnecessária e foi sofrer a bom sofrer, um verdadeiro teste ao coração.

O Sporting entrou decidido em inverter a desvantagem, e o FC Porto não conseguiu suster a pressão. Não construía, perdeu o meio-campo, e NES mostrou novamente medo em mexer, o que permitiu ao Sporting fazer o 2-1 no encontro. Era preciso povoar o meio-campo e sacrificar um dos avançados, uma vez que a bola não chegava aos homens mais adiantados.
Ainda que tarde, Nuno percebeu, numa altura em que o Sporting continuava a carregar alimentado pela crença no empate e as dificuldades não diminuíram.
Por momentos parecemos uma equipa pequena que se apanhou a ganhar a um grande e defender era só o que nos competia, o que não deveria ser nada assim.

Até final valeu a crença dos jogadores em segurar a vantagem e de um Casillas que fez jus ao San Iker, pelo qual é conhecido, a revelar-se um verdadeiro gigante ao travar uma cabeçada com selo de golo.

Os grandes obreiros desta vitória foram mesmo os jogadores, sofreram mas aguentaram firmes com um grande espírito de sacrifício, entreajuda e, acima de tudo, coração.

Vencemos e é o que importa no final de tudo, mil vezes sofrer e vencer do que massacrar e não conseguir mais do que um empate como aconteceu com o rival da luz. Em todo o caso, sofremos e pusemo-nos a jeito desnecessariamente, mas o três pontos ficaram na Invicta.

Heróis do jogo
Imagem: Dragão Rúben.
Destaques:

Soares - Era inevitável. Marcou dois golos na sua primeira partida pelo FC Porto. Para além do “bis”, o antigo jogador do V. Guimarães fez dois passes para ocasião e um drible eficaz, protagonizou 38 duelos e sofreu oito faltas.

Casillas - Enorme. A par de Soares, foi o herói deste encontro. Fez uma defesa que vale campeonatos e assim esperemos que seja. Está lá para isso, mas há defesas e defesas.

Nuno Espírito Santo - Se apresentou um 11 corajoso e como se pedia, voltou a hesitar na hora de mexer na equipa. Deixou o adversário diminuir a desvantagem e acreditar até final. Se os anteriores são destaques pela positiva, NES merece um menos no encontro de ontem.

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