domingo, 31 de dezembro de 2017

Fechar o Ano a Vencer

Depois de muitos anos desligado desta competição, o FC Porto parece, pela primeira vez, verdadeiramente interessado em vencer a Taça da Liga e, como tal, aplicou uma derrota à equipa de Paços de Ferreira seguindo em frente para a final-four da Taça CTT onde encontraremos o Sporting CP. 

Tendo em conta o resultado de 3-2 a favor do Rio Ave frente ao Leixões, não era obrigatório vencer para os azuis e brancos seguirem em frente mas, como é bom manter os hábitos, os Dragões derrotaram os castores numa exibição de duas faces mas que não deixou de premiar a melhor equipa e aquela que mais fez por vencer. 

Com uma entrada avassaladora, o FC Porto cedo se viu na frente. Primeiro com um golo de Reyes aos 17' e, 4 min depois, por Brahimi. A ver-se a vencer com tanta rapidez, a equipa de Sérgio Conceição fez o que não se deve fazer: os portistas baixaram a guarda, tiraram o pé do acelerador, abusando do facilitismo. A equipa da casa aproveitou e conseguiu empatar a partida antes do intervalo, beneficiando de erros da equipa portista.

Regressados das cabines, o treinador portista percebeu o abanão que era necessário dar à equipa, como tal, lançou a jogo Aboubakar e Corona. O efeito não podia ter sido melhor, o mexicano cruza e o camaronês mete-a lá dentro, recolocando o FC Porto de novo na frente do marcador.

Até final nada mudou no marcador, assistiu-se a várias oportunidades desperdiçadas e a uma burrice de Herrera que, desnecessariamente, lá arranjou forma de ir tomar banho mais cedo. 

O FC Porto acabaria, assim, por vencer a partida, fechando o ano da melhor forma possível, com uma vitória.

Destaques:

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ENTRADA EM JOGO - Com uma entrada letal, o FC Porto iniciou com toda a força o encontro, chegando rapidamente à vantagem com dois golos de diferença. Pena que tal, tenha permite um relaxamento da equipa. O FC Porto sempre na busca do golo, sempre insatisfeito, é uma das imagens de marca deste coletivo, e os minutos iniciais do desafio de ontem seguiram essa linha, contagiantes e elétricos. Fica a sensação que esse FC Porto é extremamente difícil de parar.

ABOUBAKAR - Mais do que o golo que acabaria por dar a vitória à equipa, esta menção serve para destacar aquela que é já a melhor época de sempre do camaronês fechou o ano da melhor forma, que o próximo siga pelos mesmos trilhos. 

OUT

DESLIGAR A MÁQUINA - É certo que é impossível manter uma equipa ligada à corrente durante 90 minutos, da forma como o FC Porto esteve até ao 2-0, mas não se pode baixar a toada da forma que o fizemos. A vencer por 2, era importante baixar o ritmo, até porque não interessava estar a causar desgaste quando tudo estava perfeitamente encaminhado, mas não é preciso abusar. Mudou-se o chip a tempo e vencemos, o mais importante. 

HERRERA - Totalmente desnecessária a atitude do mexicano. É claro que, da parte contrária, não faltou o teatrinho mas não era preciso.

Ficam as últimas linhas deste post para desejar a todos um excelente 2018 recheado de conquistas pessoais, coroado, claro está, com um mês de Maio festivo nos Aliados. Que 2018 seja, definitivamente, o nosso ano.

domingo, 24 de dezembro de 2017

Feliz Natal!

A todos aqueles que seguem este espaço das mais diversas formas, a Muralha Azul deseja um ótimo Natal recheado dos melhores sentimentos.

Que este quadra seja passada junto daqueles que vos são mais queridos e que a mesa esteja cheia de harmonia, riso, muita paz e saúde e que, acima de tudo, se prolonguem no ano que se aproxima.

São os mais sinceros votos da Muralha Azul.

Feliz Natal! 





quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Para O Ano Há Mais

Último jogo para o campeonato no ano civil de 2017, FC Porto e Marítimo defrontaram-se e só a vitória interessava para que os portistas retomassem o topo da tabela classificativa e fechassem o ano no primeiro lugar. São muitos os meses até ao término do campeonato, muita coisa estará por acontecer, mas era importante dobrar o ano no topo da classificação, ainda para mais com o derby da segunda circular tão perto. O objetivo foi cumprido, os dragões venceram, convenceram, são o melhor ataque e a melhor defesa, e Sérgio Conceição a figura de destaque nesta equipa.

