sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Boas Festas!


Dezembro é sinónimo de festas, é tempo de reunir junto daqueles que nos são mais próximos e celebrar.

Assim, a Muralha Azul deseja a todos aqueles que nos seguem, um excelente Natal onde reine a paz e a alegria, e um Ano Novo repleto de conquistas e realizações pessoais.

Nós, cá nos encontramos em 2017. Boas Festas!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Foi Só Aproveitar O Embalo



Num jogo frente a um transfigurado campeão inglês o FUTEBOL CLUBE DO PORTO só teve que seguir o embalo do golo aos 90'+5' de sábado. ANDRÉ SILVA e jesús CORONA evitaram os nervos e numa exibição de Champions, os azuis e brancos seguem para os oitavos. No último post aqui, n'A MURALHA AZUL', tinhamos pedido um FC PORTO das grandes noites e ao nosso treinador a inspiração do último jogo. Pois bem, não só tivemos um Dragão de gala como NUNO ESPIRITO SANTO merece os seus méritros.   Alex TELES e yacine BRAHIMI foram as novidades no onze azul e branco em detrimento do lesionado OTÁVIO e de miguel LAYÚN. E se o brasileiro deu outra prefundidade ao lado esquerdo e eté assistiu para um dos golos, o argelino acabou por ser o trunfo de NUNO, num jogo em que o FC PORTO entrou a todo o gás. Com um DANILO pereira mais à frente na pressão, com os laterais bem subidos e com os ilusionistas BRAHIMI e CORONA mais por dentro o FC PORTO fez com que o LEICESTER (com muitas alterações que em parte ajudaram) praticamente não passasse a linha de meio campo. Depois, se tinhamos acabado o jogo de sábado com um golo, este começou praticamente da mesma forma com o reencontro de ANDRÉ SILVA com as redes adversárias, o que também é boa notícia.

CORONA e BRAHIMI, com grandes golos, e juntando a uma qualidade exibicional por parte de toda a equipa, resolveram ainda na primeira parte a questão do apuramento. Para a segunda parte o Dragão mostrou a sua capacidade de gestão e de equilibrio do jogo. Baixou o ritmo, sem baixar as linhas e controlando a partida deu mais expressão ao resultado, com o bis de ANDRÉ SILVA e com o golo de DIOGO JOTA permitindo apenas que o campeão inglês saísse da partida com um remate na direção da baliza de iker CASILHAS. Nesse equilibrio, NUNO lançou ainda para o jogo, e bem na minha óptica, RÚBEN NEVES e héctor HERRERA e deu ainda para colocar em campo RUI PEDRO, uma das principais figuras deste “virar de página”.
E assim, numa partida em que só dependemos de nós, em que voltamos a não sofrer golos e em que vimos o nosso ponta de lança voltar aos golos, vimos também a “reconciliação” de BRAHIMI com a equipa e de NUNO com o DRAGÃO. Que este momento seja para durar e que afaste alguns fantasmas de um passado recente. E domingo há já um para afastar: o fantasma dos jogos fora de casa a zeros. Setúbal, Chaves, Copenhaga e Belém. Destaques IN Baliza inviolável  - Sexto jogo consecutivo sem sofrer golos e apenas um nos últimos dez jogos. Mérito para NUNO e toda a equipa mas um aplauso principalmente para iván MARCANO, FELIPE e CASILLAS

Brahimi - Que seja um reforço para o resto do mês (em janeiro vai para a CAN). Hoje, mereceu os aplausos que foi ouvindo.

André SilvaVoltou aos golos e terminou a fase de grupos com 4 e melhor portugês na prova. Mais que ele, apenas robert LEWANDOWSKI (5), edison CAVANI (6) e lionel MESSI (10).
Nuno - Podiamos destacar 7 ou 8 jogadores nesta partida como podemos elogiar um dos responsáveis para tal. Hoje não foi o melhor como anteriormente não foi o pior. Mas merece a vitória e a exibição. OUT Cadeiras vazias - O ambiente foi fantástico mas a recepção ao campeão inglês merecia casa cheia.

As Raposas - O jogo do próximo fim de semana com os “citizens” é mais importante, é certo, e o FC PORTO foi muito forte mas esperava mais deste LEICESTER e de claudio RANIERI.



por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Rui Pedro Bem A Tempo


Foi um FUTEBOL CLUBE do PORTO diferente do recente aquele que no sábado esteve no DRAGÃO. Anulamos completamente o SC BRAGA, atacamos, criamos oportunidades mas, mesmo jogando maior parte do tempo contra 10, só aos 95' o jogo ficou decidido com o golo de RUI PEDRO que, além dos três pontos aguça o apetite para o jogo de mais logo.

Vencer o SC BRAGA era pelas mais diversas razões uma necessidade. A falta de golos nos últimos jogos, as exibições pouco convincentes a até a possibilidade de ultrapassar os arsenalistas eram razões que elevavam a importância do jogo. E a verdade é que quem foi ao DRAGÃO saiu, ao contrário das últimas partidas, com a confiança reforçada para o que aí vem.

Se noutras ocasiões temos questionado as opções de NUNO ESPÍRITO SANTO, quer nas abordagens aos próprios jogos, quer quando tem que mexer a partir do banco, desta vez, e no meu entender, o nosso técnico é mais “inocente” que culpado. O FC PORTO reduziu o SC BRAGA a uma equipa vulgar que nunca incomodou iker CASILLAS. Estivemos fortes no meio campo e na frente, bem, na frente foi o desperdício que se viu, com oportunidades a sucederem-se umas atrás das outras mas, quer por incompetência nossa, quer por mérito de um inspirado carlos MARAFONA a bola não ia entrando.


Ainda assim, do banco, além de yacine BRAHIMI e héctor HERRERA, NUNO lançou ainda RUI PEDRO. E se o mexicano e principalmente o argelino deram outra qualidade ao nosso jogo, o puto da “B” (júnior ainda) chegou mesmo em boa altura. Além de mostrar que pode acrescentar algo ao nosso ataque, mostrou a frieza no momento da verdade. Aliás, RUI PEDRO dá-nos, no seu primeiro golo, muito mais que três pontos.

Hoje, é dia de Champions, é dia de decisões e a euforia do momento que RUI PEDRO nos proporcionou ainda está bem presente. Que seja o virar de uma página. Penso até que, mais que nunca, há motivação, há confiança e há crença na nossa equipa. Que logo seja um FC PORTO das grandes noites e que o jogo que iniciou aos 90'+5' de sábado termine com o objetivo cumprido. A NUNO só peço a inspiração do último jogo, e que aproveito o embalo que o puto nos deu.



por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

domingo, 27 de novembro de 2016

Demasiados Deslizes

Mais uma de levar as mãos à cabeça.

Começa a ser difícil falar desta equipa e, mais do que isso, tornou-se desgastante para nós adeptos, que defendemos este clube, assistir a um Porto tão macio, tão sem ideias...pequenino.

A análise ao jogo de ontem é a mesma que foi feita em jogos passados. Chaves, Copenhaga e Belém, ou até Tondela e Setúbal têm o mesmo denominador comum. Um FC Porto que se encolhe, que não produz jogo e apresenta um futebol de equipa pequena: falta de critério na construção, inexistência de um futebol em apoio e constante chuto para a frente para explorar uma suposta profundidade que não existe.

É, portanto, fácil de perceber que os comandados de NES colocaram-se numa situação em que qualquer equipa, e sem grande esforço, nos consegue travar.

Uma conjugação de fatores que se prespetivavam estão a dar conta de si e a trilhar os desígnios da equipa azul e branca.
Diogo Jota e Otávio estão em manifesta queda e a equipa tem-se ressentido disso, fruto de um bano de suplentes curto e que não oferece alternativas credíveis. Dá calafrios olhar para o banco que o FC Porto apresentou nos dois últimos jogos.

Sem por em causa a qualidade dos jogadores, é notória a falta de soluções e, acima de tudo, de jogadores com determinadas características capazes de desbloquear situações em que nos temos visto várias vezes esta época.

Brahimi teria lugar no 11 portista, mas tão pouco faz parte dos suplentes e Herrera deixou de contar, ontem saltou também para a bancada. Em sentido inverso regressaram Varela e Evandro às opções, quando até então contavam-se pelos dedos as suas aparições.

