domingo, 10 de setembro de 2017

O Melhor Arranque dos Últimos 5 anos

A receção ao GD Chaves deu o mote ao melhor arranque de campeonato do FC Porto dos últimos 5 anos com destaque para novo jogo sem sofrer golos. Ao cabo de 5 jornadas, são já 12 os golos marcados e 0 sofridos, fazendo dos Portistas a única equipa que mantém as suas redes invioláveis neste campeonato.

Sérgio Conceição surpreendeu ao lançar no 11 inicial Layún no lugar de Ricardo Pereira, e o mexicano não conseguiu fazer esquecer a ausência do português. 

O primeiro tempo foi bastante equilibrado, resltando, nesse sentido, em poucas oportunidades de golo. As únicas dignas de registo pertenceram ao FC Porto, protagonizadas por Brahimi e Danilo.

A equipa transmontana defendia com qualidade e bloqueava o jogo do FC Porto que, sem espaços, encontrava grandes dificuldades para criar perigo. A isso juntava ainda critério no seu momento ofensivo chegando a apanhar o FC Porto em inferioridade numérica, fruto dos homens que os azuis e brancos colocavam no meio campo adversário para construir o seu jogo.

A pouca produtividade dos 45 min iniciais dos comandados por Sérgio pode explicar-se pelo baixo rendimento de alguns dos seus atletas, ora por mérito do adversário, que não deixando espaço nas entrelinhas anulou um Aboubakar que precisa de espaço para recuar e vir buscar jogo, mas também pela desinspiração de alguns atletas. A asa direita do FC Porto é o exemplo disso mesmo com um Corona a quem tudo saía mal (tendo sido substituído ao intervalo) e um Layún que não lhe ficou muito atrás, onde lhe faltou essencialmente o fulgor ofensivo. Perante a importância que têm as alas no jogo de Sérgio Conceição e só com uma delas a funcionar, juntando uma equipa que defendia bem, eram naturais as dificuldades dos Portistas.

Ia-se destacando Brahimi que dava outro perfume ao jogo azul e branco. Nos primeiros 35 minutos, o argelino registou três dribles eficazes em quatro tentativas, contabilizando ainda 93% de passes certos.

No segundo tempo o espetáculo melhorou. Aumentaram as oportunidades para ambos os lados, mas foi o FC Porto a sorrir.

Os Dragões entraram praticamente a vencer no segundo tempo, com Aboubakar a beneficiar do espaço que lhe faltara na primeira parte e a inaugurar o marcador.

O FC Porto viria ainda a fazer mais 2 golos, não sem antes beneficiar do desacerto flaviense que, isolados por duas vezes na cara de Casillas mandaram para fora. A equipa da casa não foi na mesma onda e aproveitou as oportunidades criadas. Soares a regressar da melhor forma ampliando de penalti e Marega a fechar a contagem num golo que coroou um jogo de raça do Maliano.

O segundo tempo foi em muito diferente do primeiro, com o FC Porto a beneficiar das mexidas do seu treinador. Com Marega no lugar de Corona, e Soares na companhia a Abou, ganhamos velocidade e metros junto da área adversária, fruto da força e insistência de Marega que ia galgando metros e faltas como podia. A isto juntou-se ainda, de novo, a boa leitura de jogo de Sérgio Conceição que, tal como havia acontecido em Braga, fez entrar André e Otávio e adotou o 4-3-3. Assim, povoou o meio-campo e a encurtou os espaços que eram aproveitados pelo flavienses após o 1º golo sofrido.



Venceu a melhor equipa que embora num jogo em que sentiu dificuldades conseguiu despachar os visitantes com 3 golos sem resposta.

Destaques

IN 

Marega - MVP da partida. Foi no segundo tempo, com a alteração de posição que mais se destacou. As suas limitações são evidentes, mas a força e raça que demonstrou foram foram superiores aos seus pontos fracos. De tal forma que deu muito mais ao jogo do que o tecnicista Corona. Deu velocidade, abriu espaços e marcou.

Oliver - Para além da assistência açucarada para Marega, o médio fez ainda dois passes para finalização, tentou seis cruzamentos (um eficaz), acertou 86% dos passes (nove em dez longos) e ainda recuperou sete vezes a bola e realizou quatro desarmes. Cada vez mais o maestro desta equipa.

OUT

Corona - Apareceu pouco em jogo e das poucas vezes que o fez foi para perder bolas. Já o tinha dito em post's passados: Corona é daqueles que faz 1 bom jogo e logo de seguida dois ou três em que passa completamente ao lado. Ontem foi exemplo disso, depois de em Braga se ter exibido em bom plano.

Layún - Não foi noite para os mexicanos que estiveram em campo. Layún saltou para o 11 mas não me pareceu ter conseguido aproveitar a confiança dada pelo treinador. Não ofereceu profundidade e foi muito perdulário no capítulo defensivo. Teima a não vir ao de cima o Layún da primeira época de Dragão ao peito. 

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