Bem orientado, esperava um Marítimo capaz de causar dificuldades ao FC Porto, mas o que é certo é que, para além da oportunidade convertida em golo por parte dos insulares, pouco há a destacar da equipa visitante.

Desde o primeiro momento que se assistiu a um FC Porto dominador, completamente instalado no meio campo adversário e com um controlo total do jogo que merece destaque. Sérgio Conceição tem-nos habituado a uma equipa vertiginosa, de ataque constante, incursões pelas alas, aproveitamento dos contra-ataques, muita velocidade. Porém, na passada segunda-feira, foi possível ver uma equipa mais pausada, a circular a bola por todo o terreno de jogo, à procura de espaços. Acima de tudo, mais do que a correria habitual dos nossos jogadores, era a bola quem corria por todo o campo, com os comandados de Sérgio Conceição a demonstrarem uma segurança e um critério com o esférico que me agradou bastante. Ora, não era pois de admirar que, aos 71 min, os dragões registassem 82% de posse de bola e praticamente toda ela no meio-campo adversário, estando mesmo os centrais, em muito do tempo, na zona do grande circulo.

O FC Porto marcou primeiro, justificando o domínio desde o apito inicial, na única grande oportunidade os visitantes lá empataram, mas os portistas continuaram a toada contra 11 e, depois, contra 10. A rasar os 45' adiantamo-nos no marcador e voltamos a furar a muralha vinda da Madeira que parecia não ter outro interesse do que se fechar bem lá atrás, mesmo quando ainda jogava com 11 jogadores. No segundo tempo, embora com o jogo totalmente dominado, faltava o 3º, não fosse numa bola parada o destino pregar-nos uma partida, e assim aconteceu. Depois de fazer o 2-1, Marega bisava e ampliava a vantagem. 

O jogo chegava ao fim com um resultado justo e números esclarecedores acerca do domínio azul e branco: 21 remates (contra 5), 53 bolas na área adversária (contra 4), 73% de posse de bola e uma eficácia de passe na ordem dos 87%.

Estamos em primeiro, é hora de aproveitar a reabertura do mercado e retocar o plantel em posições chave, principalmente para a posição de extremo, e dar continuidade ao que tão bem tem sido feito.

Destaques:

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MAREGA - 2 golos do maliano que lhe permitiram igualar Aboubakar no topo dos melhores  marcadores do plantel. Aquele que era um patinho feito, está-se a tornar num verdadeiro cisne na equipa do FC Porto. Ao "bis", Marega juntou cinco remates (três deles enquadrados), tentou ainda nove vezes o drible, com sucesso em quatro, e fez um passe para finalização.

REYES - Só os mais conservadores podem sentir, ainda, saudades de Felipe. O brasileiro não estava a render o esperado e Sérgio deu-lhe o lugar que merecia, o de suplente. Em contra partida, permitiu aquela que vem sendo a ascensão de Diego Reyes, ele que foi considerado dos melhores centrais a atuar na liga espanhola nos dois anos em que esteve por lá. Ótimo com bola nos pés, com grande leitura do jogo, e pouca necessidade de recorrer à falta, o mexicano esteve quase irrepreensível. À boa exibição somou um golo pleno de oportunidade. Espero que não esteja em final de contrato por muito tempo.

OUT

DANIEL SILVA - Depois de Moreno para a taça se ter vindo queixar do lance do penalti, o treinador maritimista resolveu, também ele, questionar a expulsão de Gamboa. Não há muito a dizer, o lance é claro, se o treinador quer fazer um papel ridículo, o problema é dele.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Terceiro Jogo a Golear

FC Porto e Vitória SC defrontaram-se em jogo a contar para a Taça de Portugal, competição que os azuis e brancos já não vencem desde 2011. A partida terminou com nova goleada, a terceira em duas semanas para a equipa portista. Saldo extremamente positivo e esclarecedor do momento que vivem os comandados de Sérgio Conceição: 3 jogos, 14 golos marcados, 2 sofridos e duas passagens à fase seguinte de uma competição.

Quinta foram 4 e, desta vez, até nem foi preciso correr muito para dominar, marcar e não oferecer ao adversário grandes oportunidades de resposta. Era sem grande pressa de fazer golo que o FC Porto jogava, em alguns momentos mesmo a ritmo baixo, isto porque, não se pode impor um ritmo frenético, com "vai-vens" constantes em todos os jogos. Ganhar e dominar, gerindo o esforço era o mais importante, e foi mesmo isso que fez a equipa, não deixando de fazer um jogo agradável, que melhorou substancialmente após o segundo golo.

