sábado, 24 de setembro de 2016

Obrigação Cumprida no Derby da Invicta

Deu para assustar, mas o FC Porto reagiu e derrotou o rival Boavista por três bolas a uma.

Depois dos dois últimos jogos deixarem a desejar e com o estado de graça de NES e da equipa em risco perante novo deslize, era da obrigação dos azuis e brancos vencer o jogo perante o rival da mesma cidade e o FC Porto fê-lo. O mais importante.

Com novas mexidas no 11, Boly passou para o banco e Adrián surpreendeu a titular.
Do primeiro tempo, destaca-se a positiva reação ao golo sofrido pelos portistas. Se o golo logo ao início fez tremer, a reação foi contundente e o jogo passou a fazer-se no meio campo adversário. Com o rival da Boavista incapaz de esboçar uma reação, chegamos naturalmente ao empate por intermédio de André Silva.
Com os axadrezados encostados lá atrás a posse de bola do FC Porto cifrava-se nos 85% à meia hora de jogo, e o golo da reviravolta espreitava. Acabou por chegar perto do intervalo e, novamente, pelo miúdo André Silva. Depois de 5 jogos sem molhar a sopa, tirou barriga de misérias da melhor forma possível.

Ao intervalo o domínio era inegável, destacava-se André Silva pelos golos, Otávio pelo envolvimento em ambos e por um Danilo a preencher o meio campo dos dragões com uma eficácia de passe de 96%, nove duelos e ainda uma percentagem de duelos aéreos ganhos de 100%.

No segundo tempo o FC Porto desacelerou, controlou mas tardava a resolver o jogo e a rematar à baliza. Com uma segunda parte sem grande história o KFC saiu do centro comercial e só parou na baliza do Boavista, com o guarda-redes das panteras a brindar com um frango que trouxe a tranquilidade ao resultado.

Terminava um jogo com duas partes bem distintas: a 1ª de grande intensidade e procura pela baliza. A 2ª muito mais parada e sonolenta.

O resultado não oferece discussão, mas o FC Porto de NES continua a cometer falhas que prejudicam a qualidade e eficácia do seu futebol.

A equipa mostra-se muito dependente daquilo que oferecem os seus laterais, na profundidade do seu jogo e na construção ofensiva. O baixo rendimento coincide com a maior contenção de Alex Telles e Layún, não podendo uma equipa como a nossa mostrar tanta dependência do jogo de dois defesas e o que pode custar as incursões ofensivas destes.

O FC Porto vê o seu jogo ser anulado muitas vezes, fruto dos muitos metros de distância entre o seu meio-campo e os homens mais adiantados, acabando por ter de recorrer a ações individuais ou em passes longos para a corrida normalmente de André Silva que descaía tanto para a esquerda como para a direita.
Este futebol desapoiado não só desgastava o nosso jogador mais avançado, como o retirava das zonas de finalização (onde deve estar), acabando por ter de insistir demasiadas vezes no um para um com o adversário.
Bastou um dos elementos do setor intermédio soltar-se para dar apoio aos 3 da frente e a velocidade de jogo aumentava facilmente.
Os constantes lançamentos longos não só são grande parte das vezes inconsequentes como prejudicam a qualidade de jogo da equipa.

Destaques

André Silva - Com dois golos no jogo não faria outro sentido não cá estar. Foi combativo como sempre, mas tem de largar mais a bola quando tem oportunidade para tal.

Otávio - Cada vez mais uma certeza. O desequilibrador mais competente da equipa, arrancava, driblava e ganhou faltas. Participou em 2 dos 3 golos e deu o que podia.

Danilo - As estatísticas não enganam: nove acções defensivas, 13 recuperações de bola e uma percentagem de duelos aéreos ganhos de 100%. Quando assim é não há muito a dizer.

Adrián - Ainda tem muito que correr para que não lhe olhem de lado nas bancadas, mas fez dos melhores jogos de dragão ao peito. Sem ser exuberante estava onde tinha de estar, lutou e ofereceu fluidez no melhor período da equipa.

Leicester são os senhores que se seguem. Aquele pela qual todos nós nos vimos a torcer na época passada é, agora, nosso adversário. Inglaterra não é de boas memórias, mas depois da estreia cinzenta em casa, uma
resposta tem de ser dada.

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