Inglaterra e FC Porto é algo que não tem vindo a combinar e, para nosso mal, assim continua.
O último golo portista em terras de sua majestade foi apontado por Mariano González quando fez o 2-2 em Old Trafford, já lá vão seis anos. De lá para cá só derrotas.
O FC Porto tinha ontem nova oportunidade de contrariar a história, ao invés disso, fez-lhe ganhar mais esta, que nos vai batendo de goleada. Porém, no meio de novo dissabor, sejamos claros, sem futebol não se quebram enguiços.

A primeira-parte é de fácil e rápida análise: pobre.
Os comandados de NES não conseguiram fazer algo digno de destaque e aquelas dificuldades que já vêm sido recorrentes, saltaram ainda mais à vista perante um adversário que faz da organização e contra-ataque as suas melhores armas.
Com uma linha intermédia de quatro, chegou a ser revoltante a incapacidade de a ver a construir jogo com um desfecho que se resumia a três opções:
- depois de chegar ao centro, a bola era novamente remetida à defesa;
- um dos médios chutava para a frente para a corrida infrutífera de André Silva;
- feitos dois passes, estava a bola na posse do adversário.
Perante isto, era muito difícil fazer-se um bom jogo e, acima de tudo, contrariar o resultado de 1-0 estabelecido por um já velho conhecido nosso.
Terminado o 1º tempo ia-se destacando Danilo, fez 22 entregas de bola, com 91% de eficácia, ganhou todos os sete duelos em que participou e registou sete alívios.
Regressada do balneário a equipa portista começou a 2ª parte à imagem da 1ª e só as alterações conseguiram dar alguma cor ao jogo cinzento que íamos assistindo.
Herrera e Diogo Jota trouxeram velocidade e algumas ideias e, a pouco e pouco, o FC Porto foi crescendo.
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Tão só lá na frente |
Resultado final 1-0 e a derrota de uma equipa que teima em não ser consistente. O fraco primeiro tempo foi preponderante para o resultado final que penalizou uma equipa lenta e sem ideias, onde se vão destacando Otávio e Danilo Pereira.
Há quem se queixe da falta de eficácia, mas uns últimos 25' mais desenvoltos por parte do FC Porto não podem apagar o que se viu até aí e resumir um jogo à falta de eficácia na hora do remate.
Lembram-se daquele grupo acessível? Pois é, eu também me lembro.
Disse-o e continuarei a dizê-lo: Nuno será sempre o menos culpado, mas o que é certo é que a montanha-russa que são as exibições e resultados portistas têm de ser contrariadas, bem como os erros que se vêem sempre assistindo jogo após jogo.
NES terá de mostrar que sabe mais que isto.