Com um 11 com muito poucas alterações face àquele que havia defrontado o outro Vitória para o campeonato, Sérgio Conceição mostrava bem o que queria. Depois de alcançado um resultado tranquilo, o treinador foi refrescando a equipa, emergindo um André goleador e um Oliver que andava desaparecido em combate. Aliás, o desaparecimento de Oliver Torres é a questão que mais me atormenta neste FC Porto, não tendo ainda conseguido perceber muito bem como tem andado o espanhol tão longe da equipa.

Quem desapareceu do 11 e não me tem deixado saudades é Felipe. Até parece que Sérgio Conceição leu aquela minha posta de pescada no facebook, aquando da expulsão do brasileiro frente ao Mónaco. 

Segundo jogo de Reyes a titular e, embora dois jogos não sejam uma quantidade credível para se elevar a qualidade de um jogador (pese embora as duas épocas de empréstimo em Espanha, sim), certo é que  o mexicano se tem apresentado em grande nível.  Não sei se será para continuar no 11 e, desta forma, assistirmos a um Casillas - José Sá versão centrais. Se assim for, estou plenamente convicto que Reyes dará muito bem conta do recado, caso contrário, espero que tenha servido para Felipe refrescar as ideias e perceber que ao mínimo deslize volta para aquecer o banco. Sim, porque acredito que a saída de Felipe do 11 se deve ao acumular de erros disciplinares e defensivos. A voltar, que seja o central da época passada. 

Depois de 3 jogos a golear segue-se a receção ao Marítimo antes da pausa do campeonato. Um adversário que, tradicionalmente, nos causa sempre algumas dificuldades.Não peço nova goleada, até porque já todos sabemos aquela frase gasta, mas verdadeira, que "não se pode golear sempre", mas que vençamos por forma a dobrar o ano em primeiro na tabela.

Destaques:

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DANILO - Jogaço do médio defensivo portista. Consistente a defender e muito interventivo no ataque. Depois de duas bolas nos ferros, o merecido golo chegou. Fez o 2-0 que viria a retirar qualquer duvida sobre o desfecho final do encontro. Um verdadeiro pilar deste FC Porto.

HERRERA - Depois de exibições inconstantes e de ódios na bancada, o mexicano atravessa, por esta altura, o seu melhor momento de forma. Herrera corre que se farta, algo que já era seu apanágio desde os primeiros tempos de azul e branco, mas ao pulmão infinito, tem-lhe juntado mais intensidade e, acima de tudo, capacidade de decisão. Quer a defender ou a atacar, o mexicano é o verdadeiro "médio área à área".

OUT

MORENO - Epah oh Moreno, mas que grande oportunidade para estares calado. Depois do Vitória não ter causado problemas ao FC Porto e perder por 4-0 (!!), o central vimaranense teve a coragem de se queixar de um penalti que...era penalti. É caso para dizer: joguem à bola.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

De Mão Cheia

Depois de na passada quarta-feira o FUTEBOL CLUBE DO PORTO ter aplicado “chapa 5” ao campeão francês, AS MÓNACO, desta vez, a vítima da façanha foi o VITÓRIA FC. Num jogo de sentido único, no BONFIM, os azuis e brancos voltam ao topo da tabela.

Como referi, o FC PORTO vinha de uma “gorda” vitória para a LIGA DOS CAMPEÕES, a meio da semana, vitória essa, que garantiu, independentemente de terceiros, a passagem aos oitavos de final da prova milionária. Por outro lado, os sadinos vinham de 5 derrotas consecutivas e a tarefa de inverter esse ciclo negativo frente ao dragões seria no mínimo heroica.

MAXI pereira e diego REYES foram as principais novidades no onze do FC PORTO, que contou com RICARDO pereira mais adiantado no terreno, pelo lado direito, com o meio campo entregue a DANILO pereira e héctor HERRERA e na frente com moussa MAREGA ao lado de vincent ABOUBAKAR, estes dois aliás, que seriam duas das grandes figuras do encontro.

