domingo, 27 de novembro de 2016

Demasiados Deslizes

Mais uma de levar as mãos à cabeça.

Começa a ser difícil falar desta equipa e, mais do que isso, tornou-se desgastante para nós adeptos, que defendemos este clube, assistir a um Porto tão macio, tão sem ideias...pequenino.

A análise ao jogo de ontem é a mesma que foi feita em jogos passados. Chaves, Copenhaga e Belém, ou até Tondela e Setúbal têm o mesmo denominador comum. Um FC Porto que se encolhe, que não produz jogo e apresenta um futebol de equipa pequena: falta de critério na construção, inexistência de um futebol em apoio e constante chuto para a frente para explorar uma suposta profundidade que não existe.

É, portanto, fácil de perceber que os comandados de NES colocaram-se numa situação em que qualquer equipa, e sem grande esforço, nos consegue travar.

Uma conjugação de fatores que se prespetivavam estão a dar conta de si e a trilhar os desígnios da equipa azul e branca.
Diogo Jota e Otávio estão em manifesta queda e a equipa tem-se ressentido disso, fruto de um bano de suplentes curto e que não oferece alternativas credíveis. Dá calafrios olhar para o banco que o FC Porto apresentou nos dois últimos jogos.

Sem por em causa a qualidade dos jogadores, é notória a falta de soluções e, acima de tudo, de jogadores com determinadas características capazes de desbloquear situações em que nos temos visto várias vezes esta época.

Brahimi teria lugar no 11 portista, mas tão pouco faz parte dos suplentes e Herrera deixou de contar, ontem saltou também para a bancada. Em sentido inverso regressaram Varela e Evandro às opções, quando até então contavam-se pelos dedos as suas aparições.

Não é de estranhar que até perto dos últimos dez minutos finais do jogo com o Copenhaga, Nuno não tivesse lançado ninguém para tentar inverter a situação, porque é manifesta a incapacidade do banco portista.

Deparados com esta situação, é impossível não trazer à tona as declarações do Presidente Azul e Branco quando deu garantias da "equipa à Porto" que teríamos esta época e que aqui se escreveu no post Mercado de Remendos.
O estado de graça da qual beneficiou NES no início de época que lhe ofereceram os chavões do "Somos Porto", estão esgotados e a tolerância é zero.

A possibilidade de ficarmos a 7 pts da liderança à 11ª primeira jornada é dramático e mais dramático é não vermos o fim desta desorientação.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Isto Era Para Ser Fácil Mas...

Lembram-se daquele grupo fácil sorteado em Agosto?

Se me dissessem no final daquele sorteio que, por esta altura, estaríamos obrigados a vencer o último jogo caso o Copenhaga vencesse o seu, ficaria muito surpreendido. O que é certo é que, por incrível que pareça, nos colocamos nesta situação.
Depois de uma eliminatória frente à AS Roma que nos encheu as medidas seria impensável à última jornada não estarmos mais que apurados. Não estamos, jogamos pouco e os jogos do FC Porto nesta fase de grupos parecem ter apenas 45 min.

Uma vez mais, os comandados de NES, brindaram os adeptos que viajaram até Copenhaga com um primeiro tempo à imagem do que vem mostrando: pobre.

Posso sempre ver o aspeto positivo, este FC Porto tem-nos poupado o trabalho nas análises. As suas primeiras-partes são fáceis e rápidas de caracterizar: amorfas, sem ideias, lentas. A jogar pouco os azuis e brancos não conseguiam mostrar competência para chegar à vantagem.
A insistência na bola longa em detrimento do futebol apoiado explicam a dificuldade em chegar à baliza adversária com gente e, acima de tudo, com critério.
Não foi isso que aconteceu e durante muito tempo o "chuto para a frente" era o melhor que o FC Porto fazia e, claro está, as oportunidades escasseavam.

Finda a primeira parte, aguardávamos por uma segunda bem melhor, e isso aconteceu. Os Portistas acordaram e resolveram partir em busca de um resultado positivo. Se nos primeiros 45 min, deram folga ao Gr da equipa Dinamarquesa, nos segundos foi diferente. Sob a batuta de Otávio os portistas procuravam chegar à vantagem. Contudo, a indefinição lá na frente penalizava o futebol produzido pela equipa que não quebrava o gelo dos nórdicos.

O jogo escrevia-se em sentido único e as 14 oportunidades contra 0 do adversário assim o demonstram, mas a baliza à guarda de Olsen continuava inviolável.
O tempo passou e o golo não aconteceu e o FC Porto volta a empatar com o Copenhaga e, não só adia a passagem à próxima fase, como a dificulta.