Não é de estranhar que até perto dos últimos dez minutos finais do jogo com o Copenhaga, Nuno não tivesse lançado ninguém para tentar inverter a situação, porque é manifesta a incapacidade do banco portista.

Deparados com esta situação, é impossível não trazer à tona as declarações do Presidente Azul e Branco quando deu garantias da "equipa à Porto" que teríamos esta época e que aqui se escreveu no post Mercado de Remendos.
O estado de graça da qual beneficiou NES no início de época que lhe ofereceram os chavões do "Somos Porto", estão esgotados e a tolerância é zero.

A possibilidade de ficarmos a 7 pts da liderança à 11ª primeira jornada é dramático e mais dramático é não vermos o fim desta desorientação.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Isto Era Para Ser Fácil Mas...

Lembram-se daquele grupo fácil sorteado em Agosto?

Se me dissessem no final daquele sorteio que, por esta altura, estaríamos obrigados a vencer o último jogo caso o Copenhaga vencesse o seu, ficaria muito surpreendido. O que é certo é que, por incrível que pareça, nos colocamos nesta situação.
Depois de uma eliminatória frente à AS Roma que nos encheu as medidas seria impensável à última jornada não estarmos mais que apurados. Não estamos, jogamos pouco e os jogos do FC Porto nesta fase de grupos parecem ter apenas 45 min.

Uma vez mais, os comandados de NES, brindaram os adeptos que viajaram até Copenhaga com um primeiro tempo à imagem do que vem mostrando: pobre.

Posso sempre ver o aspeto positivo, este FC Porto tem-nos poupado o trabalho nas análises. As suas primeiras-partes são fáceis e rápidas de caracterizar: amorfas, sem ideias, lentas. A jogar pouco os azuis e brancos não conseguiam mostrar competência para chegar à vantagem.
A insistência na bola longa em detrimento do futebol apoiado explicam a dificuldade em chegar à baliza adversária com gente e, acima de tudo, com critério.
Não foi isso que aconteceu e durante muito tempo o "chuto para a frente" era o melhor que o FC Porto fazia e, claro está, as oportunidades escasseavam.

Finda a primeira parte, aguardávamos por uma segunda bem melhor, e isso aconteceu. Os Portistas acordaram e resolveram partir em busca de um resultado positivo. Se nos primeiros 45 min, deram folga ao Gr da equipa Dinamarquesa, nos segundos foi diferente. Sob a batuta de Otávio os portistas procuravam chegar à vantagem. Contudo, a indefinição lá na frente penalizava o futebol produzido pela equipa que não quebrava o gelo dos nórdicos.

O jogo escrevia-se em sentido único e as 14 oportunidades contra 0 do adversário assim o demonstram, mas a baliza à guarda de Olsen continuava inviolável.
O tempo passou e o golo não aconteceu e o FC Porto volta a empatar com o Copenhaga e, não só adia a passagem à próxima fase, como a dificulta.

Não fizemos, ainda, um bom jogo de inicio ao fim nesta champions. Resta esperar que a equipa o faça no mais importante, contra o Leicester, de forma a carimbar a passagem que se complicou demasiado.

Isto era para ser fácil mas...

Destaques:

Otávio - Para além de ter sido o portista com mais toques na bola e passes para ocasião, deu ainda uma ajuda a Danilo. Somou seis desarmes e venceu 75% dos duelos aéreos em que participou, o que, tendo em conta a sua estatura, é meritório.

Felipe - Nem tudo é mau. Se lá na frente o ataque complica a defesa, essa, vai dando muito boa conta de si. Com o brasileiro a comandar as hostes. fez 19 acções defensivas e esteve imperial nas alturas, vencendo 67% de duelos aéreos.

domingo, 20 de novembro de 2016

Capeladas e Calinadas

O jogo do DRAGÃO frente ao SL BENFICA, apesar do resultado, tinha-me aberto o apetite para o que aí vinha. No entanto, a TAÇA DE PORTUGAL já se foi e a decisão da Champions está à porta.
Acima de qualquer incidência na partida de Chaves a obrigação era uma só: seguir em frente na prova rainha do futebol português. E o objetivo não foi cumprido. Fale-se do onze apresentado ou das alterações, fale-se da exibição ou dos penalties não assinalados, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO tinha de passar, ponto. E vamos por partes. NUNO ESPÍRITO SANTO fez três alterações no seu onze habitual. Colocou JOSÉ SÁ na baliza e, mantendo a defesa, acrescentou ANDRÉ ANDRÉ e silvestre VARELA ao meio campo, subtraindo do onze ÓLIVER torres e jesús CORONA. Penso que o nosso técnico com a equipa apresentada não desvalorizou a importância do jogo até porque o CD CHAVES tem sido uma boa surpresa no nosso campeonato. E se ANDRÉ ANDRÉ fez um jogo competente, até mais que nas suas últimas presenças, já VARELA foi igual a si mesmo, uma nulidade que durou uns exagerados 90 minutos.  
Depois, voltamos a ver um FC PORTO muitas vezes visto fora do DRAGÃO. Mais uma vez uma exibição intermitente e apesar do nosso domínio, muito à espera da sorte do jogo, à imagem, por exemplo, do jogo de Setúbal. Defensivamente e com a exceção de uma má saída de JOSÉ SÁ, raramente permitimos ao CHAVES criar perigo, mas também não é menos verdade que não fomos tão pressionantes como devíamos. Ofensivamente, ANDRÉ ANDRÉ e DANILO pereira seguraram o meio campo mas a falta de ligação com os avançados foi notória, quer pela direita (VARELA) quer pela esquerda (OTÁVIO). A partir dos 80', com a entrada de laurent DEPOITRE e com a falta de soluções, o FC PORTO passa a apostar em cruzamentos para a área e bolas mais longas para o gigante belga. Mas se é certo que num ou noutro lance até podíamos ter marcado, também é certo que a maior parte “dessas bolas” raramente chegaram ao destino e em que as entradas de EVANDRO goebel e miguél LAYÚN em nada resultaram. A juntar a uma exibição aquém do esperado, e a algumas “calinadas” que teimam em marcar presença na nossa equipa, que até começam a ser tradição, voltamos a ter o azar do nosso lado. Sinceramente não falo em um, dois, ou três lances para grande penalidade, na primeira, segunda ou terceira substituição cancelada à última hora ou na primeira, segunda e terceira entrada da maca para jogadores em perfeitas condições físicas, porque para isso já D-E-V-I-A-M-O-S estar avisados, falo sim do azar na nomeação desse tal joão CAPELA para um jogo a eliminar, isso sim, algo que nos foge de controlo. Por fim, não dou muito valor às grandes penalidades falhadas porque para mim não foi aí que o FC PORTO foi eliminado (e seria ilibar o técnico pela eliminação) mas sim durante os 120 minutos onde teimamos a ser bons rapazes e mais uma vez fomos comidos, uma tarefa facilitada quando há no banco... um bom rapaz. Terça, a MURALHA AZUL lá estará no TELIA PARKEN, na capital dinamarquesa, com uma certeza e uma dúvida. Quanto ao juiz do encontro é certo que não será o das “capeladas” mas quanto à nossa equipa (e técnico) só espero que não seja a das calinadas. Destaques IN DANILO/JOTA - Resultado ingrato para DANILO e diogo JOTA. Não foi por eles que o FC PORTO está fora da Taça. DEPOITRE - Não para o jogador em si, mas para o que a sua entrada proporcionou. Os espaços na área do CHAVES finalmente apareceram, foram foi mal aproveitados. OUT

VARELA/BRAHIMI - Ver VARELA 90 minutos em campo com o argelino no banco é simplesmente incompreensivel. Mais ainda quando OTÁVIO sai de cena. GOLOS - Faltaram em Tondela, faltaram em Setúbal e faltaram em Chaves. São 300 minutos. Dá que pensar. NUNO - As calinadas são antigas mas, pontos são uma coisa, eliminação de uma prova é outra.


por, Fábio Daniel Ferreira
Muralha Azul.

