quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Reis No Principado

Depois da derrota caseira consentida frente aos turcos do Besiktas, a segunda jornada da prova milionária ditava uma difícil deslocação ao Mónaco, para defrontar aquela que foi a equipa sensação da última Champions e o atual campeão francês. O resultado, esse, não podia ser mais revelador da jogatana que fizemos em pleno  Louis II: 0-3, nem o mais otimista dos adeptos apontaria para estes números. E não, não venham com a conversa de que o Mónaco não é a mesma equipa para diminuir os méritos desta vitória. É verdade que Mbappé's, Bernardo's ou Mendy's não se substituem num estalar de dedos, mas os gastos em reforços deste Mónaco superaram os 100 milhões de euros.

Sérgio Conceição disse que o FC Porto ia demonstrar a sua grandeza e se Sérgio disse, está dito. Assim foi. Arrisco-me a dizer que da mesma forma que perdemos o jogo contra os turcos, vencemos este contra os franceses. Frente ao Besiktas as debilidades de um meio-campo em inferioridade numérica (apenas dois jogadores na zona intermédia) fizeram-se sentir. Sérgio Conceição podia ser teimoso e insistir na formula que vai fazendo sucesso internamente, mas assim não foi. O treinador assumiu os erros, percebeu o que tinha falhado e mudou. Frente ao Mónaco, num 4-3-3, fez entrar um meio-campo com mais gente e robusto ao qual se aliou uma equipa com grande solidez que secou por completo o adversário que, curiosamente, apresentou apenas dois homens no miolo: Moutinho e Fabinho.

Com a surpresa no 11 portista a ser Sérgio Oliveira, o FC Porto apresentou-se no Principado apostado em brilhar. Com a lição muito bem estudada, os dragões montaram uma verdadeira teia que anulou por completo o jogo dos campeões franceses. O FC Porto não teve problemas em dar iniciativa aos Monegascos porque sabia exatamente aquilo que tinha que fazer sem bola. Ora a defender em 4-4-2, com Herrera na ajuda a Aboubakar a pressionar os defesas contrários, ora em 4-5-1, o FC Porto anulou a construção dos franceses que procuravam essencialmente em Moutinho para o fazer. Sem muito espaço, os da casa viam-se obrigados a bater para as laterais.

Se sem bola os jogadores sabiam perfeitamente aquilo que fazer, com ela o critério era notório: velocidade, passes rápidos, tabelas, aproveitar o génio de Brahimi ou a explosão de Marega e  depois com um Aboubakar quase sempre no sítio certo. Assim, rapidamente o FC Porto se punha na área adversária criando perigo por diversas vezes. Marcou 3, criou oportunidades para mais, e nunca consentiu ao Mónaco a possibilidade de crescer no jogo, mesmo perante as alterações cada vez mais balanceadas para o ataque executadas por Leonardo Jardim. Os portistas mostraram-se sempre suguros e confortáveis com aquilo que estavam a fazer.
             

Em termos táticos este FC Porto foi de excelência, de tal forma que reduziu os Monegascos, com um ataque avassalador, a uma oportunidade clara de golo.

Aboubakar por duas vezes e Layún, abrilhantaram uma noite de Champions como há muito não se via, daqueles que nos deixam totalmente consolados e com um sorriso no rosto. 

Destaques:

IN

Sérgio Conceição - O mérito desta vitória vai todo para ele. Detetou os erros, corrigiu, arriscou e ganhou. Tudo o que este FC Porto tem feito é mérito de Sérgio Conceição que tem tirado o máximo de cada um dos jogadores. Ontem, foi mais um exemplo disso. Com Herrera, S. Oliveira e Marega em campo, jogadores que contavam muito pouco no passado, deu espetáculo.

O coletivo - Quando se faz um jogo taticamente tão bem conseguido como este é impossível não destacar o coletivo da equipa. Todos os setores estavam cientes daquilo que tinham que fazer, executaram quase sempre bem, e isso refletiu-se no resultado.

