sábado, 27 de janeiro de 2018

Ainda Não Foi Desta...

Outrora Taça da Cerveja, desprestigiada e de pouca relevo para o FC Porto, a atual Taça CTT assumiu esta época, junto do plantel azul e branco, uma importância que nunca antes tinha recebido, muito devido ao treinador ambicioso apostado a vencer sempre que temos sentado no banco. Com maior ou menor importância o que é certo é que ainda não é desta que levamos o caneco.

Num encontro em que tivemos como adversário o Sporting Lisbon, acabamos por sair derrotados na "lotaria" dos penaltis, depois de não termos conseguido levar a bom porto a superioridade exercida sobre o adversário ao longo de praticamente 90 minutos. 

Sem se assistir a um jogo de grande nível, foi fácil de perceber que apenas uma das equipas estava realmente interessada em ganhar. Nada que não deixe de surpreender se analisarmos os últimos derbys e clássicos das equipas treinadas por Jorge Jesus. Já desde os seus últimos tempos enquanto treinador do Benfica que as suas equipas não se superiorizam quando defrontam os seus mais diretos adversários e, no Sporting, tem dado continuidade a isso mesmo. Exceção feita à sua primeira época em Alvalade. Ora, na passada quarta-feira não foi diferente e, com alguma sorte à mistura, a equipa adversária lá levou o jogo para as grandes penalidades, beneficiando depois da desinspiração portista na marca dos 11 metros.

A primeira parte, mais dividida, não foi bonita. Muitas faltas, não sobressaíam as individualidades, jogo demasiado físico entre duas equipas muito encaixadas uma na outra, saindo prejudicado o espetáculo. Entrou melhor o Sporting mas com naturalidade o FC Porto passou a tomar controlo do jogo, chegando mesmo a fazer o golo, que não contou. Chegava o intervalo com 51% de posse de bola para os azuis e brancos e quatro remates contra zero dos sportinguistas.

No segundo tempo, embora continuasse o jogo viril (a partida acabou com 28 faltas para cada lado!!), os portistas assumiram o jogo por completo sem que o adversário conseguisse esboçar qualquer oposição. Ficou-se por uma bola ao poste que caprichosamente veio parar aos braços de um Casillas seguro, que se torna sempre maior em jogos grandes. Mas já lá vamos. O FC Porto dominava, ia criando oportunidades, com a equipa de Lisboa a limitar-se a defender e a mandar a baixo com Fábio Coentrão a destacar-se neste capítulo. Aboubakar teve uma belíssima oportunidade mas Patrício negou-lhe o golo.

O jogo chegava ao fim com claro ascendente portista: 52% de posse de bola e 11 remates contra apenas dois. Apesar disso, tal não foi suficiente para evitar a decisão por grandes penalidades. Herrera falhou, Abou falhou, Brahimi falhou. Podemos dizer que não temos sorte, mas elas foram mal marcadinhas e quando assim é, nem um grande Iker nos vale.

Era bom poder chegar à final e vencer pela primeira vez esta competição, mas este resultado não belisca em nada o que de bom tem feito este FC Porto até então. 

DESTAQUES

IN

CASILLAS - Para além da excelência e qualidade que transporta para qualquer jogo que vá, em jogos de especial dificuldade parece que o guardião espanhol se agiganta ainda mais. Se no decorrer dos 90' o nosso rival não lhe deu que fazer, Iker aproveitou as grandes penalidades para fazer isso mesmo, pena que os seus companheiros não lhe tenham seguido o nível. Ao contrário do que parecia que queriam fazer crer o "melhor guarda-redes do mundo" Rui Patrício, defendeu tanto quanto Casillas.

WARIS - Destaque para a estreia do reforço. Não deu para ver muito à excepção da grande categoria com que marcou a sua grande penalidade.

OUT

VAR - Começam a ser recorrentes os destaques negativos atribuídos ao VAR, proporcionais aos erros também eles recorrentes do mesmo. Neste jogo é assinalado um fora de jogo muito duvidoso ao FC Porto onde é impossível ter certezas que Tiquinho está adiantado, como de costume decidiu-se em prejuízo do FC Porto.

DOMÍNIO SEM FRUTOS - É sempre bom sermos superiores aos nossos adversários, principalmente quando são adversários diretos, mas já não é positivo quando dominamos e não vencemos. Aconteceu-o com o Sporting, com o Benfica e novamente com a equipa de JJ.
 

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