domingo, 6 de novembro de 2016

Uma Derrota Que Vale 1 Ponto


Num jogo em que durante praticamente uma hora o Dragão reduziu o líder a zero, fica a ideia que o resultado podia, e deveria, ter sido outro. E pior que os dois pontos perdidos e que os 5 de desvantagem, é o facto de, durante meia hora, deixarmos de mandar em nossa casa. Tivesse o resultado sido outro e falaria em humilhação para uma equipa que veio ao DRAGÃO para empatar. Mesmo assim, a exibição encarnada não é demérito próprio mas sim mérito do FUTEBOL CLUBE DO PORTO e do seu treinador. NUNO ESPÍRITO SANTO tirou do 11 héctor HERRERA e deu-lhe criatividade nos pés de jesús CORONA. Outra modificação que existiu foram os posicionamentos alternados de DIOGO JOTA, ÓLIVER torres e OTÁVIO que, agarraram, ofensivamente o meio campo para o nosso lado. Ainda assim, o que tacticamente ficou na retina foi a eficaz pressão da equipa portista no mesmo meio campo e que permitia a maior parte das vezes ganhar espaços na frente. A par disso, a estratégia de NUNO, não só anulou o ponta de lança do SL BENFICA, kostas MITROGLOU, como anulou também os alas franco CERVI e eduardo SALVIO que praticamente não existiram em zonas de perigo. Juntando a essas questões táticas, a mentalidade com que equipa entrou e o empurrão que veio das bancadas, fizeram com que o FC PORTO dominasse o primeiro tempo por completo, e só não chegou ao intervalo em vantagem devido à eficácia do brasileiro EDERSON. Digo mesmo que terão sido os melhores 45 minutos que vi esta época.   O segundo tempo trouxe a mesma ideia na procura do golo, e numa jogada em que a posse de bola a meio campo e a virtuosidade de CORONA no desiquilíbrio se complementaram, deram a possibilidade a DIOGO JOTA de fazer justiça no resultado e colocar o FC PORTO na frente. Com o golo, NUNO baixou um pouco as linhas mas manteve a pressão e, as dificuldades do BENFICA em chegar com perigo à baliza de iker CASILLAS, com a excepção dos pontapés de canto e de um remate de andras SAMARIS, obrigaram RUI VITÓRIA a mexer, lançando andré HORTA para o jogo e colocando-o numa zona mais interior.  
Como foi possível não vencer?
A partir desse momento, os encarnados começam a ter mais bola, e o FC PORTO passa a jogar em transições. E se o técnico encarnado deu à equipa um sinal ofensivo (ainda iria colocar raúl JIMÉNEZ), NUNO dá à sua o sinal contrário. Joga com ANDRÉ SILVA sozinho, e cansado, na frente (JOTA tinha recuado para a ala) e preenche o meio campo com RÚBEN NEVES. É certo que refresca uma zona nuclear do terreno e da-lhe mais músculo mas perde capacidade de levar bola para o meio campo ofensivo. Com a perda do meio campo e com um BENFICA mais perto da área contrária, sem no entanto criar situações de golo, e apostando principalmente nas bolas para a área, na dança de substituições, NUNO coloca miguel LAYÚN no auxilio a alex TELLES, e já perto dos 90' troca ÓLIVER por héctor HERRERA, ironicamente, a substituição que mudou o jogo. Num lance completamente inofensivo, o mexicano permite uma última oportunidade ao BENFICA e, para completar o azar, e azelhice, de HERRERA, a cabeça de LIZANDRO lópez estabelece o empate e um final de jogo ingrato para a exibição dos dragões na partida. Se é certo que a estratégia de NUNO deu para dominar e vulgarizar a equipa que lidera a LIGA NÓS, também é certo que acabou por valer apenas um ponto. E se é verdade que uma “branca” de HERRERA deu naquilo que deu, também não é menos verdade que, no DRAGÃO, não podemos mandar durante uma hora mas sim até ao último apito. Enquanto isso, a equipa que teve que montar o autocarro e que foi controlada do ínicio ao fim acaba por conseguir a sua vitória, fazer a sua festa e, principalmente, manter os seus 5 pontos de distância. Destaques IN

Danilo -  Fundamental para a subida no terrenos dos seus companheiros do meio campo. É o jogador do FC PORTO em melhor forma.
Óliver/Otávio - Por eles passou todo o jogo (ofensivo e defensivo) do FC PORTO. Se esta sociedade se mantiver...

Jota - Não só pelo golo mas, principalmente por estar ali, aparentemente, um jogador “à Porto”. Gostei Estádio do DRAGÃO - Ontem (durante 1 hora) conseguimos ser PORTO. Equipa, cidade e adeptos dentro de um estádio. Que se mantenha. OUT Benfica - Ontem vi o clube de LISBOA como um “tomba gigantes”. Isso diz tudo sobre o jogo que fez. Herrera - Não o crucifico... mas deu golo e não podia. Como já referi foi azarado e azelha, muito azelha.


por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul.

sábado, 5 de novembro de 2016

Escrever Direito Por Linhas Tortas

Décima jornada, FC Porto - Benfica. Aí está o jogo!

Reza a história que a última vez que ambas as equipas se defrontaram à 10ª jornada o jogo terminou em 5-0, de lá para cá muita coisa mudou e "como do passado vivem os museus" apenas nos resta acreditar que isto possa significar um bom presságio.

O clássico, que se estava a encaminhar para chegar na melhor altura, viu-lhe ser dado um autêntico volte-face. Se até há duas semanas a equipa parecia começar a dar boa conta de si, o jogo com o Vitória FC, tal como disse o Fábio no seu último post, teve a capacidade de arrefecer o clássico. Não só pela vantagem pontual que permitiu ao nosso rival ganhar, como a exibição da equipa.

Num jogo em que era importante estar forte e dar confiança para o que aí vinha, acabou empatado.
Como se não bastasse, a partida a meio da semana foi temperada por assobios à exibição sofrida dos azuis e brancos desmoralizando o mais otimista dos adeptos.

Tudo isto para dizer que, que o momento tem tanto de bom como de mau para se jogar o clássico. Coincide com uma quebra da equipa mas é seguramente, em caso de vitória, o melhor para dar a volta e embalar a equipa e adeptos daqui em diante. E é disso que este FC Porto está a precisar: de confiança.
Já o adversário, está como mais gostamos dele, de peito inchado. Querem melhor incentivo que este?

O FC Porto de NES vai-se escrevendo por linhas tortas, com muitos altos e baixos. Ainda não conseguiram pôr em campo todo o seu futebol e, com isso, afirmar-se de uma vez e convencer o público do Dragão sedento de vitórias.

Por mais sinuosas que sejam as linhas, no FC Porto - Benfica terá de se escrever bem a direito. A resposta tem de ser firme, tem de estar presente em cada lance tudo o que aquele jogo significa, temos de comer a relva e deixar o que for preciso lá dentro.
Terminar o jogo e achar que aquilo significa mais para nós do que para os que estão lá dentro, é tudo o que não interessa.

Sem rabiscos confusos e abstratos, mas com atitude e responsabilidade para vestir aquela camisola, o clássico será o melhor quadro para se desenhar o Jogador à Porto.

Venham eles!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Fácil Que Se Fez Difícil

Na análise ao jogo na Bélgica contra este mesmo Club Brugges lamentava o facto de, dobrada a primeira volta da fase de grupos, não existir um jogo que podessemos considerar de bom. Feito mais um, a opinião mantém-se.

De lá para cá, manteve-se o nível exibicional e o sofrimento. Se há duas semanas sofremos com um jogo empatado até aos minutos finais ontem, foi pela sensação de um empate iminente também até aos últimos suspiros da partida.

Depois de estar a vencer, o FC Porto colocou-se numa posição tudo menos necessária. Não teve capacidade para resolver o jogo e presenteou os adeptos com uma segunda-parte sofrível e de baixo rendimento que de positivo, apenas teve o teste à sua defesa e guarda-redes. Aqui, não nos podemos queixar! O quarteto defensivo liderado por Felipe e resguardado lá atrás por Casillas, foi dando mostras de boa saúde por sua vez, o seu meio-campo foi deixando de cabelos em pé alguns adeptos mais ansiosos que não se coibiram de assobiar a equipa.

O primeiro-tempo, sem grande exuberância, teve maior pendor para o lado do FC Porto, que merecia a vantagem de 1-0 à entrada para os balneários.
A equipa foi crescendo e criava algumas oportunidades que acabaram com um golo de André Silva. Ao intervalo o FC Porto contabilizava 64% de posse de bola, 80% de passes certos, 23 entradas na área, 11 remates contudo, apenas dois na direção da baliza.