Marega / Brahimi - Completamente diferentes entre si, mas igualmente essenciais naquilo que oferecem ao jogo. Quem diria que "Marega" e "essencial" estariam na mesma frase, mas é verdade. Marega um verdadeiro comboio, pese embora as suas debilidades que facilmente se detetam, acrescenta uma força, velocidade e capacidade de sofrer faltas incríveis, que leva a equipa para a frente com grande facilidade. Ontem fez mais duas assistências e vai surpreendendo mais a cada jogo que passa. Já Brahimi parece que finalmente vê reconhecidos os méritos que, em tempos, nem todos viam. Oferece uma genialidade que mais nenhum outro é capaz e com a bola nos seus pés o jogo ganha outro perfume. Esteve endiabrado e aquele passe para Marega no segundo golo é delicioso.

Segue-se o Sporting e a equipa visita Alvalade no melhor momento. Confiante e moralizada pelo campeonato feito até ao momento, o FC Porto tem domingo a oportunidade de rematar uma semana em grande para os azuis e brancos. Tenho a certeza que os resultados não subirão à cabeça dos atletas, mas é certo que há muito não chegávamos tão bem a um Clássico.

domingo, 24 de setembro de 2017

A Sétima Sem Pensar Nos Rivais

Chamado a entrar em cena antes dos rivais, e numa partida “pré champions”, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO não se inibiu de querer resolver cedo a questão dos três pontos. Com um ataque demolidor e uma defesa com sobressaltos a sétima vitória consecutiva vale, por via do empate do SPORTING CP em Moreira de Cónegos, a liderança isolada. Isto, sem acordar a pensar nos rivais.

Na receção ao recém-promovido PORTIMONENSE SC, que ainda há cerca de duas semanas colocou o SL BENFICA em sentido, em plena LUZ, o FC PORTO registou apenas uma alteração em relação à partida de Vila do Conde, o regresso à titularidade de jesús CORONA em detrimento de OTÁVIO, mantendo, pela segunda partida consecutiva, héctor HERRERA no onze inicial. Para mim, este era um dos sinais que o foco para sérgio CONCEIÇÃO estava direcionado para a equipa algarvia e que o jogo com o AS MÓNACO, de terça feira, ficaria para segundo plano.

E de facto, o inicio de jogo no DRAGÃO mostrou um FC PORTO determinado a resolver o mais rápido possível a partida, evitando assim qualquer tipo de imprevisto. Mesmo sem uma pressão asfixiante, em algumas vezes algo passiva até, com bola a equipa de CONCEIÇÃO era vertical e colocava com alguma facilidade a bola junto ao setor mais recuado do PORTIMONENSE. Assim, e após os ameaços mais concretos de vincent ABOUBAKAR, que isolado por yacine BRAHIMI, logo aos quatro minutos, rematou ao lado e por RICARDO pereira que, numa jogada iniciada no lateral contrário acabou, também ele, por errar o alvo por muito pouco, os azuis e brancos resolveriam a questão em cerca de cinco minutos.

Aos 20', na sequênca de um canto de alex TELLES e aproveitando a atrapalhação de EWERTON e WELLINGTON carvalho, ivan MARCANO inaugurou o marcador, destacando, aqui, o facto do FC PORTO estar à três partidas consecutivas a marcar neste tipo de bola parada. Três minutos passados, foi a vez do camaronês ABOUBAKAR aproveitar um lance de insistência de CORONA, na esquerda e, à segunda, regressar aos golos. Com a defesa da equipa de VÍTOR OLIVEIRA a tremer por todos os lados, aos 26' foi a vez do outro avançado azul e branco, moussa MAREGA que, na cara de RICARDO FERREIRA e de novo com assisência de CORONA, acabou por picar a bola e fazer o 3-0 dificultando ainda mais a tarefa dos visitantes.

A partir daí e até ao intervalo, com um PORTIMONENSE mais afoito (passou a jogar com o japonês shoya NAKAJIMA mais perto de FABRÍCIO), os dragões baixaram um pouco o ritmo de jogo e, já depois de uma ameaça de PEDRO SÁ, que rematou ao lado, é o irrequieto NAKAJIMA que, com classe, concluiu uma boa jogada coletiva fazendo o 3-1, num lance também, em que a defesa portista podia ter feito algo mais.

Com o FC PORTO confortável no jogo e no resultado, a reação do PORTIMONENSE, que ainda mantinha a esperança de entrar na discução pelos pontos, foi anulada logo à nascensa da segunda parte, com o golo de BRAHIMI a concluir mais um bom entendimento do ataque portista, terminando aí, definitivamente a história do jogo. BRAHIMI, aliás, iria ainda bisar na partida, no melhor lance do jogo, coroando assim mais uma bela exibição.

