sábado, 20 de janeiro de 2018

De Volta ao Topo

Depois do jogo deixado em suspenso no início da semana, e já com muita gente a esfregar as mãozinhas, azar dos azares, o FC Porto é novamente líder isolado e com um jogo em atraso, depois de vencer em casa o CD Tondela. 

Com um resultado curto face às oportunidades criadas pela equipa portista, os azuis e brancos esbarraram num Cláudio Ramos inspirado que evitou uma vantagem bem mais folgada para a equipa da casa com um punhado de boas intervenções. Não é por isso de estranhar que tenho sido o MVP da partida. 

O FC Porto marcou cedo e, aos 13 min já vencia, depois de Marega abrir o ativo, mas os primeiros 45 min dos portistas, embora de domínio, encontraram algumas dificuldades face a um Tondela bem organizado. Em pressão alta, a equipa visitante condicionava a construção dos dragões desde trás, impedindo que estes chegassem perto da sua baliza. Para além do golo, o FC Porto havia criado mais duas boas oportunidades para marcar, primeiro por Abou, que cabeceou ao poste e, mais tarde, por intermédio de Corona após boa combinação com Danilo.

Chegava o intervalo com uma vantagem justa para os portistas, perante um Tondela que, embora não criando oportunidades de golo, taticamente, estava a dar boa réplica condicionando com mérito o jogo portista.

Com o segundo tempo veio um FC Porto mais intenso, mais rápido e vertical no terreno de jogo, contornando melhor a pressão exercida pela equipa beirã e, com isso, criando inúmeras oportunidades de golo.

A entrada em jogo dos comandados de Sérgio Conceição colocaram em sentido a defensiva adversária, perante um domínio que se intensificou a partir do minuto 60, com o velho conhecido Ricardo Costa e, principalmente, Osorio a destacarem-se. Não conhecia o central venezuelano, mas se jogar sempre assim, valia a pena manter debaixo de olho. Quando não estavam lá os centrais, valia o guarda redes que se aplicou a fundo e realizou um total de 8 defesas. 

O caudal ofensivo do FC Porto merecia que a vantagem se dilatasse oferecendo total tranquilidade à equipa da casa. O tempo foi passando, as oportunidades sucederam-se mas o golo não aparecia. A diferença mínima deu confiança aos visitantes que, aos poucos, foram ganhando espaço no miolo portista, reduzindo o domínio azul e branco. Ao ver um jogo partido a meio-campo, Sérgio Conceição mexeu lançando Sérgio Oliveira e Hernâni, adotando um 4-3-3. 

O médio português, que tão importante seria para estabilizar o meio-campo e oferecer de novo o controlo total aos portistas, não entrou bem na partida. A situação não melhorou e, à entrada para os últimos 10', o Tondela ia crescendo cada vez mais e aproximava-se com maior perigo da baliza de José Sá. A crença tondelense deu origem a uma reta final com espaço para nervoso miudinho, mas a vantagem portista manteve-se.

DESTAQUES:

IN

DANILO - Forte a defender, como sempre, e muito interventivo no ataque. Com passada larga, foram várias as vezes que chegou a zonas mais adiantadas do terreno. Fez três remates, um deles à baliza, desperdiçando uma ocasião flagrante. Falhou apenas seis dos 59 passes que fez, tocou na bola 78 vezes e recuperou a posse em 13 ocasiões.

BRAHIMI - Embora não tão exuberante como em jogos anteriores, o argelino não passou ao lado da partida. Esteve em destaque com dois passes para finalização, 13 dribles eficazes, 19 duelos ganhos em 29 disputados e cinco faltas sofridas. 

OUT

SÉRGIO OLIVEIRA - Com os espaços a sucederem-se e com um meio-campo dividido apostaria em Oliver para oferecer a tranquilidade que a equipa portista precisava no momento da mexida. Sérgio assim não entendeu e preferiu lançar Sérgio Oliveira. O português tem sido feliz quando chamado a jogo, mas ontem passou completamente ao lado da partida, com a sua inclusão no decorrer do segundo tempo a revelar-se falhada. Não deu a solidez nem a tranquilidade que o momento pedia.

10 MINUTOS FINAIS -  Foram muitas as oportunidades criadas no segundo tempo para ampliar a vantagem, que se justificava inteiramente. Tal não aconteceu, e a diferença pela margem mínima motivou os visitantes. Ora, tal facto levou a 10 minutos finais pouco conseguidos por parte dos Dragões mas que mantiveram intacta a baliza azul e branca.

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