Não fizemos, ainda, um bom jogo de inicio ao fim nesta champions. Resta esperar que a equipa o faça no mais importante, contra o Leicester, de forma a carimbar a passagem que se complicou demasiado.

Isto era para ser fácil mas...

Destaques:

Otávio - Para além de ter sido o portista com mais toques na bola e passes para ocasião, deu ainda uma ajuda a Danilo. Somou seis desarmes e venceu 75% dos duelos aéreos em que participou, o que, tendo em conta a sua estatura, é meritório.

Felipe - Nem tudo é mau. Se lá na frente o ataque complica a defesa, essa, vai dando muito boa conta de si. Com o brasileiro a comandar as hostes. fez 19 acções defensivas e esteve imperial nas alturas, vencendo 67% de duelos aéreos.

domingo, 20 de novembro de 2016

Capeladas e Calinadas

O jogo do DRAGÃO frente ao SL BENFICA, apesar do resultado, tinha-me aberto o apetite para o que aí vinha. No entanto, a TAÇA DE PORTUGAL já se foi e a decisão da Champions está à porta.
Acima de qualquer incidência na partida de Chaves a obrigação era uma só: seguir em frente na prova rainha do futebol português. E o objetivo não foi cumprido. Fale-se do onze apresentado ou das alterações, fale-se da exibição ou dos penalties não assinalados, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO tinha de passar, ponto. E vamos por partes. NUNO ESPÍRITO SANTO fez três alterações no seu onze habitual. Colocou JOSÉ SÁ na baliza e, mantendo a defesa, acrescentou ANDRÉ ANDRÉ e silvestre VARELA ao meio campo, subtraindo do onze ÓLIVER torres e jesús CORONA. Penso que o nosso técnico com a equipa apresentada não desvalorizou a importância do jogo até porque o CD CHAVES tem sido uma boa surpresa no nosso campeonato. E se ANDRÉ ANDRÉ fez um jogo competente, até mais que nas suas últimas presenças, já VARELA foi igual a si mesmo, uma nulidade que durou uns exagerados 90 minutos.  
Depois, voltamos a ver um FC PORTO muitas vezes visto fora do DRAGÃO. Mais uma vez uma exibição intermitente e apesar do nosso domínio, muito à espera da sorte do jogo, à imagem, por exemplo, do jogo de Setúbal. Defensivamente e com a exceção de uma má saída de JOSÉ SÁ, raramente permitimos ao CHAVES criar perigo, mas também não é menos verdade que não fomos tão pressionantes como devíamos. Ofensivamente, ANDRÉ ANDRÉ e DANILO pereira seguraram o meio campo mas a falta de ligação com os avançados foi notória, quer pela direita (VARELA) quer pela esquerda (OTÁVIO). A partir dos 80', com a entrada de laurent DEPOITRE e com a falta de soluções, o FC PORTO passa a apostar em cruzamentos para a área e bolas mais longas para o gigante belga. Mas se é certo que num ou noutro lance até podíamos ter marcado, também é certo que a maior parte “dessas bolas” raramente chegaram ao destino e em que as entradas de EVANDRO goebel e miguél LAYÚN em nada resultaram. A juntar a uma exibição aquém do esperado, e a algumas “calinadas” que teimam em marcar presença na nossa equipa, que até começam a ser tradição, voltamos a ter o azar do nosso lado. Sinceramente não falo em um, dois, ou três lances para grande penalidade, na primeira, segunda ou terceira substituição cancelada à última hora ou na primeira, segunda e terceira entrada da maca para jogadores em perfeitas condições físicas, porque para isso já D-E-V-I-A-M-O-S estar avisados, falo sim do azar na nomeação desse tal joão CAPELA para um jogo a eliminar, isso sim, algo que nos foge de controlo. Por fim, não dou muito valor às grandes penalidades falhadas porque para mim não foi aí que o FC PORTO foi eliminado (e seria ilibar o técnico pela eliminação) mas sim durante os 120 minutos onde teimamos a ser bons rapazes e mais uma vez fomos comidos, uma tarefa facilitada quando há no banco... um bom rapaz. Terça, a MURALHA AZUL lá estará no TELIA PARKEN, na capital dinamarquesa, com uma certeza e uma dúvida. Quanto ao juiz do encontro é certo que não será o das “capeladas” mas quanto à nossa equipa (e técnico) só espero que não seja a das calinadas. Destaques IN DANILO/JOTA - Resultado ingrato para DANILO e diogo JOTA. Não foi por eles que o FC PORTO está fora da Taça. DEPOITRE - Não para o jogador em si, mas para o que a sua entrada proporcionou. Os espaços na área do CHAVES finalmente apareceram, foram foi mal aproveitados. OUT