Numa segunda parte marcada também, por um PORTIMONENSE que mostrou ter argumentos para uma época mais tranquila, e que ainda voltou a marcar, por RÚBEN FERNANDES, em mais uma desatenção da defesa portista, destaque para as entradas de ÓLIVER torres e SOARES, em troca com CORONA e ABOUBAKAR e para os primeiros minutos de diego REYES que substituiu DANILO pereira.

E assim, numa partida com muitos momentos altos mas sem grande história, visto que o FC PORTO foi forte demais para o PORTIMONENSE de VÍTOR OLIVEIRA e, mesmo havendo algum relaxamento defensivo, CONCEIÇÃO olhou mais uma vez para a sua equipa e para o seu jogo. Com isso, a sétima vitória em sete jogos está alcançada e a pressão nos ombros do SPORTING também. Aliás, na resposta ao triunfo portista os leões não foram além de um empate, frente ao MOREIRENSE FC, o que deixa o FC PORTO isolado no primeiro lugar, isto, antes do clássico de ALVALADE.


Destaques:

IN

Ataque - 19 golos em 7 jogos. Um golo a cada meia hora é um otimo registo, assim como o terceiro jogo consecutivo a marcar na sequência dum canto.

BRAHIMI e MAREGA - Nem sempre “compreendidos” estão ambos a viver o melhor momento com a camisola do FC PORTO. A equipa agradece.

LIDERANÇA - Importante antes do clássico. Mais importante ainda é a forma como foi alcançada. 7 jogos, 7 vitórias.

PORTIMONENSE - Não obstante o resultado foi uma boa surpresa no DRAGÃO. Sem autocarros e com um nipónico que se destaca. NAKAJIMA é craque.


OUT

DEFESA - Depois de um registo imaculado nos primeiros 5 jogos, vão 6 golos em 3 partidas, 5 deles no DRAGÃO.

IMPRENSA - Adorei a flash interview de CONCEIÇÃO. O motivo não merecia outra resposta.

por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul.

sábado, 16 de setembro de 2017

Descer À Terra Num Choque de Realidades

Num início de época em que os números impressionavam, o FUTEBOL CLUBE DO PORTO mostrou a sua pior face, logo na estreia europeia. Numa derrota inesperada e que pode hipotecar a passagem dos azuis e brancos aos oitavos, da LIGA DOS CAMPEÕES a confiança virou desconfiança e a ilusão bateu de frente com a realidade.
                                    

5 vitórias em 5 jogos, 12 golos marcados e 0 sofridos era o registo deste FC PORTO até ao momento na presente época. Perante estes números, o DRAGÃO vestiu-se de gala para a receção ao BESIKTAS JK, na estreia na “liga milionária e o objetivo era claro: conquistar os três pontos contra a, teoricamente, equipa mais acessível do grupo. Pois bem...

RICARDO pereira e tiquinho SOARES foram as novidades de sérgio CONCEIÇÃO para a partida frente aos turcos, utilizando o sistema habitual, ou seja, o 4-4-2, com SOARES e moussa MAREGA na frente, DANILO pereira e ÓLIVER torres como médios centrais, atuando jesús CORONA e yacine BRAHIMI pelas alas. Enquanto isso, senol GÜNES apresentou um onze sem um ponta de lança declarado, preferindo preencher a zona do meio campo e começando aí a colocar as primeiras dificuldades aos azuis e brancos. Perante um meio campo, como referi, com dois homens na zona central (DANILO e ÓLIVER), o BESIKTAS apresentou 3 homens e meio, (atiba HUTCHINSON, anderson TALISCA e oguzhan OZIAKUP, mais o “falso 9” cenk TOSUN) conseguindo, não só ter a posse de bola nessa zona, como a conseguia fazer girar à vontade por todo o campo. Destaque ainda, para a inexistente pressão que o FC PORTO incutiu ao jogo, juntando a isso as lentas recuperções defensivas.

Assim sendo, pela primeira vez esta época, o FC PORTO encontrou um adversário que quis jogar, em detrimento de apenas anular o nosso jogo e nesse confronto tático o BESIKTAS foi mais forte. BRAHIMI e CORONA eram quase sempre os destinatários para as jogadas de perigo e embora os turcos deixassem bastante espaço na zona intermédia do terreno, a definição das jogadas raramente era a mais acertada. Do outro lado e, perto do quarto de hora, de passe em passe a bola chegou aos pé de ricardo QUARESMA que sem meias medidas deu a TALISCA a possibilidade de bater iker CASILLAS e fazer o 0-1. No entanto, e oito minutos depois, numa altura em que BRAHIMI já ocupava a zona central, em troca com ÓLIVER, que já tinha acertado no poste, o FC PORTO acaba por empatar, num auto-golo do servio dusko TOSUN.

