quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Fácil Que Se Fez Difícil

Na análise ao jogo na Bélgica contra este mesmo Club Brugges lamentava o facto de, dobrada a primeira volta da fase de grupos, não existir um jogo que podessemos considerar de bom. Feito mais um, a opinião mantém-se.

De lá para cá, manteve-se o nível exibicional e o sofrimento. Se há duas semanas sofremos com um jogo empatado até aos minutos finais ontem, foi pela sensação de um empate iminente também até aos últimos suspiros da partida.

Depois de estar a vencer, o FC Porto colocou-se numa posição tudo menos necessária. Não teve capacidade para resolver o jogo e presenteou os adeptos com uma segunda-parte sofrível e de baixo rendimento que de positivo, apenas teve o teste à sua defesa e guarda-redes. Aqui, não nos podemos queixar! O quarteto defensivo liderado por Felipe e resguardado lá atrás por Casillas, foi dando mostras de boa saúde por sua vez, o seu meio-campo foi deixando de cabelos em pé alguns adeptos mais ansiosos que não se coibiram de assobiar a equipa.

O primeiro-tempo, sem grande exuberância, teve maior pendor para o lado do FC Porto, que merecia a vantagem de 1-0 à entrada para os balneários.
A equipa foi crescendo e criava algumas oportunidades que acabaram com um golo de André Silva. Ao intervalo o FC Porto contabilizava 64% de posse de bola, 80% de passes certos, 23 entradas na área, 11 remates contudo, apenas dois na direção da baliza.

A segunda-parte exigia continuação no crescendo da equipa, matar o jogo e controlar até final, mas não foi isso que aconteceu e os portistas ofereceram ao modesto Brugges a esperança de levar da Invicta outro resultado que não a derrota.
Do meio-campo apenas se destacava o gigante Danilo Pereira, daí para a frente a desorganização, reação lenta, e pouca pressão imperavam o que obrigou NES a mexer.

O crescimento dos belgas foi de tal forma que o FC Porto apenas esboçava reação através de contra-ataques rápidos.
Em resumo, uma segunda-parte pequenina à imagem do comportamento da equipa, que parecia não dar para mais.

NES falou da falta de eficácia, tivesse sido apenas esse o problema e estaríamos bem.
O mau jogo portista (essencialmente na segunda-parte) deveu-se sobretudo à sua zona intermédia. Quer Herrera, Otávio ou Óliver não estavam em "noite sim" e a equipa padeceu disso mesmo, com tão pouca entrega e velocidade era difícil tomar o controlo do jogo.

Uma verdadeira Muralha
Destaques

Danilo - Mais uma exibição exemplar do médio português, no meio de tão pouco vigor o médio teve de sobra para os restantes companheiros. Fez 44 passes, acertou 91% deles, ganhou 17 dos 21 duelos que disputou, nove de dez aéreos, e ainda fez oito alívios e recuperou oito vezes a bola.

Felipe - Se há melhorias no setor defensivo, muito se tem devido a Felipe. Imponente e mandão, liderou a defesa quando o resto da equipa os entregou aos Belgas. No total realizou 16 acções defensivas, entre elas nove alívios.

Pré-clássico - O jogo de ontem serviu para ver tudo aquilo que não interesse para o jogo do próximo fim-de-semana contra o rival Benfica. No final do jogo Oliver falou em "deixar tudo em campo"
no próximo jogo, e é isso mesmo que se  exige, caso contrário e não sairá do Dragão um resultado que sirva os nossos interesses.

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