A segunda-parte exigia continuação no crescendo da equipa, matar o jogo e controlar até final, mas não foi isso que aconteceu e os portistas ofereceram ao modesto Brugges a esperança de levar da Invicta outro resultado que não a derrota.
Do meio-campo apenas se destacava o gigante Danilo Pereira, daí para a frente a desorganização, reação lenta, e pouca pressão imperavam o que obrigou NES a mexer.

O crescimento dos belgas foi de tal forma que o FC Porto apenas esboçava reação através de contra-ataques rápidos.
Em resumo, uma segunda-parte pequenina à imagem do comportamento da equipa, que parecia não dar para mais.

NES falou da falta de eficácia, tivesse sido apenas esse o problema e estaríamos bem.
O mau jogo portista (essencialmente na segunda-parte) deveu-se sobretudo à sua zona intermédia. Quer Herrera, Otávio ou Óliver não estavam em "noite sim" e a equipa padeceu disso mesmo, com tão pouca entrega e velocidade era difícil tomar o controlo do jogo.

Uma verdadeira Muralha
Destaques

Danilo - Mais uma exibição exemplar do médio português, no meio de tão pouco vigor o médio teve de sobra para os restantes companheiros. Fez 44 passes, acertou 91% deles, ganhou 17 dos 21 duelos que disputou, nove de dez aéreos, e ainda fez oito alívios e recuperou oito vezes a bola.

Felipe - Se há melhorias no setor defensivo, muito se tem devido a Felipe. Imponente e mandão, liderou a defesa quando o resto da equipa os entregou aos Belgas. No total realizou 16 acções defensivas, entre elas nove alívios.

Pré-clássico - O jogo de ontem serviu para ver tudo aquilo que não interesse para o jogo do próximo fim-de-semana contra o rival Benfica. No final do jogo Oliver falou em "deixar tudo em campo"
no próximo jogo, e é isso mesmo que se  exige, caso contrário e não sairá do Dragão um resultado que sirva os nossos interesses.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Os Donos da Moral

Os últimos dias após o jogo entre Vitória FC e FC Porto têm sido ricos em moralismos que comovem qualquer um.

Os erros de arbitragem contra a equipa portista tiveram sábado novo capítulo, e o descontentamento portista parece estar a incomodar aqueles que, agora, se fazem passar pelos donos da moral. O FC Porto não tem razão, está a por em causa a arbitragem, está a desviar as atenções e o mais prejudicado é, pasme-se, o clube da Luz.

O risível da questão, é que estes são os mesmos que puseram tudo em causa logo no início do campeonato após o empate também contra este Vitória FC. Presidente, comentadores e demais, alçados em alguns meios de comunicação social começaram logo a gritar a altos berros. Foi um escândalo, "Não queremos mais aqui este tipo"disse Vieira ao vice-presidente do Conselho da Arbitragem da FPF. Tal como também já havia vetado o árbitro Pedro Proença, antes de se tornar Presidente da Liga.

Se houve verdadeiras campanhas contra a arbitragem em Portugal, essas, foram levadas a cabo pelos Donos da Moral que agora se ofendem com as queixas aos erros sucessivos sempre em consequência dos mesmos. Mas a falta de coerência permite-lhes tudo isso.

Quem apelou aos seus adeptos para se abster de apoiar o clube quando ele não jogasse em casa, que pediu para suspender negociações de contratos televisivos, não foi o FC Porto. Nem foi o FC Porto que apelidou um Secretário de Estado do Desporto de "Persona Non Grata" para o clube, tudo por causa de erros de arbitragem.

A falta de vergonha ainda permite que agora se peça a defesa dos árbitros, mesmo depois de também os acusarem de oferecer títulos à equipa Portista.

Mas já sabemos, o FC Porto nunca terá razão, será sempre o mau da fita, a fazer muito ou pouco barulho seremos sempre um alvo a abater.


domingo, 30 de outubro de 2016

Como Amornar um Jogo e Arrefecer um Clássico

Perante um VITÓRIA FC que não vencia há 4 jogos, e num estádio que até era talismã, o FUTEBOL CLUBE do PORTO voltou a marcar passo no campeonato. E a uma semana do clássico do DRAGÃO, o nulo significa, negativamente, muito mais que a perda de dois pontos.

Para o jogo de Setúbal, NUNO ESPÍRITO SANTO não fez poupanças e colocou a equipa na máxima força. Jogando em 4-4-2, com hector HERRERA descaído para a direita e com OTÁVIO, juntou ainda DIOGO JOTA a ANDRÉ SILVA e mantém a confiança em miguel LAYÚN em detrimento de MAXI pereira.

Mas se nesse sistema NES conta com um apoio direto ao PL, também perde o poder de fogo do principal médio criativo, que fica amarrado à esquerda e normalmente bem marcado. Ontem, aliás, OTÁVIO só apareceu em jogo pouco depois dos 20 minutos e a nossa equipa ressentiu-se, apesar de o VITÓRIA pouco ou nada ter feito até então.


Nesse sentido, a equipa de NES ia sempre tendo bola, mas era preciso muito mais que isso. DANILO pereira raramente se aventurou no adiantamento no terreno, ÓLIVER torres e HERRERA ficavam sempre longe das melhores decisões e as oportunidades – grandes oportunidades – do médio espanhol e de DIOGO JOTA, com o pé e cabeça respetivamente, foram a meu ver, exceções a um caudal ofensivo que terminava quase na fase do último passe.

Para o segundo tempo esperava-se uma equipa mais assertiva mas, sinceramente, vi a mesma equipa amorfa e previsível da primeira parte. E se os “desenhos” do nosso treinador não tiveram resultados práticos ao intervalo, apesar de ter dado um sinal à equipa com a saída do belga laurent DEPOITRE para aquecimento, deu um passo claramente atrás quando retira há hora de jogo HERRERA e coloca jesus CORONA.

Colocando CORONA mais na frente e mesmo dando liberdade a DANILO, foi no meio campo que COUCEIRO, e bem, mexeu, conquistando essa zona do terreno e numa fase crucial do jogo. Foi sem dúvida o pior período do FC PORTO no jogo e altura em que o VITÓRIA conquistou mais bola.

Com o passo atrás, NUNO voltou a ter que ganhar o meio campo e coloca, aos 74 minutos, RÚBEN NEVES, com yacine BRAHIMI, não podendo depois lancar DEPOITRE para um assalto final à baliza de bruno VARELA, ficando o FC PORTO entregue praticamente às decisões individuais de BRAHIMI, CORONA e OTÁVIO que até “conquistou” uma grande penalidade, no entanto não assinalada.

Depois de 4 vitórias, o FC PORTO, volta a perder pontos e num momento em que, por várias razões, não devia ter acontecido. Antecede um importante jogo para a LIGA DOS CAMPEÕES, com o CLUBE BRUGGE KV (que também ontem empatou a zero), e para a LIGA NOS, além de não aproveitarmos o empate do SPORTING CP, tiramos ao SL BENFICA toda a pressão de um clássico que para nós podia significar muito mais do que três pontos.

Esperamos por quarta-feira e por domingo, para, aí sim, vermos que FC PORTO de NUNO é que temos. Eu só espero ter um “PORTO à PORTO”.

Destaques

IN

Mereciam mais
Felipe/Marcano - O VITÓRIA FC pouco fez no ataque mas, nas poucas vezes que lá chegou, a dupla de “patinhos feios” esteve irrepreensível.

Otávio - Não esteve, nem de perto nem de longe, ao nível de outras partidas, mas daqueles pés saem sempre momentos de perigo e, nesta partida, até o penálti a terminar.

Adeptos - A exibição da equipa ficou aquém, mas não por falta de apoio. A falange de apoio foi grande e até ao minuto 94.

OUT

Danilo - Longe da apresentar a qualidade que nos habituou. Muito preso à posição 6, limitou-se a defender.

Minuto 62- Primeiro momento do jogo. HERRERA não foi fantástico, mas a saída do mexicano deixou o meio campo entregue a ÓLIVER e DANILO e consequentemente aparece em campo a equipa sadina.

Minuto 84 - Segundo momento do jogo. Mesmo jogando mal, e perto do fim, o FC PORTO podia ter conquistado os 3 pts mas Jooão Pinheiro transformou um penalti claro sobre OTÁVIO num amarelo para o brasileiro.


por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul

domingo, 23 de outubro de 2016

Soma e Segue!

