terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sem Futebol Não Se Quebram Enguiços

Era um jogo contra a história e esta levou a melhor...mais uma vez.

Inglaterra e FC Porto é algo que não tem vindo a combinar e, para nosso mal, assim continua.
O último golo portista em terras de sua majestade foi apontado por Mariano González quando fez o 2-2 em Old Trafford, já lá vão seis anos. De lá para cá só derrotas.

O FC Porto tinha ontem nova oportunidade de contrariar a história, ao invés disso, fez-lhe ganhar mais esta, que nos vai batendo de goleada. Porém, no meio de novo dissabor, sejamos claros, sem futebol não se quebram enguiços.

Há jogos em que manifestamente só falta o golo e o azar é quem leva com as responsabilidades. Ontem, se nos podemos até queixar de uma bola ao poste, não há desculpas. Jogamos pouco e quando assim é, mais reduzidas são as probabilidades de se vencer uma partida.

A primeira-parte é de fácil e rápida análise: pobre.
Os comandados de NES não conseguiram fazer algo digno de destaque e aquelas dificuldades que já vêm sido recorrentes, saltaram ainda mais à vista perante um adversário que faz da organização e contra-ataque as suas melhores armas.
Com uma linha intermédia de quatro, chegou a ser revoltante a incapacidade de a ver a construir jogo com um desfecho que se resumia a três opções:
  • depois de chegar ao centro, a bola era novamente remetida à defesa; 
  • um dos médios chutava para a frente para a corrida infrutífera de André Silva;
  • feitos dois passes, estava a bola na posse do adversário.
Perante isto, era muito difícil fazer-se um bom jogo e, acima de tudo, contrariar o resultado de 1-0 estabelecido por um já velho conhecido nosso. 

Terminado o 1º tempo ia-se destacando Danilo, fez 22 entregas de bola, com 91% de eficácia, ganhou todos os sete duelos em que participou e registou sete alívios.

Regressada do balneário a equipa portista começou a 2ª parte à imagem da 1ª e só as alterações conseguiram dar alguma cor ao jogo cinzento que íamos assistindo.
Herrera e Diogo Jota trouxeram velocidade e algumas ideias e, a pouco e pouco, o FC Porto foi crescendo.

Tão só lá na frente
Com mais ânimo, os portistas obrigaram o Leicester a recuar. Atacávamos mais mas faltava qualidade na hora de chegar à baliza com a melhor das hipóteses a pertencer a Corona já muito perto do fim, com um remate que embateu com estrondo no poste.

Resultado final 1-0 e a derrota de uma equipa que teima em não ser consistente. O fraco primeiro tempo foi preponderante para o resultado final que penalizou uma equipa lenta e sem ideias, onde se vão destacando Otávio e Danilo Pereira.

Há quem se queixe da falta de eficácia, mas uns últimos 25' mais desenvoltos por parte do FC Porto não podem apagar o que se viu até aí e resumir um jogo à falta de eficácia na hora do remate.

Lembram-se daquele grupo acessível? Pois é, eu também me lembro.

Disse-o e continuarei a dizê-lo: Nuno será sempre o menos culpado, mas o que é certo é que a montanha-russa que são as exibições e resultados portistas têm de ser contrariadas, bem como os erros que se vêem sempre assistindo jogo após jogo. 

NES terá de mostrar que sabe mais que isto.

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