quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Para O Ano Há Mais

Último jogo para o campeonato no ano civil de 2017, FC Porto e Marítimo defrontaram-se e só a vitória interessava para que os portistas retomassem o topo da tabela classificativa e fechassem o ano no primeiro lugar. São muitos os meses até ao término do campeonato, muita coisa estará por acontecer, mas era importante dobrar o ano no topo da classificação, ainda para mais com o derby da segunda circular tão perto. O objetivo foi cumprido, os dragões venceram, convenceram, são o melhor ataque e a melhor defesa, e Sérgio Conceição a figura de destaque nesta equipa.

Bem orientado, esperava um Marítimo capaz de causar dificuldades ao FC Porto, mas o que é certo é que, para além da oportunidade convertida em golo por parte dos insulares, pouco há a destacar da equipa visitante.

Desde o primeiro momento que se assistiu a um FC Porto dominador, completamente instalado no meio campo adversário e com um controlo total do jogo que merece destaque. Sérgio Conceição tem-nos habituado a uma equipa vertiginosa, de ataque constante, incursões pelas alas, aproveitamento dos contra-ataques, muita velocidade. Porém, na passada segunda-feira, foi possível ver uma equipa mais pausada, a circular a bola por todo o terreno de jogo, à procura de espaços. Acima de tudo, mais do que a correria habitual dos nossos jogadores, era a bola quem corria por todo o campo, com os comandados de Sérgio Conceição a demonstrarem uma segurança e um critério com o esférico que me agradou bastante. Ora, não era pois de admirar que, aos 71 min, os dragões registassem 82% de posse de bola e praticamente toda ela no meio-campo adversário, estando mesmo os centrais, em muito do tempo, na zona do grande circulo.

O FC Porto marcou primeiro, justificando o domínio desde o apito inicial, na única grande oportunidade os visitantes lá empataram, mas os portistas continuaram a toada contra 11 e, depois, contra 10. A rasar os 45' adiantamo-nos no marcador e voltamos a furar a muralha vinda da Madeira que parecia não ter outro interesse do que se fechar bem lá atrás, mesmo quando ainda jogava com 11 jogadores. No segundo tempo, embora com o jogo totalmente dominado, faltava o 3º, não fosse numa bola parada o destino pregar-nos uma partida, e assim aconteceu. Depois de fazer o 2-1, Marega bisava e ampliava a vantagem. 

O jogo chegava ao fim com um resultado justo e números esclarecedores acerca do domínio azul e branco: 21 remates (contra 5), 53 bolas na área adversária (contra 4), 73% de posse de bola e uma eficácia de passe na ordem dos 87%.

Estamos em primeiro, é hora de aproveitar a reabertura do mercado e retocar o plantel em posições chave, principalmente para a posição de extremo, e dar continuidade ao que tão bem tem sido feito.

Destaques:

IN 

MAREGA - 2 golos do maliano que lhe permitiram igualar Aboubakar no topo dos melhores  marcadores do plantel. Aquele que era um patinho feito, está-se a tornar num verdadeiro cisne na equipa do FC Porto. Ao "bis", Marega juntou cinco remates (três deles enquadrados), tentou ainda nove vezes o drible, com sucesso em quatro, e fez um passe para finalização.

REYES - Só os mais conservadores podem sentir, ainda, saudades de Felipe. O brasileiro não estava a render o esperado e Sérgio deu-lhe o lugar que merecia, o de suplente. Em contra partida, permitiu aquela que vem sendo a ascensão de Diego Reyes, ele que foi considerado dos melhores centrais a atuar na liga espanhola nos dois anos em que esteve por lá. Ótimo com bola nos pés, com grande leitura do jogo, e pouca necessidade de recorrer à falta, o mexicano esteve quase irrepreensível. À boa exibição somou um golo pleno de oportunidade. Espero que não esteja em final de contrato por muito tempo.

OUT

DANIEL SILVA - Depois de Moreno para a taça se ter vindo queixar do lance do penalti, o treinador maritimista resolveu, também ele, questionar a expulsão de Gamboa. Não há muito a dizer, o lance é claro, se o treinador quer fazer um papel ridículo, o problema é dele.

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