VARELA/BRAHIMI - Ver VARELA 90 minutos em campo com o argelino no banco é simplesmente incompreensivel. Mais ainda quando OTÁVIO sai de cena. GOLOS - Faltaram em Tondela, faltaram em Setúbal e faltaram em Chaves. São 300 minutos. Dá que pensar. NUNO - As calinadas são antigas mas, pontos são uma coisa, eliminação de uma prova é outra.


por, Fábio Daniel Ferreira
Muralha Azul.

domingo, 6 de novembro de 2016

Uma Derrota Que Vale 1 Ponto


Num jogo em que durante praticamente uma hora o Dragão reduziu o líder a zero, fica a ideia que o resultado podia, e deveria, ter sido outro. E pior que os dois pontos perdidos e que os 5 de desvantagem, é o facto de, durante meia hora, deixarmos de mandar em nossa casa. Tivesse o resultado sido outro e falaria em humilhação para uma equipa que veio ao DRAGÃO para empatar. Mesmo assim, a exibição encarnada não é demérito próprio mas sim mérito do FUTEBOL CLUBE DO PORTO e do seu treinador. NUNO ESPÍRITO SANTO tirou do 11 héctor HERRERA e deu-lhe criatividade nos pés de jesús CORONA. Outra modificação que existiu foram os posicionamentos alternados de DIOGO JOTA, ÓLIVER torres e OTÁVIO que, agarraram, ofensivamente o meio campo para o nosso lado. Ainda assim, o que tacticamente ficou na retina foi a eficaz pressão da equipa portista no mesmo meio campo e que permitia a maior parte das vezes ganhar espaços na frente. A par disso, a estratégia de NUNO, não só anulou o ponta de lança do SL BENFICA, kostas MITROGLOU, como anulou também os alas franco CERVI e eduardo SALVIO que praticamente não existiram em zonas de perigo. Juntando a essas questões táticas, a mentalidade com que equipa entrou e o empurrão que veio das bancadas, fizeram com que o FC PORTO dominasse o primeiro tempo por completo, e só não chegou ao intervalo em vantagem devido à eficácia do brasileiro EDERSON. Digo mesmo que terão sido os melhores 45 minutos que vi esta época.   O segundo tempo trouxe a mesma ideia na procura do golo, e numa jogada em que a posse de bola a meio campo e a virtuosidade de CORONA no desiquilíbrio se complementaram, deram a possibilidade a DIOGO JOTA de fazer justiça no resultado e colocar o FC PORTO na frente. Com o golo, NUNO baixou um pouco as linhas mas manteve a pressão e, as dificuldades do BENFICA em chegar com perigo à baliza de iker CASILLAS, com a excepção dos pontapés de canto e de um remate de andras SAMARIS, obrigaram RUI VITÓRIA a mexer, lançando andré HORTA para o jogo e colocando-o numa zona mais interior.  
Como foi possível não vencer?
A partir desse momento, os encarnados começam a ter mais bola, e o FC PORTO passa a jogar em transições. E se o técnico encarnado deu à equipa um sinal ofensivo (ainda iria colocar raúl JIMÉNEZ), NUNO dá à sua o sinal contrário. Joga com ANDRÉ SILVA sozinho, e cansado, na frente (JOTA tinha recuado para a ala) e preenche o meio campo com RÚBEN NEVES. É certo que refresca uma zona nuclear do terreno e da-lhe mais músculo mas perde capacidade de levar bola para o meio campo ofensivo. Com a perda do meio campo e com um BENFICA mais perto da área contrária, sem no entanto criar situações de golo, e apostando principalmente nas bolas para a área, na dança de substituições, NUNO coloca miguel LAYÚN no auxilio a alex TELLES, e já perto dos 90' troca ÓLIVER por héctor HERRERA, ironicamente, a substituição que mudou o jogo. Num lance completamente inofensivo, o mexicano permite uma última oportunidade ao BENFICA e, para completar o azar, e azelhice, de HERRERA, a cabeça de LIZANDRO lópez estabelece o empate e um final de jogo ingrato para a exibição dos dragões na partida. Se é certo que a estratégia de NUNO deu para dominar e vulgarizar a equipa que lidera a LIGA NÓS, também é certo que acabou por valer apenas um ponto. E se é verdade que uma “branca” de HERRERA deu naquilo que deu, também não é menos verdade que, no DRAGÃO, não podemos mandar durante uma hora mas sim até ao último apito. Enquanto isso, a equipa que teve que montar o autocarro e que foi controlada do ínicio ao fim acaba por conseguir a sua vitória, fazer a sua festa e, principalmente, manter os seus 5 pontos de distância. Destaques IN

