terça-feira, 30 de agosto de 2016

Saber (Re)agir

O FUTEBOL CLUBE DO PORTO sofreu, no domingo, a primeira derrota na LIGA NOS, isto, na semana em que, não só garantiu a entrada na fase de grupos da LIGA DOS CAMPEÕES - com uma categórica vitória em Roma -, como viu ainda ÓLIVER torres e diogo JOTA serem garantidos como reforços. Por outro lado, a semana dos leões, ficou marcada, também, pelas várias notícias sobre o mercado, com entradas e saídas, mas ainda pelas declarações do seu presidente elogiando - digo bem – elogiando o Conselho de Arbitragem da Liga que reagiu, elegendo o novato e lisboeta TIAGO MARTINS para o jogo de domingo. E siga o clássico.

NUNO ESPÍRITO SANTO, a meu ver, preparou a melhor estratégia para o clássico. E não só o Dragão entrou bem, como acabou por se adiantar no marcador. Tal como em Roma, foi o brasileiro FELIPE a faturar. A entrada forte deveu-se ao meio-campo. Não em pressão alta, mas uma forte pressão na zona central do campo com andré ANDRÉ, hector HERRERA, DANILO pereira e até OTÁVIO que, defensivamente, fechava por dentro. Com isso, conseguimos recuperar várias bolas e, devido à superioridade e ao desdobramento de OTÁVIO e ANDRÉ, íamos dando sequência, saíndo quase sempre bem com bola controlada. Com isso, o Sporting CP e a estratégia de JORGE JESUS estavam dominados.
O 11 para o jogo de futebol


No entanto, o treinador do SPORTING, não a tempo de evitar o golo mas a tempo de uma reviravolta, mexeu no jogo. A zona onde os leões não conseguiam ser superiores contaria com mais um homem, BRUNO CÉSAR. E isso refletiu-se em duas coisas: a primeira, mais jogo para WIILLIAM CARVALHO e depois, espaço nas alas onde apareceriam, além dos laterais e do ala GELSON, ÁDRIEN silva, bryan RUIZ e até islam SLIMANI. Objetivo simples. Colocar mais um homem no meio para, curiosamente, jogar por fora.

Bem, e isso foi visível durante alguns minutos mas, se seria suficiente, não sabemos. E este clássico deve-nos isso. Aliás, a partir daí, o jogo deixa de ser para comentadores de táticas e passa para comentadores de arbitragem. Como tal, o Sporting tentou dar uma bofetada no jogo e sebastian COATES levou à letra com o ANDRÉ SILVA por perto. O miúdo lá ficou por terra, mas a queda mais bonita foi a do argelino leonino que lá foi assinalada como falta. Bem, devo ser mesmo negativista para dizer à minha esposa e aos meus pais, que me acompanhavam, que não queria ver o livre. Pois bem, bola no poste, no peito e, parece-me, no braço de GELSON e é SLIMANI que garante o empate. Logo de seguida, e num filme já visto, é o braço de RUIZ a ser ignorado pelo juiz e que origina o 2-1.

A história do jogo podia muito bem ter ficado por aqui, e por um fora de jogo inexistente a ANDRÉ SILVA, umas quantas cotoveladas e entradas mais duras de SLIMANI, WILLIAM e ADRIEN, mas é bem mais que isto.

Se podíamos ter visto outro clássico, podíamos, é certo, mas não é menos certo que podíamos ter visto um FC PORTO diferente e a saber reagir. Até porque falar da péssima arbitragem e não falar nos péssimos 90 minutos de HERRERA é ser incoerente. Além disso, NUNO viu o jogo de Roma pesar nas pernas de OTÁVIO e ANDRÉ e lançou ao intervalo ÓLIVER numa jogada de risco e que não teve o desejado rendimento.

Para finalizar, e porque este clássico teve contornos especiais, digo que NUNO vai pagando (por enquanto) o preço de uma má gestão da SAD azul e branca nos últimos anos, mas, não sendo a minha primeira, segunda ou terceira opção, faz-me acreditar que algo possa mudar. Para isso, há que saber reagir.

PS: visto que o campeonato vai sofrer uma paragem, sempre podemos tirar um tempinho para ver o filho do presidente do Conselho de Disciplina da Liga em ação. Para os interessados, ACADEMIA SPORTING em Alcochete. Fica a dica.

Destaques

Felipe - Segundo jogo a marcar. Mais que isso, de jogo para jogo os posicionamentos e tempos de entrada vão tendo melhorias. Com eliaquim MANGALA ao lado...

Otávio - Continuo a adorar o miúdo. Ataca, defende, passa, finta e... até sozinho vai criando (inventando) jogadas.

Depoitre - Não rematou nenhuma vez mas... gostei. Muito bem de costas para a baliza e na entrega ao jogo. Ganhamos físico na frente e passamos a chegar mais perto da área adversária.

Casillas - Um lance infeliz num cruzamento não mancha a forma como defendeu o FC PORTO. Quer na injustiça que sentiu dentro do campo, quer no flash interview.



por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

2 comentários:

  1. Meu caro, se refletir, você limita-se a escrever o que estabelechiment lisbonense decidiu que assim fosse. Na minha opinião, o jogo muda concretamente por cinco razões:
    - o árbitro inclina o campo propositadamente.
    - o Desportivo, com a complacência do dito começa a bater forte.
    - a sorte do jogo esteve com Jesus.
    - fomos absolutamente inexperientes.
    - na 2ª parte não houve jogo porque o Porto rebentou e o Desportivo continuou alegremente com o seu jogo sujo.

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    1. Amigo ega,

      Repare que o que diz não é muito diferente do que falou o Fábio no seu texto.
      Fomos prejudicados e isso não pode, nem deve nunca ser branqueado. Mas analisando o jogo devem ser percorridos todos os momentos do mesmo, os erros que nos prejudicaram e os nossos próprios erros.

      Um abraço.

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