A partida, marcada também pela intensa chuva e forte vento que se abateram sobre Setúbal, até começou com o veterano EDINHO a assustar JOSÉ SÁ, mas o lance não passaria disso mesmo, um susto, pois a equipa de CONCEIÇÃO passou a tomar conta da partida e com várias individualidades em destaque. ABOUBAKAR, que chegou nesta partida à sua melhor época de sempre, e HERRERA, que ostentou mais uma vez a braçadeira de capitão, foram as principais ameaças portistas na primeira meia hora. Com o aviso dado, e já depois de CRISTIANO ter evitado o canto direto de alex TELLES, é o próprio italo-brasileiro que, na cobrança de novo canto, coloca a bola na cabeça do camaronês para o primeiro golo do jogo. Um golo reclamado pelos sadinos e que originou a expulsão de josé COUCEIRO.

Com a vantagem, o FC PORTO passou a gerir a partida de uma forma mais racional, perante um VITÓRIA com poucas ideias e um jogo onde a pressão pela liderança estava em causa, acabou por ficar resolvido no primeiro tempo. Aos 40 minutos, numa jogada de insistência, e após tentativas de ABOUBAKAR e MAXI, é MAREGA que acaba por fazer o segundo do FC PORTO. E se para a equipa do Sado já era difícil uma reação, pior ficou quando, sob o intervalo, o camaronês dos portistas transformou uma grande penalidade (com o apoio do VAR) no 0-3.

A partir daí, quatro dias depois de o jogo com os monegascos e, quatro dias antes do embate do DRAGÃO frente a VITÓRIA SC, para a TAÇA DE PORTUGAL, a gestão foi a palavra de ordem na segunda parte. Ao intervalo, jesús CORONA rendeu yacine BRAHIMI (mais uma bela exibição) e foi já com ANDRÉ ANDRÉ no lugar de RICARDO que o FC PORTO chegou ao quarto golo numa sociedade africana. MAREGA construiu pela direita e ABOUBAKAR completou o hat-trick. A mão cheia, com os mesmos protagonistas chegou já perto do fim, com o camaronês a isolar MAREGA que, na cara de CRISTIANO e com muita classe, fechou a contagem de mais uma mão cheia de golos.

Com a pressão colocada pela vitória do SPORTING CP, no BESSA, a equipa de CONCEIÇÃO respondeu assim da melhor maneira voltando a assumir a liderança, embora que repartida, da LIGA NOS. O FC PORTO contrariou ainda alguns “feelings” numa semana que pode ainda terminar com mais uma passagem numa eliminatória de TAÇA DE PORTUGAL. Quinta-feira é dia de mais uma vez o mar azul estar presente e que o nome VITÓRIA, seja um bom pronúncio.

DESTAQUES

IN

MAREGA/ABOUBAKAR - É com avançados assim que se fazem campeões. Força, golos e qualidade. Muita qualidade.

HERRERA - Outro jogador outrora bastante questionado (ainda o é em menos escala) mas que se tem mostrado fundamental. E foi-o mais uma vez, quer a atacar, quer a defender.

FINALIZAÇÃO - Depois do nulo no clássico, 10 golos em dois jogos. Esperemos pelo próximo.

OUT

JOSÉ COUCEIRO - O VITÓRIA mostrou o porquê da sexta derrota consecutiva e da classificação que ocupa. Completa ausência de ideias.

CICLO - Apesar da gestão no segundo tempo, mais um jogo na quinta-feira, e a eliminar. Esperamos um “Porto” na máxima força.

por Fábio Daniel Ferreira

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Sentido Único Rumo aos Oitavos

Entrada para a última e decisiva jornada da fase de grupos da Champions, ao FC Porto bastava-lhe igualar o resultado do Leipzig para seguir em frente na competição. Enquanto que os alemães somaram uma derrota, os portistas venceram e convenceram o já excluído Mónaco, assegurando, assim, pela 14ª vez um lugar entre os melhores na prova rainha da UEFA em 22 participações.

Com uma goleada que não deixou margem para dúvidas, cedo se começou a construir aquele que viria a ser o primeiro de 5 golos dos azuis e brancos. Na sequência de uma bola parada, Aboubakar percebeu as intenções de Brahimi que deixou o camaronês na cara de Benaglio, inaugurando o marcador. Fica a sensação que se este jogo tivesse como árbitros os senhores da passada sexta-feira, era assinalado fora de jogo.

A vencer desde os 9 minutos, o FC Porto controlava como bem queria o seu adversário sem que este conseguisse esboçar grande reação. Com os franceses a visitarem a Invicta apenas para cumprir calendário, o golo madrugador acabou por deitar por terra um opositor que se apresentou com várias mexidas no habitual 11 titular. 