Danilo -  Fundamental para a subida no terrenos dos seus companheiros do meio campo. É o jogador do FC PORTO em melhor forma.
Óliver/Otávio - Por eles passou todo o jogo (ofensivo e defensivo) do FC PORTO. Se esta sociedade se mantiver...

Jota - Não só pelo golo mas, principalmente por estar ali, aparentemente, um jogador “à Porto”. Gostei Estádio do DRAGÃO - Ontem (durante 1 hora) conseguimos ser PORTO. Equipa, cidade e adeptos dentro de um estádio. Que se mantenha. OUT Benfica - Ontem vi o clube de LISBOA como um “tomba gigantes”. Isso diz tudo sobre o jogo que fez. Herrera - Não o crucifico... mas deu golo e não podia. Como já referi foi azarado e azelha, muito azelha.


por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul.

sábado, 5 de novembro de 2016

Escrever Direito Por Linhas Tortas

Décima jornada, FC Porto - Benfica. Aí está o jogo!

Reza a história que a última vez que ambas as equipas se defrontaram à 10ª jornada o jogo terminou em 5-0, de lá para cá muita coisa mudou e "como do passado vivem os museus" apenas nos resta acreditar que isto possa significar um bom presságio.

O clássico, que se estava a encaminhar para chegar na melhor altura, viu-lhe ser dado um autêntico volte-face. Se até há duas semanas a equipa parecia começar a dar boa conta de si, o jogo com o Vitória FC, tal como disse o Fábio no seu último post, teve a capacidade de arrefecer o clássico. Não só pela vantagem pontual que permitiu ao nosso rival ganhar, como a exibição da equipa.

Num jogo em que era importante estar forte e dar confiança para o que aí vinha, acabou empatado.
Como se não bastasse, a partida a meio da semana foi temperada por assobios à exibição sofrida dos azuis e brancos desmoralizando o mais otimista dos adeptos.

Tudo isto para dizer que, que o momento tem tanto de bom como de mau para se jogar o clássico. Coincide com uma quebra da equipa mas é seguramente, em caso de vitória, o melhor para dar a volta e embalar a equipa e adeptos daqui em diante. E é disso que este FC Porto está a precisar: de confiança.
Já o adversário, está como mais gostamos dele, de peito inchado. Querem melhor incentivo que este?

O FC Porto de NES vai-se escrevendo por linhas tortas, com muitos altos e baixos. Ainda não conseguiram pôr em campo todo o seu futebol e, com isso, afirmar-se de uma vez e convencer o público do Dragão sedento de vitórias.

Por mais sinuosas que sejam as linhas, no FC Porto - Benfica terá de se escrever bem a direito. A resposta tem de ser firme, tem de estar presente em cada lance tudo o que aquele jogo significa, temos de comer a relva e deixar o que for preciso lá dentro.
Terminar o jogo e achar que aquilo significa mais para nós do que para os que estão lá dentro, é tudo o que não interessa.

Sem rabiscos confusos e abstratos, mas com atitude e responsabilidade para vestir aquela camisola, o clássico será o melhor quadro para se desenhar o Jogador à Porto.

Venham eles!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

O Fácil Que Se Fez Difícil

Na análise ao jogo na Bélgica contra este mesmo Club Brugges lamentava o facto de, dobrada a primeira volta da fase de grupos, não existir um jogo que podessemos considerar de bom. Feito mais um, a opinião mantém-se.

De lá para cá, manteve-se o nível exibicional e o sofrimento. Se há duas semanas sofremos com um jogo empatado até aos minutos finais ontem, foi pela sensação de um empate iminente também até aos últimos suspiros da partida.

Depois de estar a vencer, o FC Porto colocou-se numa posição tudo menos necessária. Não teve capacidade para resolver o jogo e presenteou os adeptos com uma segunda-parte sofrível e de baixo rendimento que de positivo, apenas teve o teste à sua defesa e guarda-redes. Aqui, não nos podemos queixar! O quarteto defensivo liderado por Felipe e resguardado lá atrás por Casillas, foi dando mostras de boa saúde por sua vez, o seu meio-campo foi deixando de cabelos em pé alguns adeptos mais ansiosos que não se coibiram de assobiar a equipa.

