segunda-feira, 21 de agosto de 2017

FC Porto - Moreirense: Fácil e Sem Grandes Correrias

Terceira jornada do campeonato, o regresso a casa. Depois de um jogo que colocou algumas dificuldades frente ao Tondela (que curiosamente perdeu esta jornada perante o Estoril) o Dragão recebeu em peso os seus jogadores com nova lotação esgotada.

O FC Porto bateu por 3 bolas a 0 a equipa de Moreira de Cónegos, num jogo que nem foi de "encher o olho" os portistas venceram tranquilamente, não sendo preciso jogar muito para vencer com facilidade.

Debaixo de um intenso calor, foi Aboubakar a brilhar, apontando todos os golos que derrotaram a equipa visitante. O jogo ficou marcado pela aparição no 11 titular de Maxi Pereira, que deixou a palpitar o coração daquelas que estranharam a ausência nos convocados de Ricardo Pereira. Espero encarecidamente que o motivo seja a "temperatura" com que acordou o português.

Os comandados de Sérgio Conceição partiram para uma primeira parte de bom nível onde não deram oportunidade ao Moreirense para respirar. Os primeiros 15 minutos são disso exemplo, onde os 84% de posse de bola e os quatro remates efetuados são bem esclarecedores acerca do domínio portista, ainda que com demasiada insistência em procurar cruzamentos para a área. Perante a ofensiva portista, foi com naturalidade que o FC Porto, aos 18 minutos, chegou à vantagem com um cabeceamento fulminante de Aboubakar. Com uma verdadeira movimentação à ponta-de-lança, o camaronês deixou pregado ao chão o seu marcador direto e correspondeu da melhor forma ao cruzamento de Alex Telles.


Estavam ainda alguns a sentarem-se nas suas cadeiras quando voltaram a saltar para festejar o golo portista, novamente apontado por Aboubakar, 3 minutos depois. O FC Porto dominava a seu belo proveito a equipa visitante que se limitava a ver jogar. Rápido e a não deixar sair o Moreirense para o ataque , a primeira parte do FC Porto fez-se quase sempre no meio-campo adversário. 

Neste sentido, foi com naturalidade que os azuis e brancos chegaram ao intervalo a vencer e a dominar em todos os capítulos do jogo, com Casillas a ser um mero espectador. O FC Porto contabilizava uns expressivos 75% de posse de bola e sete remates enquadrados, contra apenas um disparo à baliza por parte do adversário, segurado pelo guardião espanhol sem problema algum. A equipa de Sérgio Conceição aproveitava bem os espaços entre linhas, circulava a bola com critério e não concedia espaços ao seu opositor. Ainda que sem imprimir uma grande rotação fazia o que queria do seu jogo.

O segundo tempo não seguiu as pisadas do primeiro, e os Portistas regressaram dos balneários a jogar a um nível mais baixo e a gerir o seu jogo sem ter de se cansar muito, permitindo à equipa forasteira crescer na partida, não sendo, contudo, suficiente para incomodar o FC Porto, com Casillas a ter de fazer apenas duas intervenções de maior relevo. A equipa visitante teve 53% de posse de bola nos primeiros 15 minutos, período em que até fez mais passes do que os dragões (76-65).  Perante a pouca acutilância portista, Sérgio alterou as peças do seu xadrez que, mais do que fazer aumentar o rendimento dos seus pupilos, estancou por completo a audácia que foi permitindo ao adversário. 

A partir daí o FC Porto criou mais algumas oportunidades, com destaque para o terceiro golo de Aboubakar, apontando um hat-trick que o coloca no topo como um dos melhores marcadores do campeonato.

Destaques:

IN

Aboubakar - Dos três remates que enquadrou com a baliza, todos deram golo. Com um hat-trick o camaronês foi com naturalidade o homem do jogo. Aos três tentos, juntou ainda dois passes para finalização e venceu três dos seis duelos que disputou.

Alex Telles - Um jogo de mão cheia do lateral esquerdo brasileiro. Somou três passes para finalização, foi eficaz em seis dos seus 11 cruzamentos, falhou apenas três das suas 45 entregas, colocou a bola na área contrária 21 vezes e somou quatro desarmes.

Mar Azul - O primeiro jogo do campeonato ditou casa cheia, a deslocação a Tondela seguiu a tendência e no regresso nova enchente, com um ambiente incrível nas bancadas do Dragão. 

OUT

"Perder o gás" - O FC Porto do segundo tempo baixou consideravelmente o seu ritmo de jogo. Ainda que sem lhe ter causado problemas nunca gostamos quando vemos a nossa equipa cair exibicionalmente. A baixa de rendimento deveu-se sobretudo ao descansar à sombra de uma vantagem confortável à qual se juntava um adversário que não criava grande perigo.

Excessiva aposta nos cruzamentos - Se é verdade que o FC Porto apontou o primeiro golo em virtude de um cruzamento para a área, também não deixa de ser um facto aquela que considero ser a insistente necessidade em procurar as laterais para criar perigo. A espaços com o Tondela também se verificou e, ontem, nos primeiro minutos foi possível assistir ao mesmo. Podia ter-se aproveitado melhor o jogo interior e não canalizar com tanta frequência o futebol para o cruzamento.

Maxi - Ainda que tenha cumprido, já não oferece tudo o que é necessário. A velocidade já não é a mesma, a capacidade de reação idem. É um otímo suplente (ignorando o salário de titularíssimo que aufere) mas já não mais que isso.

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