segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Sorrir em Braga 2 Anos Depois

O FC Porto foi à cidade dos arcebispos naquele que foi o jogo da quarta jornada para os comandados de Sérgio Conceição.

Para alguns este era o primeiro grande teste para os portistas porque, segundo eles, ainda não nos tínhamos deparado com uma equipa que tivesse argumentos para oferecer reais dificuldades ao nosso jogo. Ora, se este era o teste que pediam, o aluno passou e mostrou que a matéria estava muito bem estudada.

Em traços gerais, o confronto entre Dragões e a equipa minhota foi um bom espetáculo de futebol: no primeiro tempo dentro das quatro linhas, no segundo no banco, protagonizado por Sérgio Conceição.

O FC Porto entrou forte no jogo e a querer ganhar depressa. A intensidade imposta pelos azuis e brancos não permitia aos bracarenses libertarem-se da teia montada pelos portistas. A pressionar alto e a imprimir velocidade ao seu jogo, os dragões causavam dificuldades e cedo chegaram ao golo numa jogada sublime de Corona que tira do seu caminho Sequeira e remata para o fundo das redes.

A ganhar mantivemos a toada ofensiva e, com isso, surgiram inúmeras oportunidades para dilatar a vantagem que encontrava em Matheus o único resistente ao jogo portista, impedindo que o resultado se avolumasse. Aos 20 minutos, os pupilos de Sérgio Conceição contabilizavam 69% de posse de bola.

Perante o domínio azul e branco, a equipa da casa procurava causar moça através do contra-ataque e ia dando boa réplica, favorecendo o espétaculo.

Se a primeira meia hora pertenceu ao FC Porto, os 15 minutos finais mostraram um Braga que procurava criar maior perigo. Porém, o acerto que continua a demonstrar a defesa portista permitiu anular as investidas minhotas que ia causando perigo a partir de remates fora da área ou em lances de bola parada, o que explica os 0 remates enquadrados com a baliza de Iker Casillas.

O FC Porto ia vencer para o intervalo pela margem mínima, resultado escasso para o que produziu tendo criado várias oportunidades para ampliar a vantagem.

Se o primeiro tempo teve o seu foco naquilo que era feito no campo, o segundo era no banco que se jogava bem, com Sérgio Conceição a marcar golos na forma como foi mexendo na equipa. O segundo tempo ainda começou como acabou o primeiro, com um Braga mais ameaçador, muito devido à dificuldade em aparecer em jogo de Otávio (que substituiu Corona). Contudo, aos poucos o FC Porto executava o que pedia o técnico e as alterações que se seguiram foram a confirmação e secaram o jogo bracarense. Primeiro foi André e, mais tarde, Herrera a juntarem-se a Otávio, e os portistas tomaram controlo do jogo. Ainda que sem tanto fulgor ofensivo, atacando com menos elementos - essencialmente devido ao facto de Marega ter descaído para extremo e das suas limitações em transportar jogo serem evidentes - ainda criamos mais 10 ocasiões de golo (menos 1 que na primeira parte). Ao contrário do nosso adversário que apenas criou 4 (contra 8 dos primeiros 45').

Sérgio Conceição mexeu bem e colocou em campo 2 joadores de combate como André e Herrera que se juntaram a Danilo fazendo um meio campo forte e robusto que anulava o Braga na sua fase de construção com Otávio a tentar servir Aboubakar nas suas funções de maior liberdade.

O resultado final fixou-se em 1 a 0, escasso para o futebol da equipa, mas suficiente para a conquista dos 3 pontos, fazendo o FC Porto sorrir em Braga 2 anos depois da última vitória na "Pedreira".

Destaques:

IN

Sérgio Conceição - Pela forma como mexeu e gelou o jogo da equipa adversária na fase em que esta se poderia tornar mais perigosa. Mais do meter homens para defender os ataques adversários, meteu-os para evitar que surgissem e conseguiu.

Brahimi - Para mim o melhor em campo dos portistas. Criou uma ocasião flagrante de golo, foi eficaz em oito dos 13 dribles que fez, venceu 15 dos 21 duelos que disputou e ainda sofreu cinco faltas.

Corona - Saiu ao intervalo tocado e amarelado, mas no primeiro tempo esteve bem a atacar e com boas anotações no auxilio dos colegas na defesa. Isto claro, para não falar no golo de belo efeito que deu a vitória portista.

Casillas - A sua veterania permite-lhe acumular titulos e recordes mas ontem, de dragão ao peito, arrecadou mais um: o seu melhor arranque de época. Confere na só a importância que tem na equipa, como a boa forma da defesa portista que continua sem sofrer qualquer golo neste início de época. 

OUT

Felipe - Um início de época trémulo para o central brasileiro. Ontem teve inúmeras decisões de risco que podiam comprometer a equipa. Atravessa uma fase que dá vontade de o sentar no banco para acalmar as paragens cerebrais que tem mostrado.

Faltinhas e mais faltinhas - Os jogos com o Braga de há uns anos a esta parte tornaram-se bem mais difíceis e para além da dificuldade é comum o constante jogo do bota abaixo dos seus jogadores. Ontem foi mais do mesmo, eram faltas e mais faltas para travar o jogo portista com a conivência do juiz da partida.

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