Três foi a conta que o Espírito Santo fez.
Primeiro no campo com 3 golos, mais tarde com os 3 pilares, Espirito Santo desceu à sala de imprensa e pregou os 3 mandamentos do "jogador à Porto", já antes Brahimi havia sido abençoado e brindou os assobiadores com uma obra de arte.

Foi num jogo de sentido único que o FC Porto derrotou o Arouca, com um resultado que se podia ter começado a construir desde bem cedo, tivesse o remate de Corona melhor sorte e beijasse as redes ao invés do poste. Não entrou no início, entrou no fim do 1º tempo com André Silva a faturar mais um para a sua conta pessoal. 

O FC Porto chegava ao intervalo a vencer por 1-0, depois de uma boa primeira parte em que teve ainda mais algumas boas ocasiões para fazer o golo que tardou a aparecer. O domínio foi claro, com uma posse de bola quase sempre acima dos 70%, o meio campo azul e branco mostrava ligação entre si e os restantes setores, a pressionar alto e com um Danilo que, de jogo para jogo, mostra toda a sua importância, a partida fez-se no meio campo do adversário que deu noite de folga a Casillas.
Com a importância que tem um golo feito nos primeiros 45 min, o FC Porto iniciou os segundos com a possibilidade de continuar o seu domínio e dilatar a vantagem e vencer tranquilamente. 

Mas antes de fazer o golo que daria a segurança necessária, ainda deu tempo para se acomodar ao nada seguro 1-0, dando ao Arouca a melhor oportunidade para crescer no jogo. 

Aos 78'  André Silva volta a marcar e bisa no encontro, com mais este o avançado Portista já pode ambicionar chegar aos calcanhares do menino Zé Gomes, a nova fantasia encarnada.

Perto do final ainda houve tempo para Brahimi mostrar daquilo que é capaz, e abrilhantou o jogo da equipa com um golo cheio de classe e um "festejo" com destinatários concretos.

Brahimi, em 25 min conseguiu 5 dribles eficazes em 7, dez duelos ganhos em 13 e quatro recuperações de bola. Mas isso não o livrou de um coro de assobios, porque virou moda não gostar do argelino. e assim se cai no ridículo de assobiar o jogador e acabar a aplaudi-lo de pé pelo golo. 

Destaques

André Silva - O futuro que é cada vez mais uma certeza no presente. Hoje foram mais 2.

Diogo Jota - É notório o seu contributo no jogo de André Silva. Depois de um jogo menos bem conseguido a meio da semana na Bélgica, ontem, Diogo Jota contabilizou duas assistências, quatro remates e três passes para ocasião de golo.

Brahimi - Pelo que disse em cima e pela forma como quis mostrar serviço. Se há jogador que pode oferecer muito à equipa é Brahimi e não podem ser alguns adeptos a traçar-lhe o destino no clube.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Sofre Coração!

À terceira foi de vez!
Custou, sofremos, mas finalmente conseguimos a vitória que tardava em chegar nesta fase de grupos, arrancada a ferros é certo, mas vale o mesmo.

Apesar da euforia que uma vitória conseguida nos últimos suspiros do jogo oferece e, ainda para mais, depois de estarmos a perder, acaba sempre por anular os pontos mais negativos a registar. E esta fase de grupos está cheio deles.

Por altura do sorteio, não podíamos ter ficado mais satisfeitos com o que a sorte nos ditara. Duas equipas completamente acessíveis face ao nosso poderio, e o surpreendente Leicester como cabeça de série, a equipa inglesa mais fácil com que alguma vez nos deparamos depois de Man Utd, Chelsea, Man. City ou Arsenal.

Certo é que, ao cabo de três jornadas, são 4 os pts conquistados e a tristeza de não podermos classificar um jogo como "bom" até ao momento. Principalmente depois da forma como conseguimos chegar a esta fase de grupos.

Depois de um início de post ao nível dos melhores desmancha prazeres, o jogo.

A 1ª parte foi a imagem do que muitas vezes se vem assistindo este ano: dificuldade a entrar no jogo. Um FC Porto macio, sem ideias e a jogar francamente mal ou, como eles dizem, "com dificuldades a encaixar no jogo do adversário".

Corridos 12 min, estávamos já em desvantagem, depois de vários erros cometidos pelos defesas azuis e brancos. A perder, a reação não foi a melhor, a qualidade de jogo manteve-se igual e assim continuou até à ida para as cabines. Diogo Jota e André Silva desaparecidos, e um meio campo com pouca desenvoltura.

Suspirava-se por alterações no segundo tempo, não só no 11 como na mentalidade da equipa.

Tantas devem ter sido as preces que os desejos se confirmaram.
Nos segundos 45 min, os Dragões correram atrás do prejuízo. Permitiram apenas 1 remate ao adversário enquanto que contabilizaram 12, 6 deles enquadrados.

Porém, até aos 75 min, a dupla de avançados Diogo Jota e André Silva (e depois só André), não tinha feito um remate à baliza. Revelador.

O primeiro a balançar as redes foi Layún, com um grande remate fora de área sem hipótese para o guardião adversário.

Daí até ao golo da vitória via-se uma equipa a procurar a baliza de várias formas e por vários intervenientes. Uma equipa como se exige, a não desistir.

Já com o coração acelerado, a persistência teve os seus frutos, e o FC Porto arrancou um penalti por Corona, estava já o público pronto para abandonar o estádio.

André Silva chamado a converter e não tremeu. 1-2 para os portistas e uma vitória suada mas saborosa.

Destaques

Substituições - As alterações levadas a cabo por NES são mesmo o grande destaque do jogo de ontem. As entradas de Corona e Brahimi, essencialmente, e mais tarde a de André André trouxeram ao jogo a velocidade, imaginação e qualidade que faltaram até aí.
Foi clara a melhoria no jogo e a satisfação por vermos saltarem do banco verdadeiras soluções capazes de resolverem partidas.

domingo, 16 de outubro de 2016

Como Tinha de Ser. FC Porto na Próxima Fase

Obrigação cumprida. Sem grandes correrias mas com competência, o FC Porto eliminou o Gafanha e segue para a próxima fase da Taça de Portugal.

Não há muito a dizer. A vitória do FC Porto era o esperado e a obrigação, algo em contrário seria inaceitável. Um daqueles jogos que levam o entusiasmo para junto de equipas de menor valia, pouco habituadas a grandes palcos, e das suas gentes pelas oportunidades únicas que se proporcionam.

Em estreia na taça, o FC Porto de NES surpreendeu pelas poucas mexidas no 11 inicial, algo que ninguém estaria à espera. Se contávamos verem ser dados minutos aos menos utilizados, este não foi o jogo.
Talvez para recuperar os mecanismos da equipa após a paragem para as seleções, Nuno avançou com um 11 praticamente na máxima força, como se de um jogo do campeonato se tratasse. Desrespeito pelo adversário não podem dizer que houve.

Foi com pena que não vi Brahimi de início, ou Rúben e Depoitre, ou quem sabe, João Teixeira que tarda em estrear-se, e se nem foi desta que o jovem português se estreou...
Não seria por eles que não venceríamos, NES assim não o entendeu. 3-0 resultado final e nada a dizer.

Tal como disse em cima, não foi um jogo de grandes correrias e intensidade, nem era preciso. Uma vitória sólida era suficiente, sem nunca por em causa o que aí vem. Assim foi!

Houve tempo para ver Otávio espalhar magia em Aveiro e para o belga Depoitre estrear-se a marcar de Dragão ao peito, intercalado com um golo do mexicano Corona.

Não são estes jogos que nos cativam especialmente, mas para se chegar às finais não se podem saltar níveis. O FC Porto está na próxima fase da Taça de Portugal, competição que vem fugindo há já algum tempo e com uma ferida recente ainda por fechar, que tenha sido o primeiro jogo de uma caminha que culmine com a conquista da prova rainha.

Nota final para o relatório e contas do FC Porto dado a conhecer esta semana.

Sabíamos de antemão que um bom resultado contabilístico não viria dali, e foi o que se confirmou.
Um buraco enorme que vem comprovar os vários erros cometidos ao longo dos últimos anos e que nos trouxeram até este ponto: despesas com o pessoal altíssimas em divergência com os resultados desportivos, passivo a disparar e um assumir de mudança de estratégia.