Esperando que o golo desse o click para os dragões serem mais afoitos, principalmente na recuperação da bola, é TOSUN, o efeito surpresa na zona central que, aproveitando a tal apatia portista, dá nova vantagem às águias negras, num grande golo mas, em que CASILLAS fica um pouco mal na fotografia.

Ao intervalo, CONCEIÇÃO retirou CORONA (simplesmente não esteve em campo) e ÓLIVER, este estranhamente, e tentou preencher o meio campo com as entradas de ANDRÉ ANDRÉ e de OTÁVIO passando a jogar em 4-3-3 (DANILO-ANDRÉ-OTÁVIO e MAREGA-BRAHIMI-SOARES). E se a princípio resultou, a pressão foi mais eficaz e o FC PORTO teve o seu melhor momento com bola, a eficácia desaparecia nos momentos de decidir perto da área adversária (destaque ainda assim para uma assistência de BRAHIMI para SOARES obrigar FABRI à defesa da noite). Respondendo, e perante a subida do FC PORTO, o técnico turco mexe no meio campo com o intuito de fechar a partida. Nesse sentido, retira OZYAKUP, o mais exterior dos 3 médios e coloca gary MEDEL.

Num momento em que, ofensivamente, o FC PORTO era apenas BRAHIMI (!!!) e em que CONCEIÇÃO voltara ao 4-4-2 (HERNÂNI substituiu DANILO) ryan BABEL acabou por matar o jogo, numa jogada em que o BESIKTAS fez da bola o que quis. O golo, terceiro encaixado por CASILLAS, fez com que várias cadeiras do DRAGÃO ficassem vazias, e que o som dos cânticos das claques colidissem com alguns assobios numa imagem muito vista em épocas recentes.

Após 2 meses de euforia, e no primeiro jogo duma realidade diferente da habitual, percebe-se que o FC PORTO também tem falhas (sempre as teve), e que está longe da estabilidade exibicional. Quanto a CONCEIÇÃO, acreditamos que sempre teve os pés assentes na terra onde os adeptos aterraram agora, e confiamos, por isso, que os erros também por ele cometidos neste jogo, possam ser corrigidos. E acreditando que ainda é bem possível lutarmos por um dos lugares de acesso aos oitavos da champions a nossa LIGA DOS CAMPEÕES segue domingo, em Vila do Conde.

DESTAQUES:

IN

BRAHIMI
Perdeu bolas, errou passes, mas foi, durante os 90 minutos a principal dor de cabeça para os turcos.

PEPE – QUARESMA
Dois “regressos” que saudámos, e que, no momento certo, nos deram o devido destaque.

RESISTENTES
Apesar das cadeiras vazias, ao sexto jogo oficial, houve quem quisesse fazer parte da preparação para o jogo frente ao RIO AVE. O apoio no final do encontro é um bom sinal. 

OUT

CORONA
A exibição foi pobre, mas o mexicano foi uma nulidade.

ADEPTOS DE CONVENIÊNCIA
Deixar o lugar e abandonar o estádio a 10 minutos do fim não me espanta. Aplaudir mais os adversários que a própria equipa para mim já é estranho.

ANTHONY TAYLOR
Permissivo numas vezes, rigoroso noutras nunca se entendeu com o jogo. A competição merecia melhor.

por Fábio Daniel Ferreira,
Muralha Azul.

domingo, 10 de setembro de 2017

O Melhor Arranque dos Últimos 5 anos

A receção ao GD Chaves deu o mote ao melhor arranque de campeonato do FC Porto dos últimos 5 anos com destaque para novo jogo sem sofrer golos. Ao cabo de 5 jornadas, são já 12 os golos marcados e 0 sofridos, fazendo dos Portistas a única equipa que mantém as suas redes invioláveis neste campeonato.

Sérgio Conceição surpreendeu ao lançar no 11 inicial Layún no lugar de Ricardo Pereira, e o mexicano não conseguiu fazer esquecer a ausência do português. 