Depois do primeiro, foi com naturalidade que os portistas viriam a fazer o segundo e terceiro golo. Primeiro com o bis de Aboubakar e, em cima do intravalo, com o camaronês a assistir de forma perfeita Brahimi, numa inversão de papeis. O FC Porto jogava bem, não permitia que o Mónaco construísse jogo, trocava a bola pelo campo todo e chegava com relativa facilidade à baliza de um adversário resignado e sem qualquer motivação. Nos primeiros 45 min, os azuis e brancos contabilizaram sete remates, seis deles dentro da grande área adversária, e quatro deles enquadrados. A isto juntavam-se, ainda, os 69% de posse de bola e 83% de passes certos. Domínio total.

Se no primeiro tempo não faltaram golos, a segunda parte não lhe ficou atrás. Essencialmente, devido ao facto de um Mónaco regressado dos balneários apostado em inverter a imagem dos primeiros 45 min.

Ora, nesse sentido, houve tempo para mais 4 golos num segundo tempo em que, embora se tenha assistido a um Mónaco mais atrevido, culpa da entrada de Falcão e Moutinho, o FC Porto deu continuidade ao domínio dos 45 minutos iniciais presenteando Alex Telles e Tiquinho com golos.

O FC Porto conquista, assim, a merecida qualificação, numa fase de grupos muito equilibrada que sentenciou o Mónaco como a grande desilusão, e o Besiktas a surpresa. Mas, mais que isso, premiou uma equipa sem qualquer reforço, que se adaptou e, acima de tudo, se reinventou. Mérito a Sérgio Conceição.

Destauqes:

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Aboubakar - 2 golos e 1 assistência, numa exibição onde houve espaço para outros dois remates e um passe para finalização. Em 5 jogos, Aboubakar marcou 5 golos e assistiu para outros dois. Enorme fase de grupos para o camaronês.

Alex Telles - Aproveitou da melhor forma o jogo em que foi observado para a seleção do Brasil. O lateral-esquerdo esteve certo a defender, com quatro intercepções, dois desarmes e oito recuperações de bola, e no ataque brilhou ainda mais: um golo, dois passes para finalização, completou dois de cinco cruzamentos e colocou dez vezes a bola na grande área adversária.

Finalização - Com os 5 golos no jogo de ontem o FC Porto marca um total de 15, o segundo melhor registo de sempre na competição, colocando-o no top 5 das equipas mais finalizadoras da competição.

OUT

Felipe - Alex Telles e Felipe estavam a ser observados para a seleção brasileira. O 1º aproveitou da melhor forma, já o segundo não podia ter feito pior. Com uma atitude perfeitamente desnecessária, o central acabou expulso. Aos erros a nível defensivo que vem somando de há uns tempos para cá, Felipe tem-se também desdobrado em atos irrefletidos que só servem para prejudicar a equipa. Já o disse e reforço: está a precisar de banco.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Sem Palavras

ROUBO! Não há outra forma que não esta de iniciar esta análise. Ontem assistimos a um roubo em direto. Eu sinto, verdadeiramente, que me foram à carteira e não pude fazer nada para o evitar. O sentimento de impotência perante isto é demasiado mau e não há como contornar as evidências, foi "à cara podre", meus amigos. Tenham vergonha!

Depois do que se assistiu ontem, é difícil fazer uma análise ao jogo jogado com o discernimento necessário até porque, afinal, estamos a falar de uma partida que, por influência direta da arbitragem, não terminou em 2 ou 3-0 para o FC Porto porque nos foram sonegados um golo, um penalti claro e consequente expulsão e outro lance de penalti que, admito, possa ser mais discutível.

Como se isto não bastasse, assistimos a um verdadeiro espetáculo de contorcionismo no pós jogo pela armada vermelha, que fez deste escândalo um prejuízo para o benfica. Eu até sugiro: já que estamos em época natalícia, aproveitem esses dotes de dobrar a coluna em 4 e apostem no circo de Natal.

O jogo começou com maior ascendente para a equipa visitante. Algo comum por parte do benfica, que tem nos 10/15 minutos iniciais de maior pujança uma arma para tentar alcançar a dianteira no marcador. Mesmo durante o período em que esteve melhor, não criou reais oportunidades de golo para a baliza de José Sá, pese embora os 65% de posse de bola ao quarto de hora. Enquanto isso, o FC Porto ia tentando lançar-se no contra-ataque com passes longos a aproveitar a velocidade de Marega. 

