domingo, 22 de outubro de 2017

Alguém Falou Em Resposta Forte?

1 golo e uma exibição fantástica
Depois do jogo em Leipzig onde, pese embora a derrota, o resultado até foi mesmo o melhor daquele desafio, Sérgio Conceição garantiu que uma resposta forte seria dada.

De facto era essencial dar essa resposta, depois de uma exibição na Alemanha que desiludiu bastante, tornou-se importante dar uma demonstração de força, mas aquilo a que se assistiu no Dragão não foi uma resposta forte, foi um verdadeiro atropelamento. A violência foi de tal forma, que o jogo de ontem devia ter sido para maiores de 18 anos. Que grande exibição!

Com José Sá na baliza "para alimentar" ainda mais a polémica, regressaram ao 11 portista Ricardo Pereira e Corona, relegando Sérgio Oliveira e Layún diretamente para a bancada. Com eles voltou também o 4-4-2 com Marega e Aboubakar como lanças apontadas à baliza pacense.

Um FC Porto completamente insaciável foi aquele que podemos ver no Dragão. Uma equipa forte, dinâmica, que atacou de todas as maneiras e feitios, que marcou 6, mas podiam ter sido mais, tal foi a avalanche ofensiva dos pupilos de Sérgio Conceição.

O festival de golos começou logo aos 4 min com Ricardo Pereira a apontar o seu primeiro golo de azul e branco após o seu regresso à invicta. Mas, sem fazer muito por isso, os visitantes empataram depois de uma perda de bola a meio-campo que permitiu a Welthon apontar um golo de belo efeito. Com o resultado empatado e vindo de um jogo onde as coisas não correram bem, os portistas não acusaram qualquer tipo de pressão e, aos 18' Felipe (à ponta de lança) restabeleceu a justiça no marcador e colocou os Dragões novamente na frente. A partir daí foi continuar a acelerar a grande velocidade e seguiram-se mais dois golos da autoria de Marega, também ele a brilhar depois de uma exibição pobre em Leipzig.

O FC Porto ia para o intervalo com 3 golos de vantagem e o jogo perfeitamente resolvido. Durante os primeiros 45 min assistiu-se a grande intensidade, posse de bola em quantidade e qualidade, profundidade e um coletivo de grande nível que deixou o Paços de Ferreira perto do K.O. ao fim do primeiro assalto. A posse de bola fixava-se nos 70%, convertida em 10 remates, 6 deles à baliza de Mário Felgueiras.

Se os números alcançados no primeiro tempo poderiam antever uns segundos 45' a um ritmo mais baixo e de gestão do resultado, não foi isso que aconteceu e o rolo compressor portista continuou. As oportunidades foram-se sucedendo, o ritmo manteve-se e o nível exibicional, idem.

Nesse sentido, e depois de 4 remates dos portistas, o quinto golo apareceu com naturalidade apontado pelo mexicano Corona. Aos 72', Aboubakar estabeleceu o resultado final e deixou, também ele, o seu nome escrito na lista dos marcadores.

O FC Porto fez deste um jogo simples, fácil e de sentido único, numa verdadeira resposta ao desaire na champions somando a 8 vitória em 9 jogos, infligindo ao seu opositor uma goleada das antigas. Aliás, o FC Porto de Sérgio Conceição atingiu a marca das 5 goleadas nos primeiros 5 jogos em casa, um feito nunca antes atingido.


Destaques:

IN

RICARDO PEREIRA ♛ - Regressado ao 11 de onde nunca deveria ter saído, o lateral portista fez um jogo extremamente completo: atacou, defendeu, marcou e assistiu. Um vai-vem constante que lhe deram o prémio de MVP da partida. O lateral português  fez duas assistências, terminando a partida com quatro passes para finalização, três ocasiões flagrantes criadas, dois dribles eficazes em duas tentativas, 11 duelos ganhos em 13 e ainda quatro desarmes.

CORONA - Tal como Ricardo, regressou ao 11, mas este depois de uma ausência mais prolongada. Como é seu apanágio quando faz bons jogos, são sempre de bom nível. Corona não só marcou um golo, como fez uma assistência em dois passes para finalização, teve sucesso em três de cinco tentativas de drible, terminou com 93% de eficácia de passe, recuperou oito vezes a bola e ainda fez cinco desarmes.

MAREGA - Esteve às portas do hat trick, mas ficou-se pelo bis. O estádio pedia o terceiro para o maliano, mas tal não aconteceu, pese embora as oportunidades por ele criadas: rematou por seis vezes, cinco delas enquadradas, materializadas em dois golos.

OUT

PERDA DE BOLA - À semelhança do que aconteceu na Alemanha, também o golo dos "castores" foi conseguido após um erro no processo de construção da equipa. Foi dos poucos erros cometidos mas coincide no segundo jogo consecutivo. A rever.

2 comentários:

  1. Boa noite, Muralha Azul.

    Os nossos jogadores deram a resposta cabal que o nosso Treinador afirmou categoricamente na Conferência de Imprensa que iriam dar! Intensos, confiantes e agressivos. Um grande jogo de futebol, onde apenas nos ficaram a dever 1 ou 2 golos. Grandes exibições individuais, das quais destaco, daquelas que aqui não foram mencionadas, Alex Telles, sempre seguro e o constante vaivém da ala esquerda, Felipe a voltar a ser o nosso Xerife, a jogar em antecipação, sair com a bola controlada, agressivo e bem posicionado. O golo fez-lhe muito bem, só é pena que o segundo tenha sido anulado. Brahimi mágico, sempre a jogar com o coletivo, e Aboubakar muito altruísta. Mas todos os jogadores, até mesmo os que não jogaram, deram a resposta que os adeptos precisavam e reforçámos a nossa união.

    Por último, só queria tocar no "assunto" José Sá. Penso que o nosso Mister fez bem em metê-lo a jogar, porque ao tirá-lo da equipa daria um sinal de descrença no jogador. É claro que prefiro Iker, sem dúvidas, mas penso que a situação foi bem gerida. Contudo, o guarda-redes português tem que corresponder ao voto de confiança... Fez uma grande defesa num desvio de um livre e embora tenha escorregado no lance do primeiro golo, tem que estar mais atento e seguro... Casillas sofreu um golo de longe frente ao Besiktas mas já o vimos, até nesta época, a fazer paradas em lances idênticos. A rever também aquele passe a queimar para Marcano.

    Cumprimentos,
    BMF

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  2. Caro BMF,

    Uma enorme demonstração de força. Muitos jogadores em bom plano e uma exibição fantástica. Tal como escrevi: intensidade, boa circulação, enorme coletivo.

    Quanto a Sá, concordo. Resta saber como será gerida a sua continuidade na baliza. A ver vamos.

    Abraço!

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