O primeiro-tempo, sem grande exuberância, teve maior pendor para o lado do FC Porto, que merecia a vantagem de 1-0 à entrada para os balneários.
A equipa foi crescendo e criava algumas oportunidades que acabaram com um golo de André Silva. Ao intervalo o FC Porto contabilizava 64% de posse de bola, 80% de passes certos, 23 entradas na área, 11 remates contudo, apenas dois na direção da baliza.

A segunda-parte exigia continuação no crescendo da equipa, matar o jogo e controlar até final, mas não foi isso que aconteceu e os portistas ofereceram ao modesto Brugges a esperança de levar da Invicta outro resultado que não a derrota.
Do meio-campo apenas se destacava o gigante Danilo Pereira, daí para a frente a desorganização, reação lenta, e pouca pressão imperavam o que obrigou NES a mexer.

O crescimento dos belgas foi de tal forma que o FC Porto apenas esboçava reação através de contra-ataques rápidos.
Em resumo, uma segunda-parte pequenina à imagem do comportamento da equipa, que parecia não dar para mais.

NES falou da falta de eficácia, tivesse sido apenas esse o problema e estaríamos bem.
O mau jogo portista (essencialmente na segunda-parte) deveu-se sobretudo à sua zona intermédia. Quer Herrera, Otávio ou Óliver não estavam em "noite sim" e a equipa padeceu disso mesmo, com tão pouca entrega e velocidade era difícil tomar o controlo do jogo.

Uma verdadeira Muralha
Destaques

Danilo - Mais uma exibição exemplar do médio português, no meio de tão pouco vigor o médio teve de sobra para os restantes companheiros. Fez 44 passes, acertou 91% deles, ganhou 17 dos 21 duelos que disputou, nove de dez aéreos, e ainda fez oito alívios e recuperou oito vezes a bola.

Felipe - Se há melhorias no setor defensivo, muito se tem devido a Felipe. Imponente e mandão, liderou a defesa quando o resto da equipa os entregou aos Belgas. No total realizou 16 acções defensivas, entre elas nove alívios.

Pré-clássico - O jogo de ontem serviu para ver tudo aquilo que não interesse para o jogo do próximo fim-de-semana contra o rival Benfica. No final do jogo Oliver falou em "deixar tudo em campo"
no próximo jogo, e é isso mesmo que se  exige, caso contrário e não sairá do Dragão um resultado que sirva os nossos interesses.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Os Donos da Moral

Os últimos dias após o jogo entre Vitória FC e FC Porto têm sido ricos em moralismos que comovem qualquer um.

Os erros de arbitragem contra a equipa portista tiveram sábado novo capítulo, e o descontentamento portista parece estar a incomodar aqueles que, agora, se fazem passar pelos donos da moral. O FC Porto não tem razão, está a por em causa a arbitragem, está a desviar as atenções e o mais prejudicado é, pasme-se, o clube da Luz.

O risível da questão, é que estes são os mesmos que puseram tudo em causa logo no início do campeonato após o empate também contra este Vitória FC. Presidente, comentadores e demais, alçados em alguns meios de comunicação social começaram logo a gritar a altos berros. Foi um escândalo, "Não queremos mais aqui este tipo"disse Vieira ao vice-presidente do Conselho da Arbitragem da FPF. Tal como também já havia vetado o árbitro Pedro Proença, antes de se tornar Presidente da Liga.

Se houve verdadeiras campanhas contra a arbitragem em Portugal, essas, foram levadas a cabo pelos Donos da Moral que agora se ofendem com as queixas aos erros sucessivos sempre em consequência dos mesmos. Mas a falta de coerência permite-lhes tudo isso.

Quem apelou aos seus adeptos para se abster de apoiar o clube quando ele não jogasse em casa, que pediu para suspender negociações de contratos televisivos, não foi o FC Porto. Nem foi o FC Porto que apelidou um Secretário de Estado do Desporto de "Persona Non Grata" para o clube, tudo por causa de erros de arbitragem.

A falta de vergonha ainda permite que agora se peça a defesa dos árbitros, mesmo depois de também os acusarem de oferecer títulos à equipa Portista.

Mas já sabemos, o FC Porto nunca terá razão, será sempre o mau da fita, a fazer muito ou pouco barulho seremos sempre um alvo a abater.