quarta-feira, 1 de novembro de 2017

FC Porto de Combate Deixa Alemães K.O.

De regresso a casa na prova rainha da UEFA, o FC Porto precisava de vencer para ascender ao segundo lugar do grupo e colocar-se em boa posição para poder passar aos oitavos de final da competição. 

Depois de uma exibição muito à quem do esperado em território alemão, desta vez os portistas não perdoaram e viu-se uma verdadeira equipa de combate que contrariou as adversidades e ajustou-se na perfeição às mudanças que se viu obrigada a fazer.

Pese embora o reconhecido poderio do meio-campo alemão, que nos deu grande dores de cabeça na primeira volta, Sérgio Conceição não foi em meias medidas e lançou a jogo uma equipa com apenas dois elementos no meio-campo. Ia o jogo ainda nos seus primeiro minutos e a primeira lesão: Marega é obrigado a sair, não sem antes fazer uma arrancada que viria a originar o canto que deu o 1º golo da partida. Saiu Marega e entrou André.

Com apenas um elemento atacante no banco de suplentes, Sérgio Conceição optou pelo médio português. No minuto seguinte à entrade de André André, de canto os Portistas inauguram o marcador. Entre ressaltos, Herrera aproveitou a oportunidade e inaugurou o marcador. 

Com o golo veio também a alteração tática, em consequência da entrada de André André que, curiosamente, acabou por vir baralhar a estratégia de jogo. Vicissitude essa que, diga-se, muito bem aproveitada pelo FC Porto. Com André, os comandados de Sérgio Conceição ganharam corpo no seu meio-campo, passaram a ocupar as entrelinhas e a intensidade no miolo do terreno aumentou.

A primeira parte, para além do golo, foi pautada pela velocidade e agressividade, comuns no futebol vertiginoso dos alemães. O FC Porto foi dando boa conta de si, bem encaixado no jogo do Leipzig não permitiu grandes ameaços.

Ao fim dos primeiros 45 minutos, pese embora o domínio na posse de bola alemão, era o FC Porto quem tinha criado mais perigo. Destacavam-se Brahimi, no capítulo ofensivo, mas essencialmente no que à parte defensiva diz respeito com 7 recuperações e Herrera que, para além do golo, contabilizava cinco duelos ganhos, seis recuperações e quatro desarmes.

O segundo tempo iniciou-se praticamente com o golo do empate do RB Leipzig logo aos 48 minutos. Chegados ao empate, a equipa alemã tentou partir para cima do FC Porto, mas a reação ao golo por parte dos azuis e brancos foi extremamente positiva. O FC Porto não acusou o empate, e rapidamente causou perigo para a baliza de Gulacsi. De forma justa, aos 61 minutos, desta vez por Danilo, o FC Porto voltava a adiantar-se no marcador. Um merecido prémio que coroou as investidas portistas que levavam já 5 remates no segundo tempo contra apenas 1 do seu adversário. 


De novo em vantagem, o FC Porto conseguiu manter o controlo da partida e segurar o seu adversário longe da baliza de José Sá. É durante este período que surge nova lesão na equipa portista, agora foi a vez de Corona sair agarrado à coxa tal como havia acontecido com Marega, abrindo espaço para a entrada de Maxi Pereira na partida. De novo o FC Porto voltou a tirar partido da alteração forçada, utilizando o defesa uruguaio para estancar as investidas pelo corredor direito posicionando-se à frente de Ricardo Pereira e a funcionar como um segundo defesa lateral.

Maxi viria mesmo a marcar. Com os alemães balanceados na frente, o FC Porto fez aquilo que tão bem tem feito (mais uma) desde a chegada de Sérgio Conceição. Lançou-se em contra-ataque e aplicou a estocada final, deixando os alemães K.O. e arrumando as dúvidas quanto ao resultado final. Aboubakar, com um excelente trabalho, recebeu, aguentou e lançou para a corrida de Maxi que voltou a marcar na champions 5 anos depois já em período de compensação.

Chegava ao fim o jogo, com uma vitória por 3 bolas a 1 que, mais que o segundo lugar, oferece também uma importante vantagem em caso de confronte direto. Uma vitória feita da adversidade de uma equipa que, vendo-se obrigada a remendar os rasgões causados pelo encontro, deu uma resposta de altíssimo nível frente ao terceiro classificado do campeonato alemão.

Destaques:

IN

DANILO - O médio português esteve envolvido nos dois primeiros golos da sua equipa, assistindo Herrera antes de ele próprio marcar, num dos três remates que fez. Para além disso, Danilo Pereira acertou 86% dos seus passes, venceu oito dos 13 duelos que disputou e somou dez acções defensivas, entre as quais quatro intercepções e dois bloqueios de remate.

HERRERA - O mexicano deu continuidade à boa exibição trazida do Bessa. Acertou 33 dos 39 passes que fez, dois deles para finalização, recuperou a posse de bola oito vezes e somou seis acções defensivas.

SÉRGIO CONCEIÇÃO - Fez da adversidade força e venceu o jogo. Obrigado a mexer, Sérgio Conceição aproveitou para retirar dividendos e mais do que uma dificuldade o treinador portista, fez de um aspeto negativo, um fator diferenciador para o desfecho final com as suas opções a revelarem-se acertadas.

OUT

LESÕES - As lesões de Marega e Corona puseram a nú as debilidades que o plantel curto deste FC Porto apresenta. Hoje, perfeitamente resolvidas, mas estamos em Novembro e já andamos com estas preocupações.

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