domingo, 2 de abril de 2017

Vontade Imensa que Não Foi Além do Empate

Tudo na mesma.
Era com grande expectativa que aguardávamos pelo jogo da luz. Depois de desperdiçada a oportunidade de assaltar o primeiro lugar na jornada passada e a frustração que isso trouxe consigo, a paragem para as seleções trouxe a oportunidade de limpar a cabeça e recuperar psicologicamente do desaire inesperado.

Era na luz que se aguardava que o FC Porto corrigisse o enorme erro consentido em casa frente ao Vitória de Setúbal porém, o equilíbrio de forças entre as duas melhores equipas do campeonato, acabou num empate e deixou tudo na mesma.

O jogo começou praticamente com um penalti para a equipa da casa. Perentório, Carlos Xistra teve menos dúvidas do que quem vê o lance pela televisão, e de imediato assinalou penalti que Jonas viria a converter.

Era importante o FC Porto entrar forte e dominador, assustar os vermelhos, e fazê-los encolher como tão bem sabem fazer em jogos contra equipas do seu nível, mas não aconteceu. A equipa da casa entrou melhor e o FC Porto sentiu algumas dificuldades em contestar o seu domínio. A reação e recuperação portista apenas se começou a fazer sentir à passagem do minuto 20'. Daí em diante, os azuis e brancos foram crescendo gradualmente, e a imagem que passava era de uma equipa a ganhar confiança e a partir em busca da baliza adversária. À meia hora de jogo registava 58% de posse de bola, embora apenas dois remates, e uma eficácia de passe de 81%.

O intervalo chegava depois de uma partida intensa que deu espaço para ambas as equipas infligirem a outra ao seu domínio. Maior pendor para o FC Porto, influenciado pela necessidade da correr atrás do prejuízo da desvantagem no marcador.

No segundo tempo o FC Porto entrou apostado em chegar à igualdade e, 4 minutos corridos do início do segundo tempo, Maxi Pereira a faturar em pleno estádio da luz. Quantos de nós já não havíamos imaginado este cenário? Finalmente aconteceu ontem.
Numa jogada de insistência e entre ressaltos, a bola sobrou para o defesa uruguaio que, à ponta de lança, enviou a redondinha para o fundo da baliza de Ederson.
Estava feito o empate, no terceiro remate em 4 minutos, comprovando a grande entrada do FC Porto no segundo tempo.

O golo portista alcançado com tanto tempo para se jogar galvanizou os adeptos e assustou a equipa da casa, e a necessidade de Júlio César de fazer levantar um estádio facilmente silenciado pelos adeptos portistas, mostrava isso mesmo. O FC Porto viria ainda a dispor de uma oportunidade por parte de Tiquinho Soares tendo o guarda redes adversário levado a melhor sobre o seu compatriota. Contudo, a boa entrada do FC Porto foi sol de pouca dura, e o Benfica depressa começou a crescer na partida e obrigou os azuis e brancos a recuar. Na fase de maior aperto valeu Iker Casillas com excelentes intervenções a segurarem o empate que, embora não servisse as nossas aspirações era, sem qualquer dúvida, bem mais positivo do que a derrota.

Não deixa também de ser curioso que algumas das melhores exibições do guarda redes espanhol sejam perante aqueles que, a todo o custo, tentam diminuir os méritos de Casillas.

O jogo terminou empatado. O FC Porto deixou, a partir de ontem, de depender apenas de si mas a confiança de que podemos ser campeões continua intacta. Acredito nesta equipa e se muitas vezes critiquei a postura do seu treinador ou a forma como foi preparada a época, estes jogadores, NES e, acima de tudo nós, adeptos, merecemos ser campeões. A garra e espírito que este plantel construiu e a forma como os adeptos se uniram em torno dos seus jogadores só merecem um desfecho azul e branco.

Sem comentários:

Enviar um comentário