quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Aguenta, Veríssimo. Aguenta Que Estamos em 1º!

Em dia de clássico na segunda circular, o FC Porto tinha a oportunidade de se descolar dos seus rivais. Fosse qual fosse o resultado, em caso de vitória azul e branca, os portistas beneficiariam sempre do que de lá saísse, e assim aconteceu. Com alguma dificuldade e com um Fábio Veríssimo que não se inibiu de mostrar ao que ia, o FC Porto está, novamente, isolado na frente da classificação tirando partido do resultado que melhor serviria os interesses da equipa.

Na globalidade, não se assistiu a um grande espetáculo de futebol. O jogo iniciou-se com algumas dificuldades para a equipa de Sérgio Conceição em construir jogo, fruto de um Feirense bem organizado e pressionante quando a equipa portista tentava aproximar-se da sua baliza, pelo que a posse de bola dos dragões se ia fazendo maioritariamente no seu meio-campo. Não é, por isso, de estranhar que à passagem do quarto de hora, pese embora os 75% de posse de bola para os visitantes, registava-se apenas 1 remate. 

O FC Porto inauguraria o marcador aos 22', após uma boa jogada de Brahimi, completada pelo inevitável Aboubakar. A vantagem duraria pouco tempo, e o empate foi restabelecido aos 27 min. Os portistas não aproveitaram a mais-valia de se adiantarem cedo no marcador e, com isso, explorarem uma maior exposição ao risco da equipa da casa. Com o empate quase imediato, as dificuldades que se vinham a sentir até então voltaram a assombrar a exibição em Sta. Maria da Feira. Os azuis e brancos acusaram o golo do empate e, pese embora a elevada percentagem de posse de bola (72%) eram poucas as oportunidades criadas pela equipa, chegando ao intervalo empatada a 1 golo.

O segundo tempo iniciou-se sob a batuta com que acabou o primeiro e, como tal, Sérgio Conceição mexeu, tirando André André (com uma exibição muito abaixo do exigível) e lançou Oliver. Naturalmente que, com o espanhol em campo, vimos melhorias no jogo azul e branco. Perante a dificuldade em  encontrar espaços e construir, as virtudes do pequeno médio trouxeram maior critério e qualidade na construção portista, ainda que insuficientes para quebrar a barreira defensiva do Feirense. Aos 70', os Dragões tinham feito apenas dois remates desde o inicio da segunda-parte.

Aos 76 min, o FC Porto retirou vantagem das bolas paradas, que tão úteis têm sido esta época, e colocou-se novamente na frente do marcador, depois de uma cabeçada de Felipe que não deu hipóteses a Caio Secco. Foi o sexto remate dos portistas na segunda parte, primeiro enquadrado, na sequência do seu décimo canto.

Até final da partida manteve-se tudo igual, excepção feita à expulsão ridícula de Felipe. É precisamente por aqui que podemos aproveitar para falar da exibição absolutamente vergonhosa de Fábio Veríssimo, acompanhada ao mesmo nível por Bruno Paixão, o VAR. 

Na primeira-parte, o senhor do apito já tinha dado um ar da sua graça, ao perdoar uma expulsão a Kakuba após uma entrada assassinada sobre Brahimi. No segundo tempo, e com o resultado empatado, talvez ao ver que estava mais próximo do seu objetivo, Verrísimo não teve problemas em tentar travar de todas as formas possíveis o FC Porto. A cereja no topo do bolo foi ver o artista fazer de um lançamento um livre perigoso e levar a bola para ser batida a falta. Só a faltou meter lá dentro. Aguenta, Veríssimo. Aguenta que estamos em 1º. Não te correu bem, mas que tentaste, isso é inegável.

Destaques: 

IN

ESPÍRITO DE EQUIPA - Se a qualidade de jogo portista não foi de encher o olho, a raça, crença e sacrifício daqueles que estiveram em campo eclipsaram qualquer exibição menos conseguida. Foi graças a isso que levamos de vencida a partida, e certamente que terá de ser assim muitas mais vezes neste campeonato. Não vai ser só jogando bem que lá vamos.

BRAHIMI - Para além da assistência para o 1-0, o extremo rematou três vezes, duas delas enquadradas, ganhou dez dos 18 duelos em que participou e teve sucesso em cinco das seis tentativas de drible, duas delas na grande área adversária.

OUT

3ª OPÇÃO - Não deixa de ser estranho ver Oliver como a terceira opção para ocupar o meio-campo ao lado de Danilo. A. André foi chamado a render o mexicano e não correspondeu. Por sua vez, Oliver aproveitou a oportunidade dada. Espero ver o espanhol no 11 na próxima jornada.

2 comentários:

  1. Boa tarde, Muralha.

    Com uma arbitragem destas e com o joguinho pequeno do Feirense, que abdicou por completo de atacar, não há vontade de falar do jogo jogado.

    Só há a dizer que Fábio Veríssimo, semana após semana, demonstra que não tem capacidades técnicas e mentais para arbitrar na Primeira Liga, quanto mais ser árbitro FIFA. No fundo, ele representa atualmente na totalidade a arbitragem portuguesa. UMA VERGONHA!

    Como é que este indivíduo ainda pode ir a apresentações escolares pedir aplausos para os árbitros quando, recorrente, se vêem erros grosseiros e propositados e subidas ao primeiro escalão que são totalmente manipuladas?

    Mais um grande texto de qualidade da vossa parte e com que me identifico por completo.

    Um abraço,
    BMF

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    1. Caro BMF,

      Sem dúvida. É mesmo isso, Fábio Martins é um dos rostos da vergonha que é a arbitragem portuguesa, e como se não bastasse tinha Bruno Paixão como VAR, outro grande atestado à "qualidade" dos nossos árbitros.

      Valeu tudo, mas a nossa vontade valeu muito mais!

      Um abraço

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