quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sentido Único Rumo aos Oitavos

Entrada para a última e decisiva jornada da fase de grupos da Champions, ao FC Porto bastava-lhe igualar o resultado do Leipzig para seguir em frente na competição. Enquanto que os alemães somaram uma derrota, os portistas venceram e convenceram o já excluído Mónaco, assegurando, assim, pela 14ª vez um lugar entre os melhores na prova rainha da UEFA em 22 participações.

Com uma goleada que não deixou margem para dúvidas, cedo se começou a construir aquele que viria a ser o primeiro de 5 golos dos azuis e brancos. Na sequência de uma bola parada, Aboubakar percebeu as intenções de Brahimi que deixou o camaronês na cara de Benaglio, inaugurando o marcador. Fica a sensação que se este jogo tivesse como árbitros os senhores da passada sexta-feira, era assinalado fora de jogo.

A vencer desde os 9 minutos, o FC Porto controlava como bem queria o seu adversário sem que este conseguisse esboçar grande reação. Com os franceses a visitarem a Invicta apenas para cumprir calendário, o golo madrugador acabou por deitar por terra um opositor que se apresentou com várias mexidas no habitual 11 titular. 

Depois do primeiro, foi com naturalidade que os portistas viriam a fazer o segundo e terceiro golo. Primeiro com o bis de Aboubakar e, em cima do intravalo, com o camaronês a assistir de forma perfeita Brahimi, numa inversão de papeis. O FC Porto jogava bem, não permitia que o Mónaco construísse jogo, trocava a bola pelo campo todo e chegava com relativa facilidade à baliza de um adversário resignado e sem qualquer motivação. Nos primeiros 45 min, os azuis e brancos contabilizaram sete remates, seis deles dentro da grande área adversária, e quatro deles enquadrados. A isto juntavam-se, ainda, os 69% de posse de bola e 83% de passes certos. Domínio total.

Se no primeiro tempo não faltaram golos, a segunda parte não lhe ficou atrás. Essencialmente, devido ao facto de um Mónaco regressado dos balneários apostado em inverter a imagem dos primeiros 45 min.

Ora, nesse sentido, houve tempo para mais 4 golos num segundo tempo em que, embora se tenha assistido a um Mónaco mais atrevido, culpa da entrada de Falcão e Moutinho, o FC Porto deu continuidade ao domínio dos 45 minutos iniciais presenteando Alex Telles e Tiquinho com golos.

O FC Porto conquista, assim, a merecida qualificação, numa fase de grupos muito equilibrada que sentenciou o Mónaco como a grande desilusão, e o Besiktas a surpresa. Mas, mais que isso, premiou uma equipa sem qualquer reforço, que se adaptou e, acima de tudo, se reinventou. Mérito a Sérgio Conceição.

Destauqes:

IN

Aboubakar - 2 golos e 1 assistência, numa exibição onde houve espaço para outros dois remates e um passe para finalização. Em 5 jogos, Aboubakar marcou 5 golos e assistiu para outros dois. Enorme fase de grupos para o camaronês.

Alex Telles - Aproveitou da melhor forma o jogo em que foi observado para a seleção do Brasil. O lateral-esquerdo esteve certo a defender, com quatro intercepções, dois desarmes e oito recuperações de bola, e no ataque brilhou ainda mais: um golo, dois passes para finalização, completou dois de cinco cruzamentos e colocou dez vezes a bola na grande área adversária.

Finalização - Com os 5 golos no jogo de ontem o FC Porto marca um total de 15, o segundo melhor registo de sempre na competição, colocando-o no top 5 das equipas mais finalizadoras da competição.

OUT

Felipe - Alex Telles e Felipe estavam a ser observados para a seleção brasileira. O 1º aproveitou da melhor forma, já o segundo não podia ter feito pior. Com uma atitude perfeitamente desnecessária, o central acabou expulso. Aos erros a nível defensivo que vem somando de há uns tempos para cá, Felipe tem-se também desdobrado em atos irrefletidos que só servem para prejudicar a equipa. Já o disse e reforço: está a precisar de banco.

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