Veremos que novos rumos se irão tomar com estas mudanças que ficamos obrigados a tomar e se os ventos soprarão a nosso favor. Aguardemos.

domingo, 2 de outubro de 2016

Com Jota Se Escreve Vitória

Custou muito? Não foi difícil, pois não?

A pérola do atlântico, nos últimos anos cada vez mais terra maldita para as aspirações portistas, recebeu a exibição mais conseguida até ao momento do FC Porto versão 2016/17, e o destaque vai inteirinho para Diogo Jota, que escreveu a vitória azul e branca na primeira oportunidade que teve como titular.

Na antevisão à partida, o treinador do FC Porto falou em "fome de vitórias tremenda", certo é que não era só a equipa que a tinha e, como palavras leva-as o vento, vencer era obrigatório e tendo em conta o historial exibicional mais recente, teria de haver mais que a conquista dos três pontos.

Tudo isso foi conseguido e um novo balão de oxigénio foi-nos dado para que pudéssemos respirar fundo, nem que por uma simples jornada.

O Dragão entrou forte e com vontade de limpar a imagem trazida de Inglaterra e cedo chegou à vantagem por aquele que viria a ser o homem do jogo, Diogo Jota. Corridos 11' e o FC Porto vencia por 1-0.

Em vantagem, era importante perceber como iria ser o comportamento da equipa dali em diante: insatisfação com o resultado e procura de mais golos ou acomodar-se ao marcador e abrandar o ritmo. Para bem de todos, à excepção do Nacional, partiram à procura de mais e, com o adversário a acusar o golo, foram-se sucedendo oportunidades, antes de Jota fazer o segundo e, pouco depois o terceiro do encontro.

O FC Porto chegava ao intervalo a vencer por uns convincentes 3-0 e devolvia, de novo, uma demonstração de força que há muito parecia adormecida.

Terminada a primeira parte, Diogo Jota aos três golos apontados, somava anda cinco remates enquadrados, estabelecendo um novo recorde na presente edição da Liga NOS.
Destaque também para Layún, após um excelente primeiro tempo: três passes para a ocasião, um deles resultando em assistência, um cruzamento eficaz e ainda seis acções defensivas.

Na segunda-parte o FC Porto via a sua tarefa facilitada e conseguiu controlar sem mergulhar num futebol sonolento e de baixo ritmo, tendo tido ainda tempo para dilatar a vantagem por André Silva.

Terminada a partida, 4-0 final e finalmente um vitória convincente.
Na Choupana viu-se pressão, futebol mais apoiado, maior velocidade e mais gente em zona de finalização, e um tridente ofensivo que encaixou muito bem, sempre com Oliver em apoio, um pouco mais recuado.
Pena que a melhor exibição tenha coincidido com a paragem para as seleções. É importante perceber a consistência desta vitória em jogos futuros, se se mantém a qualidade de jogo e, acima de tudo, os resultados.

Destaques


Good job!
Diogo Jota - O melhor em campo. Não poderia ser melhor a forma como aproveitou a titularidade dada por NES. Estará encontrado o parceiro de André Silva? Para além de ter feito 3 dos 4 golos do jogo, Jota conseguiu que todos os seus remates fossem enquadrados com a baliza (seis, no total).

Danilo - Venceu todos os duelos aéreos que disputou (5), contabilizou 9 recuperações de bola e uma eficácia de passe de 94%

LayúnFoi o maior criador de ocasiões da equipa azul e branca (5) e ainda rematou por três vezes, uma delas com estrondo no ferro.

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Sem Futebol Não Se Quebram Enguiços

Era um jogo contra a história e esta levou a melhor...mais uma vez.

Inglaterra e FC Porto é algo que não tem vindo a combinar e, para nosso mal, assim continua.
O último golo portista em terras de sua majestade foi apontado por Mariano González quando fez o 2-2 em Old Trafford, já lá vão seis anos. De lá para cá só derrotas.

O FC Porto tinha ontem nova oportunidade de contrariar a história, ao invés disso, fez-lhe ganhar mais esta, que nos vai batendo de goleada. Porém, no meio de novo dissabor, sejamos claros, sem futebol não se quebram enguiços.

Há jogos em que manifestamente só falta o golo e o azar é quem leva com as responsabilidades. Ontem, se nos podemos até queixar de uma bola ao poste, não há desculpas. Jogamos pouco e quando assim é, mais reduzidas são as probabilidades de se vencer uma partida.

A primeira-parte é de fácil e rápida análise: pobre.
Os comandados de NES não conseguiram fazer algo digno de destaque e aquelas dificuldades que já vêm sido recorrentes, saltaram ainda mais à vista perante um adversário que faz da organização e contra-ataque as suas melhores armas.
Com uma linha intermédia de quatro, chegou a ser revoltante a incapacidade de a ver a construir jogo com um desfecho que se resumia a três opções:
  • depois de chegar ao centro, a bola era novamente remetida à defesa; 
  • um dos médios chutava para a frente para a corrida infrutífera de André Silva;
  • feitos dois passes, estava a bola na posse do adversário.
Perante isto, era muito difícil fazer-se um bom jogo e, acima de tudo, contrariar o resultado de 1-0 estabelecido por um já velho conhecido nosso. 

Terminado o 1º tempo ia-se destacando Danilo, fez 22 entregas de bola, com 91% de eficácia, ganhou todos os sete duelos em que participou e registou sete alívios.

Regressada do balneário a equipa portista começou a 2ª parte à imagem da 1ª e só as alterações conseguiram dar alguma cor ao jogo cinzento que íamos assistindo.
Herrera e Diogo Jota trouxeram velocidade e algumas ideias e, a pouco e pouco, o FC Porto foi crescendo.

Tão só lá na frente
Com mais ânimo, os portistas obrigaram o Leicester a recuar. Atacávamos mais mas faltava qualidade na hora de chegar à baliza com a melhor das hipóteses a pertencer a Corona já muito perto do fim, com um remate que embateu com estrondo no poste.

Resultado final 1-0 e a derrota de uma equipa que teima em não ser consistente. O fraco primeiro tempo foi preponderante para o resultado final que penalizou uma equipa lenta e sem ideias, onde se vão destacando Otávio e Danilo Pereira.

Há quem se queixe da falta de eficácia, mas uns últimos 25' mais desenvoltos por parte do FC Porto não podem apagar o que se viu até aí e resumir um jogo à falta de eficácia na hora do remate.

Lembram-se daquele grupo acessível? Pois é, eu também me lembro.

Disse-o e continuarei a dizê-lo: Nuno será sempre o menos culpado, mas o que é certo é que a montanha-russa que são as exibições e resultados portistas têm de ser contrariadas, bem como os erros que se vêem sempre assistindo jogo após jogo. 

NES terá de mostrar que sabe mais que isto.

sábado, 24 de setembro de 2016

Obrigação Cumprida no Derby da Invicta

Deu para assustar, mas o FC Porto reagiu e derrotou o rival Boavista por três bolas a uma.

Depois dos dois últimos jogos deixarem a desejar e com o estado de graça de NES e da equipa em risco perante novo deslize, era da obrigação dos azuis e brancos vencer o jogo perante o rival da mesma cidade e o FC Porto fê-lo. O mais importante.

Com novas mexidas no 11, Boly passou para o banco e Adrián surpreendeu a titular.
Do primeiro tempo, destaca-se a positiva reação ao golo sofrido pelos portistas. Se o golo logo ao início fez tremer, a reação foi contundente e o jogo passou a fazer-se no meio campo adversário. Com o rival da Boavista incapaz de esboçar uma reação, chegamos naturalmente ao empate por intermédio de André Silva.
Com os axadrezados encostados lá atrás a posse de bola do FC Porto cifrava-se nos 85% à meia hora de jogo, e o golo da reviravolta espreitava. Acabou por chegar perto do intervalo e, novamente, pelo miúdo André Silva. Depois de 5 jogos sem molhar a sopa, tirou barriga de misérias da melhor forma possível.

Ao intervalo o domínio era inegável, destacava-se André Silva pelos golos, Otávio pelo envolvimento em ambos e por um Danilo a preencher o meio campo dos dragões com uma eficácia de passe de 96%, nove duelos e ainda uma percentagem de duelos aéreos ganhos de 100%.

No segundo tempo o FC Porto desacelerou, controlou mas tardava a resolver o jogo e a rematar à baliza. Com uma segunda parte sem grande história o KFC saiu do centro comercial e só parou na baliza do Boavista, com o guarda-redes das panteras a brindar com um frango que trouxe a tranquilidade ao resultado.

