quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Todos os Caminhos Vão Dar à Champions

Enormes, Incrível, Nostálgico.

É ainda toldado pelo efeito da vitória de ontem que me sento a escrever sobre o AS Roma 0-3 FC Porto.

É desta forma que caracterizo a vitória de ontem: enormes pelo jogo, incrível pelo resultado e nostálgico pelo sentimento de Porto que há muito não se via e foi logo ali, no Olímpico de Roma.

Se há jogo pelo qual há muito a dizer é o de ontem, pela partida em si, pela importância ao nível financeiro, bem como tudo o que representa uma vitória como esta para a alma da equipa e do universo azul e branco.

Na análise ao jogo da 1ª mão disse: “Vamos para Roma com a tarefa dificultada e com a certeza que a entrada no jogo de ontem não se pode repetir, caso contrário jogando fora, podemos vir a passar sérias dificuldades.”

Não só não entramos como no primeiro jogo, como o fizemos de forma forte e atrevida. A estratégia estava bem montada, não nos encolhemos e com um meio campo ciente da sua importância para o resultado final, fomos fechando os caminhos romanos.

Foi logo ao min 8 que se abriu o marcador, Felipe foi quem subiu lá acima e, desta vez na baliza certa, empurrou para o 0-1.

À frente na eliminatória, era preciso ter cabeça, mais que a que teve o central brasileiro e o FC Porto teve-a, sendo agraciado pela expulsão de De Rossi ao min 39.

Os Deuses (não os Romanos, certamente) pareciam estar do nosso lado e a vantagem portista podia ter sido dilatada mesmo antes de acabar a primeira-parte.

A união que fez a força
O segundo-tempo exigia um FC Porto focado e ao nível do que iniciou o primeiro, embora com menos um a Roma tinha de correr atrás do prejuízo. Os italianos não só não o conseguiram fazer fruto da nossa boa organização, como se hipotecaram ainda mais e, talvez por novo toque divino, os Romanos viram as suas fileiras passar de 10 para 9 homens, depois de uma entrada violenta de Palmieri sobre Corona, corria o min 50.

A tarefa facilitava-se ainda mais, mas foi com 9 que a Roma fez recuar o FC Porto demasiado tempo. Foi entre calafrios e ataques rápidos do adversário que os Dragões sentenciaram o jogo, 0-2 por Layún aos 73’.

Não satisfeito, dois minutos depois, ainda houve tempo para a machadada final no “império” Romano. Corona foi o carrasco.

O jogo terminou assim: 0-3 e o FC Porto continua a marcar presença no restrito lote de clubes com maior número de participações na Champions. Fomos equipa, e jogamos como tínhamos de jogar.

A vitória é importante, o contributo financeiro que esta traz também o é mas, acima de tudo, fomos Porto dentro de campo de início ao fim, aquilo pela qual já tanto aguardávamos.

Depois de nos quererem ver mortos, rezarem eliminações e por números contundentes aí estamos, e qual a melhor maneira de os ver engolir em seco? Esta mesmo.

Numa cidade rica em ruínas, venceu a Muralha Azul e Branca.

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