sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

O Triste Hábito de Complicar

Depois da eliminação na TAÇA CTT, frente ao SPORTING CP, deixando para trás um dos objetivos da época e, após o empate do outro rival, em Belém, conquistar os três pontos em Moreira de Cónegos era, mais do que importante, imprescindível. No entanto, num jogo com falhanços a vários níveis, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO volta a claudicar, num passo de risco na luta pelo título.



O COMENDADOR JOAQUIM DE ALMEIDA FREITAS era o palco ideal para o regresso dos dragões às vitórias e as razões eram várias. Em primeiro lugar, os dragões vinham dessa mencionada derrota frente aos leões, uma derrota que precisava ser ultrapassada o quanto antes. Depois, nas contas do campeonato, os azuis e brancos terminariam a jornada com mais quatro pontos que o rival da LUZ, ainda com o jogo frente ao ESTORIL PRAIA CF por terminar, pressionando o SPORTING para a receção ao VITÓRIA SC, entrando a equipa de jorge JESUS, à condição, com quatro pontos de desvantagem.
Além disso, o FC PORTO tem pela frente um mês de decisões, nas frentes que lhe restam e um mau resultado frente ao MOREIRENSE FC colocaria certamente uma pressão extra na equipa de SÉRGIO CONCEIÇÃO. Assim sendo, os dados estavam lançados.

Nas quatro linhas, PAULINHO um dos mais "sonantes" reforços do último defeso, foi a novidade no onze azul e branco. No miolo do terreno e, na ausência de DANILO pereira, ÓLIVER torres foi o "parceiro" de héctor HERRERA jogando, na frente, a habitual dupla moussa MAREGA e vincent ABOUBAKAR. E se no onze portista nada houve de muito surpreendente, aquilo que, tática, ténica e até fisicamente os jogadores ofereceram foi de lamentar o fecho de mercado.

No primeiro tempo e, não obstante o controlo do jogo, os Dragões foram parcos em ideias. A construção de jogo ficou a cargo de HERRERA e ÓLIVER, o que lhes retirou a possibilidade de jogar mais à frente. Assim, o jogo interior para o qual CONCEIÇÃO preparou a sua equipa ficou reduzida ao aparecimento de BRAHIMI (quase sempre com bola) e do estreante PAULINHO que, embora os bons promenores, mostrou uma natural falta de entrosamento com os companheiros. Assim, o jogo do FC PORTO teve que ser feito através da subida dos laterais e nas habituais desmarcações nas costas da defesa contrária, solicitando, quer ABOUBAKAR, quer MAREGA. Numa primeira parte pobre, os pés direitos de ÓLIVER e PAULINHO e o esquerdo de yacine BRAHIMI tiveram as unicas situações de golo.

No segundo tempo, o FC PORTO passou a fazer a construção através de ÓLIVER, alargando os centrais e dando perfundidade a RICARDO pereira e alex TELLES mas, a alteração tática não mudou a passividade portista. O jogo de ÓLIVER e HERRERA não foi o melhor. RICARDO, mais comedido que o costume e BRAHIMI a fazer um dos piores jogos da época, a ainda uma dupla no ataque sem bola para fazer golos. A partir dos 60 minutos e, começando a olhar para o relógio, a pressão do FC PORTO começa a ser feita mais em cima (finalmente) e SOARES avança para jogo levando consigo, as bolas na área que só pecaram por tardio.

Sem que JOSÉ SÁ tivesse alguma hipótese de aparecer em jogo, tamanho era o dominio azul e branco, CONCEIÇÃO lançou ainda majeed WARIS e as oportunidades, mesmo que a maior parte das vezes aos trambolhões, foram-se sucedendo. E quando não era a incompetência azul e branca a estar, pela negativa, em evidência, mais uma vez e como em tantos outros jogos, o trabalho da equipa de arbitragem juntamente com o famoso VAR, não ajudam, com mais uma grande penalidade e um golo (legal) subtraídos.

Assim, tal como na época passada o FC PORTO dá-se mal com os tropeções dos adversários, num mau hábito que contrasta com a história do clube. Em Moreira de Cónegos ficou, mesmo que com erros que não são culpa sua e frente a um MOREIRENSE sem as abébias de outros jogos, ficou uma exibição amorfa e um exemplo daquilo que não devemos ter daqui para a frente. Como referi, num mês de decisões, com SPORTING, na TAÇA DE PORTUGAL PLACARD e na LIGA NOS, com LIVERPOOL FC para a prova milionária e onde se segue o SC BRAGA, há que arrepiar caminho  e, mais do que ter um sem número de adeptos a acreditar e a apoiar, há que fazer com que esse mar azul continue. Crença existe, confiança também mas a margem para falhar é quase inexistente.

DESTAQUES

IN

PAULINHO - Apesar do jogo coletivo menos conseguido bons promenores com a bola nos pés. Ansiamos novas aparições.

Alex TELLES - RICARDO - O défice fisico foi evidente, ainda assim dos mais esclarecidos do FC PORTO.

FELIPE - Lesionado durante uma boa parte do tempo de jogo, evitou paragens e aguentou até ao fim.

OUT

CONCEIÇÃO - Dia menos para o técnico portista. SOARES tarde e sérgio OLIVEIRA sem se perceber muito bem.

VAR - As queixas continuas, mas as vitórias do VAR sobre o FC PORTO também.

por Fábio Daniel Ferreira

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