À medida que os minutos foram passando, o FC Porto foi crescendo e equilibrou o jogo, com o flanco direito a ser aposta dos Dragões para chegar à baliza de Varela. Aos 35 minutos, 45% dos nossos ataques surgiam pelo lado direito. E foi precisamente pela direita que surge o primeiro lance passível de penalti desta partida: Marega é rasteirado por Jardel e o árbitro nada assinala. Confesso que inicialmente me pareceu muito forçado, mas ao ver mais tarde as repetições há, efetivamente, um toque no pé do avançado maliano. Já todos vimos serem marcados penaltis por menos, não é verdade?

O jogo foi-se mantendo na mesma linha até perto do intervalo, quando surge novo lance na área do benfica e este é clarinho, não deixa dúvidas. A pergunta que se coloca é: Como é que isto não é assinalado? Por alma de quem é que o VAR deixa passar isto? E Jorge Sousa, não pede para visualizar o lance porquê? Ridículo. O FC Porto podia adiantar-se no marcador e o benfica ficava reduzido a 10, tudo isto em cima do final da primeira parte e o que isso poderia representar para os 45 minutos que se seguiriam. Como se não bastasse, tivemos de ouvir um Luís Freitas Lobo dizer que a bola bate na anca. Não brinquem!

O intervalo chegava e o crescente no jogo dos Portistas refletia-se nas estatísticas: tinha mais posse de bola e vantagem em indicadores como "bolas na área adversária" e "eficácia na distribuição".

O segundo tempo iniciava-se e, por minutos, ainda deu para pensar que a entrada do adversário registada na primeira-parte se iria repetir na segunda, mas tal não se viria a efetivar e, resumidamente, os segundos 45 min foram um verdadeiro amasso. O jogo fez-se num único sentido, as oportunidades sucediam-se e o desperdício também. Nos primeiros 15 minutos, Varela tinha sido já obrigado a fazer duas boas intervenções. 

A pressão exercida pelo FC Porto era tal, que a equipa adversária não conseguia sair a jogar, falhando quase metade dos passes que fez (53% de acerto no passe). Ora, com o caudal ofensivo portista a intensificar-se cada vez mais, eis que surge novo erro de arbitragem. Bandeirola levantada e anula-se um lance que daria o golo ao FC Porto. Novo erro gritante, desta vez do auxiliar que, contra o que é recomendado, não deixa seguir a jogada e anula de imediato a investida portista. Com lances como este como é que há a lata de se pedir que parem as críticas às arbitragens quando se invalida uma jogada destas? E nem venham com a conversa do "mas o Grimaldo sofreu falta". Não sofreu, foi tudo claro, ele nem sequer se queixa de falta. O auxiliar tinha o campo de visão limpo, é um lance demasiado básico para ser só incompetência.

Depois de novo roubo, Sérgio Conceição fez entrar Otávio para o miolo e, com o brasileiro a surgir bem na partida, aumentava ainda mais o perigo para a baliza encarnada. Até final, o FC Porto viria a desperdiçar dois golos feitos, com Marega em primeiro plano.

Destaques:

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ALEX TELLES - O lateral-esquerdo completou 12 acções defensivas, divididas de igual forma entre desarmes e alívios, e somou três passes para finalização. Para além disso, acertou quatro das suas cinco tentativas de cruzamento, colocou 14 bolas na área contrária e venceu nove dos 12 duelos que disputou.

BRAHIMI - O argelino destacou-se na distribuição de jogo com quatro passes para finalização. Tentou o drible 15 vezes, levando a melhor em sete ocasiões, venceu 15 dos 25 duelos que disputou e sofreu cinco faltas.

SEGUNDO TEMPO - Depois de uma primeira-parte mais dividida, os segundos 45 min foram de bom nível para o FC Porto, de tal forma que submeteu o benfica ao seu meio-campo durante praticamente todo o tempo concedendo ao rival uma oportunidade clara de golo e criando diversas. Faltou o golo que nos tiraram e a concretização das oportunidades.

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ARBITRAGEM - Já disse em cima o que penso acerca do que vimos ontem no Dragão, foi demasiado mau para ser verdade. Vergonhoso!

FELIPE - Se fosse treinador, Felipe no próximo jogo e sentar-se no banco. A entrada sobre Jonas é para amarelo, claro e inequívoco. O que fez o brasileiro, era o lance tipo que, que para além da rivalidade, me fazia sentir nojo pelos jogadores do benfica, porque era uma constante o recurso a este tipo de ações, como tal irrita-me profundamente ver jogadores do meu clube fazerem o mesmo. Uma coisa é ser viril, outra é ser porco. Espero que Felipe altere a sua postura e opte pela primeira opção.