terça-feira, 31 de outubro de 2017

Sociedade Africana Decide o Derbi

Depois da vitória dos dois rivais, na véspera, só os três pontos no BESSA devolviam a liderança da LIGA NOS ao FC PORTO. Num dérbi que se manteve equilibrado, o trio africano dos dragões acabou por se revelar decisivo.

Para o dérbi da invicta, e na antecâmara da receção (decisiva) ao RB LEIPZIG, SÉRGIO CONCEIÇÃO não operou nenhuma alteração em relação ao último jogo da LIGA NOS. Assim sendo, e além da questão JOSÉ SÁ, que voltou a ser titular, DANILO pereira e héctor HERRERA fizeram dupla no meio campo, ficando o ataque entregue a jesus CORONA e yacine BRAHIMI, nas alas, e moussa MAREGA e vincent ABOUBAKAR mais adiantados.
Em relação ao BOAVISTA FC, que desde a chegada de JORGE SIMÃO contava para a liga com três vitórias e um empate, e que vinha precisamente de uma vitória no terreno do GD ESTORIL PRAIA, por 3-0, chegava motivado ao dérbi e com duas modificações no onze: YUSUPHA nije substituiu RUI PEDRO, emprestado pelos dragões, e KUKA entrou para o lugar de MATEUS.
Na primeira parte, e não obstante o FC PORTO ter começado por cima, o equilíbrio a meio campo e a intensidade nos duelos (bem à moda do Porto) imperaram. O BOAVISTA FC, com mais homens na zona central do meio campo, foi competente ao contrariar o jogo dos dragões que raramente viram a sua dupla atacante a receber a bola em perfeitas condições. No ataque axadrezado, o gambiano YUSUPHA era a principal dor de cabeça para a defesa portista (FELIPE que o diga). De destaque, perto das balizas, apenas dois lances, que espelham o que foi o jogo até ao intervalo: o calcanhar de YUSUPHA, que obrigou JOSÉ SÁ a uma importante intervenção, e o remate do mexicano CORONA, já perto do descanso, que assustou VÁGNER.
No segundo tempo, o FC PORTO entrou para melhor. Com linhas mais subidas e mais intensidade defensiva, a equipa de SÉRGIO CONCEIÇÃO mostrou desde cedo que queria resolver o jogo. Assim sendo, e com apenas 5 minutos jogados, ABOUBAKAR fez de terceiro médio, ao receber a bola na zona central e, depois de um túnel sobre um adversário solicitar CORONA. O mexicano cruzou da direita para BRAHIMI que, ao segundo poste, desviou para o camaronês inaugurar o marcador.
Feito o mais difícil, o FC PORTO ia controlando o encontro continuando a imprimir mais velocidade nos seus processos perante um BOAVISTA FC que continuava organizado e bem na luta pelos pontos. Fábio ESPINHO, num livre que ainda desviou em HERRERA, foi um lance quase isolado no domínio azul e branco.
Com a desvantagem, JORGE SIMÃO foi o primeiro a mexer, lançando MATEUS para o lugar do desinspirado KUKA, respondendo CONCEIÇÃO com a entrada de ANDRÉ ANDRÉ, rendendo CORONA, para preencher e dar outra segurança ao meio campo. No entanto, entre ameaços perto das balizas, o técnico boavisteiro tentou um assalto mais assertivo à área azul e branca, com as entradas dos atacantes ROCHINHA e leonardo RUIZ, mas frente a um FC PORTO em estado de graça na liga, revelou-se fatal. A saída de um central juntamente com a alteração de sistema criou uma cratera na defesa do BOAVISTA FC e, depois de HERRERA, na cara de VÁGNER, ter ameaçado, o próprio mexicano assistiu logo a seguir MAREGA, que aproveitou para matar o jogo, com dez minutos para jogar.

O FC PORTO, que passou a partir daí a pensar no jogo da champions,, comecou a gerir o jogo mas, com o BOAVISTA FC, completamente partido ainda aproveitou para aumentar a vantagem. Depois de um camaronês e de um maliano, foi a vez do argelino BRAHIMI concluir, na cara de VÁGNER, um jogo que se adivinhava mais complicado. Ainda andes do apito final, MAREGA acertou ainda com estrondo na trave, estando em iminência o quarto golo.
Com a nona vitória em dez jornadas, o trio africano coloca o FC PORTO de novo no topo da classificação da LIGA NOS numa demonstração, mais uma, de força e qualidade da equipa azul e branca. A vitória no BESSA, frente a um BOAVISTA FC que apresentou qualidade e argumentos para contrariar o dragão, abre ainda o apetite para o jogo de quarta-feira, frente ao RB LEIPZIG, onde a vitória é essencial e onde todos contamos com a presença do perfume africano.


Destaques:

IN

HERRERA - É do plantel o jogador com a crítica mais fácil e frente ao BOAVISTA mostrou o porquê de ser um habitual titular. Uma assistência e um conjunto de boas decisões. Grande jogo.

ÁFRICA MINHA - Ora marca ABOUBA, ora marca MAREGA, ora BRAHIMI molha a sopa. No sábado, marcaram os três. Outrora assobiados, agora são acarinhados.

MAR AZUL - Mais uma vez, uma bancada cheia e uma onda a empurrar a equipa. A “rotunda” foi pequena para tanto azul.

OUT
GOLO AMARELADO - Confesso que ainda não percebi o amarelo a ABOUBAKAR. Roça o ridículo.

por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

2 comentários:

  1. Boa noite, Muralha Azul.

    Na primeira parte, não fomos dominantes como devemos ser e não conseguimos fazer bem a ligação de setores. Contudo, não concordo com a opinião de muita gente de que o Boavista foi superior. Fizeram um remate, à baliza, e assim como nós, embora o nosso tenha ido por cima. Engraçado é ver o nosso adversário dizer que uma aproximação do Kuca com bola ser uma ocasião de golo… por favor…

    Na segunda parte, fomos mais agressivos e compactos, chegando ao golo e gerindo bem o jogo, embora apanhando com um susto ou outro. O nosso mister mexeu bem no jogo e soubemos aproveitar bem os espaços dados pelos nosso adversário.

    Foi um jogo complicado, com um rival, durinho mas com bons argumentos. Em suma, uma grande vitória para nós. Agora é manter este caminho e confiança, pois os próximos dois jogos, até à paragem de selecções, vão ser muito importantes.

    Cumprimentos,
    BMF

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    1. Caro BMF,

      Uma vez mais concordo com a sua visão. Efetivamente os jogadores regressaram para o segundo tempo dispostos a corrigir o que correu mal no primeiro, e assim foi.

      A par disso assistiu-se ao já comum jogo do "bota abaixo" a que o Boavista já nos acostumou sempre que nos defronta. Não deixa igualmente de ser verdade que o nosso adversário deu uma boa replica no primeiro tempo, pese embora o exagero das palavras do seu treinador.

      Em suma, um bom dérbi da invicta e a vitória num campo difícil.

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