Terminava um jogo com duas partes bem distintas: a 1ª de grande intensidade e procura pela baliza. A 2ª muito mais parada e sonolenta.

O resultado não oferece discussão, mas o FC Porto de NES continua a cometer falhas que prejudicam a qualidade e eficácia do seu futebol.

A equipa mostra-se muito dependente daquilo que oferecem os seus laterais, na profundidade do seu jogo e na construção ofensiva. O baixo rendimento coincide com a maior contenção de Alex Telles e Layún, não podendo uma equipa como a nossa mostrar tanta dependência do jogo de dois defesas e o que pode custar as incursões ofensivas destes.

O FC Porto vê o seu jogo ser anulado muitas vezes, fruto dos muitos metros de distância entre o seu meio-campo e os homens mais adiantados, acabando por ter de recorrer a ações individuais ou em passes longos para a corrida normalmente de André Silva que descaía tanto para a esquerda como para a direita.
Este futebol desapoiado não só desgastava o nosso jogador mais avançado, como o retirava das zonas de finalização (onde deve estar), acabando por ter de insistir demasiadas vezes no um para um com o adversário.
Bastou um dos elementos do setor intermédio soltar-se para dar apoio aos 3 da frente e a velocidade de jogo aumentava facilmente.
Os constantes lançamentos longos não só são grande parte das vezes inconsequentes como prejudicam a qualidade de jogo da equipa.

Destaques

André Silva - Com dois golos no jogo não faria outro sentido não cá estar. Foi combativo como sempre, mas tem de largar mais a bola quando tem oportunidade para tal.

Otávio - Cada vez mais uma certeza. O desequilibrador mais competente da equipa, arrancava, driblava e ganhou faltas. Participou em 2 dos 3 golos e deu o que podia.

Danilo - As estatísticas não enganam: nove acções defensivas, 13 recuperações de bola e uma percentagem de duelos aéreos ganhos de 100%. Quando assim é não há muito a dizer.

Adrián - Ainda tem muito que correr para que não lhe olhem de lado nas bancadas, mas fez dos melhores jogos de dragão ao peito. Sem ser exuberante estava onde tinha de estar, lutou e ofereceu fluidez no melhor período da equipa.

Leicester são os senhores que se seguem. Aquele pela qual todos nós nos vimos a torcer na época passada é, agora, nosso adversário. Inglaterra não é de boas memórias, mas depois da estreia cinzenta em casa, uma
resposta tem de ser dada.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O que Esperar?


No último post, o Fábio falou em "Fantasmas de Um Passado Recente". É um facto, as últimas exibições do FC Porto despertaram assombrações que ainda estavam bem presentes na memória dos portistas.

Bem sei que é arriscado, mas dobrada a 5ª jornada e com um total de 8 jogos realizados, perguntar: o que podemos esperar deste FC Porto de NES?

Com a certeza de que havia ainda muito trabalho pela frente, os primeiros jogos de Nuno ficaram marcados pela convicção de algumas boas ideias já assimiladas pela equipa, notavam-se melhorias de jogo para jogo, e se muitos concordaríamos que o plantel era curto, partilhávamos também da mesma opinião de que havia material capaz de ser potenciado e que ajudaria muito nos objetivos da equipa.

Certo é que o jogo com o Sporting trouxe o primeiro amargo de boca, muito pelas contingências que ditaram o resultado final, mas também pela reação da equipa ao ver-se a perder. O jogo com o Vitória trouxe um novo alento, mas os dois jogos seguintes encarregaram-se de arrefecer as expectativas em torno do treinador e jogadores.

A discrepância exibicional assustou o mais otimista dos adeptos, principalmente por vermos a equipa regredir numa altura em que o crescimento devia ser a palavra de ordem nesta fase da época. Também faço parte dos que se questionam como é capaz este Porto de fazer bons jogos e de forma inesperada cair em exibições amorfas e pobres. Copenhaga e Tondela mostraram-nos aquilo que, definitivamente, não queremos e que tem de rapidamente ser invertido.

Nuno, será sempre o menos culpado. Não tem culpa do plantel curto que lhe deram para as mãos, nem dos erros básicos que se cometeram na época em que tudo está em jogo, mas é o treinador e a qualidade do futebol da equipa é da sua responsabilidade. O discurso trazido pelo ex-guarda redes é bonito e capaz de cativar qualquer adepto, mas se a equipa não corresponder não há oratória que lhe valha, acabando por cair numa comunicação estéril e sem resultados práticos.

O SOMOS PORTO já não colhe, principalmente porque esse chavão foi tão usado que agora já está gasto, é preciso mais e Nuno sabe-o.
O treinador goza ainda de aura que ser um ex-atleta da casa oferece, mas o próximo jogo contra o rival Boavista tem de por termo às exibições que marcaram os dois últimos jogos dos azuis e brancos, a impaciência das hostes pode passar a marcar o caminho a pisar pelo FC Porto 2016/17, o que não interessa a ninguém, até porque isso nunca ajudou.

Tem a palavra treinador e plantel para mostrarem que podemos esperar um Porto de luta, capaz de fazer das fragilidades a sua força, e que estes dois jogos foram um pequeno contra-ciclo rapidamente ultrapassado. Que sejam os caçadores de fantasmas e não tornem isto uma casa assombrada.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Fantasmas de Um Passado Recente

No rescaldo do empate na champions, frente ao COPENHAGA, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO não fez melhor em Tondela. Não jogamos bem, há motivos para preocupação e, pior, vi em Tondela um regresso a um passado recente. “Devíamos ter ganho”, disse NUNO ESPÍRITO SANTO à flash interview e eu não podia estar mais de acordo. Além disso, é “preocupante” a ausência de soluções para se chegar ao golo e, também aí, dou razão ao nosso técnico. Mas, afinal, por que não ganhamos e o porquê da falta de soluções? O técnico sabe-o. E começo pela gestão. Ivan MARCANO passou do onze para a bancada enquanto yacine BRAHIMI passou da bancada para o onze. Estranho numa equipa que deveria ter princípios definidos mas, mais estranho, diría, foi a ausência, não de um, não de dois, mas de três jogadores titulares no meio campo no jogo de quarta-feira: DANILO pereira, héctor HERRERA e ÓLIVER torres. E se, quanto a mim, willi BOLY e o argelino, nas suas posições e apesar da notória falta de ritmo e de rotinas, foram cumprindo, já RÚBEN NEVES e ANDRÉ ANDRÉ foram curtos perante um meio campo (a três) da equipa do Tondela e nunca conseguiram ser o elo com o ataque que a equipa precisava. Assim sendo, o peso das alterações caíram em cima de OTÁVIO, que foi o único elo de ligação com a zona de finalização e dos avançados, que acabaram por ter mais contactos com os adversários do que propriamente com a bola. ÓLIVER ainda mexeu com o jogo, mas acabou por ser curto numa fase em que o FC PORTO procurava o golo.

Depois, a posse de bola vs eficácia. Não podemos dizer que não tivemos bola, pois 78%, é um amasso. Mas também é verdade que só rematamos duas vezes à baliza frente a uma equipa que ainda não ganhou e fizemo-lo nos últimos 10 minutos. E é, de facto, muito pouco. BRAHIMI e OTÁVIO jogaram longe da área e estavam sempre bem marcados, às vezes até em exagero. ALEX TELES e miguel LAYÚN ainda foram participando na construção de jogo, mas as “setas” da equipa de PETIT estavam nas alas e as preocupações eram mais defensivas, embora o mexicano ainda arriscasse alguns cruzamentos. E na frente, bem, na frente, ANDRÉ SILVA e laurent DEPOITRE jogaram ambos como “segundo avançado”, aparecendo raramente em simultâneo na área e privilegiando a solicitação dos companheiros no tal jogo de posse.
Por fim, a finalização. Como escrevi acima, o FC PORTO fez dois remates à baliza em três ocasiões de golo. Como disse NES, o FC PORTO fez o suficiente para ganhar. Para se poder finalizar há que criar condições para tal e há que ter quem faça do golo uma forma de vida. E o FC PORTO não tem. ANDRÉ SILVA ainda não é o ponta de lança que o nosso clube precisa. Corre, luta, e de facto não é um mau jogador, mas tem que crescer. E se no remate para a defesa de CLÁUDIO RAMOS, ainda lhe dou um “desconto”, o lance com ÁDRIAN lópez ao lado é para NES dar, literalmente, murros no banco. Quanto a laurent DEPOITRE, ainda não sei o que vale este belga. É um jogador de luta e realmente ganhou bastantes duelos durante o jogo mas, ao quarto ou quinto jogo, continua praticamente sem rematar à baliza. O que os adeptos do FC PORTO viram NUNO também viu. E por isso esperamos ansiosamente o próximo jogo. O jogo de ontem, com a gestão efetuada e com mais posse do que produção ofensiva, seja um caso sem exemplo. Ontem vi um FC PORTO de um passado recente e que resultou naquilo que toda a gente sabe. Que os jogos em que somos obrigados a ganhar, conquistemos os três pontos, e que, com posse ou num futebol mais direto, as soluções que tanto preocupam NUNO sejam encontradas. Para o bem de todos. Destaques IN BOLY-FELIPE - Iker CASILLAS evitou males maiores numa grande defesa, mas num dos raros erros da defesa portista, em que os centrais estiveram bem, jogando juntos pela primeira vez. O ex SC BRAGA cumpriu e FELIPE é cada vez mais uma certeza. 
Agitador de águas paradas

