quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Objetivos Intactos Após Inferno de Istambul

No jogo da penúltima jornada da fase de grupos da Champions, o FC Porto trouxe na bagagem um empate que mantém abertas as portas dos oitavos de final da competição, dependendo apenas de si para seguir em frente na prova rainha da UEFA. As decisões ficaram adiadas para a última jornada mas, para já, ficou garantida, no pior dos cenários, a presença na liga europa.

Os dragões subiram ao inferno de Istambul e passaram no difícil teste que é o de jogar no ambiente frenético dos estádios turcos, com isso, o FC Porto continua invicto em território bizantino contabilizando 3 vitórias e 2 empates nos 5 jogos realizados. 

Face aos condicionamentos do plantel azul e branco, Sérgio Conceição apresentou alterações no 11 inicial. O treinador Portista não tem medo de mexer, e até que se tem dado bem na hora de adaptar a equipa ao adversário ou à problemática das lesões. Ontem aconteceu de novo. Depois do jogo com o Leipzig onde Maxi foi chamado a jogar a médio direito no decorrer da partida, ontem, o uruguaio saltou para o 11 inicial mas, desta vez, para que Ricardo subisse no terreno. Também Sérgio Oliveira entrou novamente para a equipa titular. Ele que leva mais jogos a titular na liga dos campeões do que no campeonato.

Sérgio Conceição aprendeu a lição da primeira volta e não permitiu que o meio campo portista fosse destruído pelos turcos tal como aconteceu no dragão. A alinhar com 3 homens no miolo, os azuis e brancos preencheram bem esta zona do terreno e condicionaram o Besiktas na fase inicial da construção do seu jogo. Pese embora a grande vantagem na posse de bola para os turcos (62% - 37%), o FC Porto foi sempre conseguindo manter o perigo afastado da sua baliza e, quando não o fez, José Sá deu conta do recado com grande nível. 

Num jogo equilibrado as oportunidades não abundaram, de tal forma que os dragões chegaram à vantagem no primeiro remate à baliza. Num lance de laboratório, o FC Porto apontou o sétimo (!!) golo na sequência de uma bola parada, num total de 10 marcados na competição. Ora, por aqui se vê a importância dada por Sérgio Conceição a estes lances, depois de várias épocas em que era completamente esquecida a preponderância destes pelos treinadores que por aqui passaram. 

Face à pressão e ao número de jogadores que colocava na zona central do terreno, o jogo turco fazia-se muito pelas laterais e foi mesmo daí que viria a surgir o golo do empate, numa investida de Tosun que deixou para trás Felipe, entregou a Talisca para encostar.

O início do segundo tempo foi, sem dúvida, o período de maior dificuldade para os comandados de Sérgio Conceição, infligidos a um verdadeiro sufoco pela equipa da casa. Nos primeiros 15 minutos o Besiktas registava 79% de posse e três remates contra um. Muito devido a um FC Porto desconcentrado que errava passes sucessivamente e não conseguia sair a jogar com critério.

O FC Porto viria a conseguir equilibrar a partida e, até final, o ritmo de jogo foi diminuindo numa espécie de "pacto não-agressão" entre as duas equipas, até porque o resultado acabava por ser positivo para ambas.

Destaques

IN

FELIPE Pese embora o falhanço na forma como abordou o lance do golo do empate, o central brasileiro esteve em grande nível. Para além do golo, Felipe completou ainda 12 alívios, quatro interceções e ganhou metade dos duelos individuais que disputou.

JOSÉ SÁ -  Depois de novas dúvidas acerca da possibilidade de voltar ou não ao 11 após o jogo para a Taça de Portugal, Sá voltou mesmo e respondeu com várias e valiosas intervenções que permitiram segurar o empate no marcador. O guarda-redes começa a dar os primeiros passos naquilo que se esperava quando chegou ao clube: ser o guardião das balizas portistas dos próximos anos.

OUT

MINUTOS INICIAIS - Os minutos iniciais de ambas as partes trouxeram um FC Porto nervoso e a cometer muitos erros. Se na primeira-parte isso não trouxe problemas, muito devido a um Besiktas, pouco melhor fazia, o segundo tempo permitiu o sufoco da parte do adversário que podia ter causado estragos.

PINTO DA COSTA - Depois de Fernando Gomes ter falado há uns tempos que o FC Porto tinha tantos jogadores sob contrato que se estorvavam uns aos outros, como se a culpa disso fosse de uma qualquer "entidade" externa ao clube, ontem, foi a vez do presidente portista vir dizer que "se fosse para não querer ganhar o jogo tinha contratado o Lopetegui", para além de descontextualizadas, as suas declarações vão na linha daquilo que disse o Administrador da SAD, como se a vinda de Lopetegui fosse culpa de outra pessoa qualquer. Um bom exemplo para um "Quando é Melhor Estar Calado".

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