O primeiro tempo foi bastante equilibrado, resltando, nesse sentido, em poucas oportunidades de golo. As únicas dignas de registo pertenceram ao FC Porto, protagonizadas por Brahimi e Danilo.

A equipa transmontana defendia com qualidade e bloqueava o jogo do FC Porto que, sem espaços, encontrava grandes dificuldades para criar perigo. A isso juntava ainda critério no seu momento ofensivo chegando a apanhar o FC Porto em inferioridade numérica, fruto dos homens que os azuis e brancos colocavam no meio campo adversário para construir o seu jogo.

A pouca produtividade dos 45 min iniciais dos comandados por Sérgio pode explicar-se pelo baixo rendimento de alguns dos seus atletas, ora por mérito do adversário, que não deixando espaço nas entrelinhas anulou um Aboubakar que precisa de espaço para recuar e vir buscar jogo, mas também pela desinspiração de alguns atletas. A asa direita do FC Porto é o exemplo disso mesmo com um Corona a quem tudo saía mal (tendo sido substituído ao intervalo) e um Layún que não lhe ficou muito atrás, onde lhe faltou essencialmente o fulgor ofensivo. Perante a importância que têm as alas no jogo de Sérgio Conceição e só com uma delas a funcionar, juntando uma equipa que defendia bem, eram naturais as dificuldades dos Portistas.

Ia-se destacando Brahimi que dava outro perfume ao jogo azul e branco. Nos primeiros 35 minutos, o argelino registou três dribles eficazes em quatro tentativas, contabilizando ainda 93% de passes certos.

No segundo tempo o espetáculo melhorou. Aumentaram as oportunidades para ambos os lados, mas foi o FC Porto a sorrir.

Os Dragões entraram praticamente a vencer no segundo tempo, com Aboubakar a beneficiar do espaço que lhe faltara na primeira parte e a inaugurar o marcador.

O FC Porto viria ainda a fazer mais 2 golos, não sem antes beneficiar do desacerto flaviense que, isolados por duas vezes na cara de Casillas mandaram para fora. A equipa da casa não foi na mesma onda e aproveitou as oportunidades criadas. Soares a regressar da melhor forma ampliando de penalti e Marega a fechar a contagem num golo que coroou um jogo de raça do Maliano.

O segundo tempo foi em muito diferente do primeiro, com o FC Porto a beneficiar das mexidas do seu treinador. Com Marega no lugar de Corona, e Soares na companhia a Abou, ganhamos velocidade e metros junto da área adversária, fruto da força e insistência de Marega que ia galgando metros e faltas como podia. A isto juntou-se ainda, de novo, a boa leitura de jogo de Sérgio Conceição que, tal como havia acontecido em Braga, fez entrar André e Otávio e adotou o 4-3-3. Assim, povoou o meio-campo e a encurtou os espaços que eram aproveitados pelo flavienses após o 1º golo sofrido.



Venceu a melhor equipa que embora num jogo em que sentiu dificuldades conseguiu despachar os visitantes com 3 golos sem resposta.

Destaques

IN 

Marega - MVP da partida. Foi no segundo tempo, com a alteração de posição que mais se destacou. As suas limitações são evidentes, mas a força e raça que demonstrou foram foram superiores aos seus pontos fracos. De tal forma que deu muito mais ao jogo do que o tecnicista Corona. Deu velocidade, abriu espaços e marcou.

Oliver - Para além da assistência açucarada para Marega, o médio fez ainda dois passes para finalização, tentou seis cruzamentos (um eficaz), acertou 86% dos passes (nove em dez longos) e ainda recuperou sete vezes a bola e realizou quatro desarmes. Cada vez mais o maestro desta equipa.

OUT

Corona - Apareceu pouco em jogo e das poucas vezes que o fez foi para perder bolas. Já o tinha dito em post's passados: Corona é daqueles que faz 1 bom jogo e logo de seguida dois ou três em que passa completamente ao lado. Ontem foi exemplo disso, depois de em Braga se ter exibido em bom plano.

Layún - Não foi noite para os mexicanos que estiveram em campo. Layún saltou para o 11 mas não me pareceu ter conseguido aproveitar a confiança dada pelo treinador. Não ofereceu profundidade e foi muito perdulário no capítulo defensivo. Teima a não vir ao de cima o Layún da primeira época de Dragão ao peito.