ÓLIVER - Mexeu com o jogo. O FC PORTO foi efetivamente mais perigoso e certamente deixou NES arrependido de o ter colocado no banco.BRAHIMI - Não fez um jogo enorme, mas a titularidade mostra que o argelino tem trabalhado para merecer a confiança do técnico. OUT
ANDRÉ SILVA - Trabalhou e correu mas... nem sempre bem. Teve ainda duas vezes o golo nos pés e a possibilidade de mudar o rumo do jogo DEPOITRE - Ainda não foi desta que convenceu. Deixa ainda a incerteza quanto ao seu valor mas, ontem, podia ter feito mais. NUNO ESPÍRITO SANTO - Há erros que devem servir de exemplo e hoje houve vários. Esperamos uma reação.

por, Fábio Daniel Ferreira
Muralha Azul

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Nórdicos Congelam Chama do Dragão

Esperem lá, mas então isto não era para ser fácil?

Pois é, à partida para o arranque da Champions era com grande otimismo que se encarava este grupo, e a bem da verdade, o que é facto é que havia motivos para se olhar assim para o que a sorte ditou ao FC Porto. Não vale a pena falar-se que o grupo não era tão fácil como o pintaram e que esta é a prova disso.
Não, o grupo é mesmo manifestamente acessível, e uma entrada com o pé direito era o que se exigia, não só pelo adversário como pelo "fator casa". Mas atenção, foi apenas o primeiro jogo.

Fintar o gelo
O que é certo é que o FC Porto e nós, adeptos, esbarramos de frente contra um muro de gelo made in Dinamarca, e o choque térmico foi tal que ainda estamos meios dormentes com o resultado e, principalmente, com a exibição.

NES assumiu-o e aí somos todos unânimes: "não era este o FC Porto que esperávamos e que já vínhamos sendo habituados".
É verdade, se depois de um aviso dos Dinamarqueses os portistas responderam com um golo aos 13', nunca pareceu que o jogo se viesse a facilitar. Assistia-se a uma partida dividida onde o destaque ia para os vários cruzamentos que o laterais de FC Porto e Copenhaga iam lançando para a área.

Sem grande história chegava o intervalo com a equipa da casa a vencer, mas os números mostravam precisamente as dificuldades e o jogo pobre a que se ia assistindo: as duas equipas apresentavam o mesmo número de remates (um enquadrado para cada lado) e uma posse de bola semelhante (52% - 48%), com o FC Porto a mostrar grandes dificuldades para encontrar espaços na defesa adversária.

Na segunda parte entramos praticamente com o golo do empate e, fazendo jus às origens do adversário, com a defesa a patinar muito.

Se com o jogo empatado o FC Porto estaria obrigado a reagir, o que é certo é que pouco mudou na dinâmica da equipa e até aos 75'  contavam-se 2 remates e desenquadrados com a baliza.

Antes já havia entrado Brahimi e Depoitre  mas até ao final do encontro pouco ou nada mudou.

Destaques

Por norma, são aspetos positivos que fazem parte dos destaques, mas hoje é mais importante falar do que correu menos bem.

  • O FC Porto demonstrou dificuldades que ainda não se tinham visto tanto assim, desde a troca de treinador. Dificuldades em criar perigo evidente contra uma equipa mais recolhida e em busca do pontinho.
  • Faltou alguém capaz de abanar com o jogo e abrir espaços, se bem que saúdo a entrada de Brahimi, não mostrou muito, mas o suficiente para percebermos que pode ser o melhor "reforço" da época. Basta querer.
  • Entramos com o pé esquerdo, antes do jogo, este grupo era acessível. Terminada a partida continua a sê-lo. Ontem não correu bem, e a exibição não pode apagar o que de bom se veio fazendo até à data, que sirva para acordar e no próximo jogo não facilitarmos.


Never Give Up!


domingo, 11 de setembro de 2016

Dragão Voa Para o Regresso às Vitórias

Em noite de estreias, o FC Porto venceu o Vitória de Guimarães por 3 bolas a 0 e regressa às vitórias depois do jogo de Alvalade.

Com Luís Gonçalves em estreia no banco, Óliver e Depoitre no 11 inicial e Diogo Jota com a camisola azul e branca, NES estreou também o seu 4-4-2 no campeonato e não podia ter corrido melhor a opção do treinador. O FC Porto venceu, com uma exibição convincente e podia ter marcado mais.

Após a paragem para as seleções e depois da derrota no jogo de andeb...futebol com o Sporting era obrigatório vencer, ainda para mais depois das vitórias dos nossos mais diretos adversários.

Perante um Vitória bem orientado assistiu-se a um jogo intenso, com ambas as equipas a quererem, acima de tudo, jogar futebol e, quando assim é, sai beneficiado o espetáculo.

O FC Porto criava oportunidades sucessivas, e viu um golo ser-lhe anulado por Jorge Sousa por suposta mão do jovem André Silva. Não foi aos 19' foi aos 38', Marcano aproveita o desvio de Depoitre e empurrou para o fundo das redes. Estava posta a justiça no marcador, com os portistas a irem a vencer para os balneários.
Os 11 do 4-4-2 de NES

Ao intervalo, o FC Porto tinha dominado por completo as incidências, somando seis remates (três deles enquadrados) contra apenas dois dos vimaranenses. A posse de bola também pendia largamente para a equipa da casa (59% contra 41%), registando-se ainda os 65% de duelos ganhos por parte dos comandados por NES.

O segundo tempo não podia pedir melhor começo, Otávio a meias com Óliver ampliaram a vantagem. A partir daqui o jogo tornou-se mais fácil e o FC Porto geriu, foi criando mais oportunidades de forma natural e acabou por chegar ao terceiro, desta vez como uma ajuda do jogador adversário. Fazíamos assim o terceiro do jogo em três remates enquadrados com a baliza adversária.

Terminada a partida, ficou a convincente vitória dos azuis e brancos que tem vindo a melhorar e dando a certeza de que, com um plantel curto ou não, tem matéria-prima da qual pode tirar bons proveitos.

Destaques

Óliver - Aquele jogador que parece que sempre cá jogou, mais efusivo no segundo tempo, o espanhol mostrou algumas das qualidades que o trouxeram de volta ao reino do Dragão. Óliver registou uma eficácia de passe de 91%, juntando ainda 70% de duelos ganhos e um passe para ocasião de golo.

Marcano - Alguém me sabe dizer se a mental coach do Éder está por detrás disto? Não se pode deixar passar em claro as melhorias de Marcano. Boly terá de esperar por uma oportunidade e que o central espanhol assim continue. Para além do golo foi o jogador com mais ações defensivas do FC Porto.

Depoitre - Assistiu Marcano para o primeiro golo e ganhou todos os duelos aéreos que disputou, sendo que se mostrou sempre disponível e competente no processo ofensivo da equipa, quer como jogador mais avançado ou a recuar para ter bola.

Segue-se, agora, a Champions e o adversário é o Copenhaga em novo jogo no Estádio do Dragão.

Perguntas:
Qual o melhor em campo? Que diferenças nota no estilo de jogo portista entre o 4-3-3 e o 4-4-2?